Capítulo 1

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POV Narrador

Bruna tinha acabado de completar 14 anos quando ficou órfã de seus pais e seus irmãos, que morreram em um acidente de carro brutal a quase três meses. Ela foi levada para um abrigo e lá permaneceu temporariamente até que fosse adotada ou até que eles encontrassem algum parente mais próximo.

Rapidamente o abrigo em que ela estava morando conseguiu os documentos que permitiam que Bruna fosse morar com os amigos e vizinhos de seus pais para que ela pudesse ficar perto de quem já conhecia.

Ela então tenta voltar a sua antiga rotina de antes do acidente de sua família e ao reencontrar com suas amigas e colegas de classe, recebe deles o carinho e conforto que precisa para superar a perda.

O que ela não esperava era que sua vida fosse passar por momentos muito tensos e difíceis muito antes que ela se recupere da perda de quem amava tanto.

(...)

Duas semanas se passaram desde a adoção e Bruna e seu grupo de amigas e colegas estavam brincando de caça ao tesouro, o que elas não esperavam era encontrar com dois homens que já tinham causado muitos problemas para ela.

Luky chega até o grupo de amigas cheio de segundas intenções e do nada caminha até Bruna e mostra a foto do irmão adotivo de 10 anos amarrado, todo machucado e com uma arma na cabeça e fala que tudo só depende apenas dela.

Bruna, sem saber o que fazer e vendo as colegas cercadas por Luky e Caio, se vê obrigada a entregar a eles o que estavam querendo desde que a conheceram quando ela ainda tinha 12 anos.

Eles vinham cercando ela de todas as formas até então, e agora finalmente iriam conseguir o que querem sem pensar nas consequências.

Bruna — Luky deixa as meninas e o Douglas fora disso, por favor.

Bruna se põe a frente das meninas para implorar que elas e seu irmão adotivo não sejam machucados por culpa dela, por ele ter uma fixação nela e a perseguir por quase 3 anos.

Luky — E o que você vai me dar em troca disso, Bruninha? Finalmente será minha ou vai ver suas amiguinhas e seu irmãozinho sofrerem as consequências por você não me dar o que eu quero?

Enquanto Luky fala Bruna sente um calafrio percorrer por todo seu corpo e vendo eles sacarem as armas no desespero implora mais uma vez que ele e Caio deixem todos fora disso e deixe eles irem.

Bruna — Luky, pelo amor de Deus, deixa eles irem e em troca te dou o que você tanto quer. Mas por favor solta ele e deixa as meninas irem embora, eu não fugirei outra vez.

Bruna abraça Luky e implora mais uma vez para deixar os demais em paz e pede que ele seja o único a tocar nela ali naquele lugar e não permita que Caio a toque em momento algum.

Ele se afasta dela com um sorriso vitorioso e manda que Caio libere o irmão e as meninas, pelo menos foi o que ela pensou quando ele deu as ordens.

Luky vai lentamente tirando a roupa de Bruna enquanto Caio enrola sem dar pistas de que quatro das meninas do grupo foram escondidas de forma que elas vissem tudo o que eles faziam com Bruna sem deixar seu chefe saber que ele fez o que fez por puro prazer.

Luky — Ajoelha na minha frente Bruninha e abre bem a boca, se você não fizer, eu faço o seu irmãozinho pagar caro, entendeu?

Bruna fez o que Luky mandou e confirmou ter entendido com um aceno de cabeça e o que segue a assombrará pelo resto da vida. As quatro foram obrigadas a ver tudo do início ao fim e só então foram liberadas por Caio, que as ameaçou caso alguma delas abrisse a boca para falar sobre tudo aquilo.

Mas antes tiveram que se ajoelhar e fazer o mesmo que Bruna para então estarem livres para irem para casa e não falar nada do que viram a ninguém.

Bruna passou três dias presa com correntes e nua, sem água e sem comida naquele lugar e no fim do terceiro dia Luky voltou pela quarta vez ao local e abusou dela novamente.

Ele a usou uma última vez e em seguida a soltou das correntes e a deixou voltar para casa, mas antes fez uma ameaça dizendo que se ela abrisse a boca as pessoas iriam se machucar severamente.

Quando Bruna finalmente chegou em casa, sua mãe adotiva ficou assustada quando viu seu estado deplorável, mas não conseguiu falar uma palavra sequer.

Já seu pai adotivo ficou possesso pela demora dela em voltar e ainda chegar daquela maneira e isso o fez perder a cabeça e Bruna acabou levando uma surra por demorar para chegar em casa.

Como se já não bastasse ter sido abusada sem reagir ou tentar fugir para proteger os outros, ela ainda tem que passar por tal situação dentro da casa onde mora atualmente com pessoas que deviam cuidar e protegê-la.

Douglas, o irmão adotivo que teve sua vida salva pelo alto sacrifício de Bruna, praguejou os pais e num surto de culpa pediu perdão por ter a feito passar por isso, tudo por que ele foi ao local proibido pegar uma maldita bola de futebol e ter sido pego e usado como isca.

Ele chorava compulsivamente enquanto ajudava Bruna que também estava chorando a se levantar do chão e ir para seu quarto e continuou pedindo desculpas e não conseguia parar de chorar e se culpar pelo que acabou de acontecer com ela.

Bruna continuou falando que não foi culpa dele, tudo aquilo de horrível ter acontecido com ela e que ele não deveria carregar uma culpa que não lhe pertence e que tem que esquecer daquilo que acabou de presenciar na sala e não desrespeitar seus pais seja o que for.

Douglas gravou alguns vídeos declarando tudo que aconteceu com ele e por consequência o que ele sabia que tinha acontecido com Bruna e enviou para ela.

E pediu segredo sobre isso e falou que ela poderia usar isso apenas no momento certo quando a polícia for comunicada do que aconteceu com ela.

Bruna agradeceu e fez o mesmo que ele havia feito e documentou tudo o que lhe havia aconteceu e mostrou todas as marcas que tinha pelo corpo e por fim esperou todos estarem ocupados para fugir e ir ao hospital mais próximo para fazer alguns exames.

Quando os médicos viram o estado que ela chegou queriam chamar a polícia mais ela implorou que não fizessem isso, pelo menos não ainda.

Falou que não queria arrumar problemas para ninguém e nem que o seu agressor a encontrasse e a machucasse outra vez, estava completamente abalada e todos na sala já haviam percebido isso.

Sorte dela — ou azar — que a mãe de uma das meninas é médica e decidiu ajudar com a condição de que ela não demorar muito para fazer a denúncia à polícia.

Pois isso é o certo a ser feito e é exatamente isso que Bruna planeja fazer, mas, está com muito medo de eles saírem ilesos de tudo isso.

Com os resultados dos exames em mãos ela vai lentamente juntando todas as provas contra eles, mas não podia ser descoberta por ninguém se não estaria tudo acabado e ela com certeza estaria morta.

Um mês se passou desde então e Luky e Caio não deixaram Bruna em paz uma vez se quer, sempre que a viam a machucavam de algum modo mesmo que ela saísse correndo.

Os dias foram se passando e Bruna notou mudanças no seu corpo e pediu para uma colega mais velha que a ajudasse a comprar e fazer um teste de farmácia, quando viu o resultado ficou assustada e começou a chorar sem parar.

Alguns minutos depois ela decide voltar para casa e pensar em como esconderá isso de todos na casa, pelo menos até conseguir mais provas conta eles.

Só que a mãe adotiva encontra o teste e leva Bruna em uma clínica para fazer o exame de sangue e ao ver o resultado, a mulher que antes nada fazia contra ela e nem por ela, fez algo que ela não esperava — ou já esperava.

E assim que elas chegaram em casa, a mulher jogou os papéis em cima do marido que ao terminar de ler voou em cima de Bruna e a espancou o bastante para ela desmaiar e só então parou por medo de ter a matado.

Bruna & Lyca: Um Amor Na Adolescência Pode Dar Certo?Onde histórias criam vida. Descubra agora