Nove Reinos

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Laufey sempre foi uma rebelde, provavelmente o grande motivo de orgulho dos Jötnar por 100 invernos, mas nem ela foi capaz de lutar contra a ira de Thor.

Foi a que chegou mais perto, isso é verdade. Seu machado foi criado justamente para se equiparar ao Mjölnir. Mas Thor era um deus, não qualquer deus, e sim o Deus do Trovão, filho do Pai-de-Todos, príncipe de Asgard.

Entre os deuses de todos os reinos, Thor era o pior.

Depois de muitas rebeliões, depois de tantas lutas, os ferimentos de guerra finalmente começaram a afetar a Jötunn. Sua última luta foi em Vanaheim, ela destruiu o vale, matou tanta gente inocente, foi horrível. Faye se viu obrigada a partir para Midgard, não tinha coragem de voltar para os Jötnar por pura vergonha. Ela se instalou na cidade do Lago dos Nove e aceitou a tarefa de proteger os midgardianos de Draugr e Trolls quando eles aparecerem.

Não passou muito tempo até ela escutar a conversa dos homens e ver que eles estavam com medo de ir até o Bosque Selvagem por causa de um monstro que vivia lá. Um gigante marcado, uma marca vermelha pelo lado esquerdo de seu corpo, seus braços pegavam fogo e ele estava matando os ursos que lá viviam.

Era interessante. A cada palavra Faye ia ficando mais interessada no desafio de conhecer esse homem, mas antes, tinha que saber o que ele era realmente. Não podia arriscar uma jornada com base apenas no que ouviu dos midgardianos.

Só uma pessoa poderia lhe dar essas respostas, ela teria que usar sua chave de portal para ir até ele.

"Olá, Mimir."

"Oh... Veja só se não é a Rebelde dos Jötnar. A imprudência em pessoa. A mestre da trapaça. A Jötunn mais mentirosa de Jotunheim."

"Agradeço os elogios. Pra alguém que está preso aqui há 90 invernos, sua criatividade parece bem ampla."

"E então... Veio aqui desafiar o Odin e cortar minha cabeça com essa coisa?"

"Não vou sujar Machado de Leviatã com seu sangue, você não é digno de ser morto por ele."

Mimir riu de forma amarga, observando a guerreira de cabelos claros se aproximar de sua árvore, colocando o machado em seu suporte nas costas.

"Eu preciso de respostas... Respostas que só o Homem mais Inteligente Vivo pode me dar."

"Normalmente eu diria não, mas como eu sei que você não liga pras ordens do Odin e como eu também quero continuar vivo por mais um tempo... Eu não vou arriscar perder minha cabeça e vou te dar as respostas que quer."

"Fantasma de Esparta. Já ouviu esse nome?"

"Hum... Já... Mas foi há muito tempo. Eu ainda era livre quando escutei esse nome."

"Quem é ele?"

"Um guerreiro grego, espartano como o próprio nome diz. Sabe, na Grécia havia muitas cidades e Esparta era a cidade dos guerreiros brutais, todos lá eram treinados para a guerra. Não se sabe ao certo, mas esse homem era filho de Zeus, o deus mais poderoso que já vagou na Terra. Por algum motivo, o Fantasma de Esparta estava cego de ódio e fúria e matou todo o panteão de deuses da Grécia, incluindo seu pai... Isso foi há muitos invernos, Faye. E nem sei se é mesmo verdade... Eu não posso te confirmar nada com certeza."

"Parece só um conto pra assustar."

"Posso perguntar o porquê dessa dúvida de repente?"

"Alguns midgardianos estão dizendo que esse homem veio pra cá. Estão o chamando de Fárbauti."

"Guerreiro cruel? Que nome fofo. Bom, milady, se isso for mesmo verdade, então significa que nosso panteão está com os dias contados... Mal posso esperar pra ver Odin ser dilacerado nas mãos desse homem."

God Of War - Fúria PassadaOnde histórias criam vida. Descubra agora