- Cap 8 -

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— Freya! - Mimir mais uma vez gritou antes de um elfo derrubar a deusa na luz. — Essa não! Essa não! Puxem ela!

Ayla e Fjölnir se viraram e correram até o elfo juntos, a garota mais uma vez sem nenhum controle acabou lançando um raio no inimigo, outro elfo que acabou sendo morto apenas com uma descarga elétrica.

— Como é que você fez isso?!? - Fjölnir estava parado atrás dela assustado, e naquele momento ela se arrependeu.

— Ou melhor… O QUE FOI ISSO? - Mimir ficou perplexo, boquiaberto com a cena.

— Depois falamos disso… Como é que tiramos ela daí? Eu… Podemos encostar na luz?

— Não, não podem! Ninguém dos Nove Reinos deveria encostar na Luz de Alfheim, eu não faço ideia do que vai acontecer com a Freya!

— Nenhum ser dos Nove Reinos? - Ayla e Fjölnir se entreolharam por uns segundos.

Freya saiu em um vasto campo, algumas árvores espalhadas por ele, o vento e o calor eram incomuns, nunca encontraria uma natureza assim em nenhum dos Nove Reinos. Ela viu um Kratos muito jovem sentado embaixo de uma das árvores, manuseando algo com uma faca, enquanto uma garotinha ficava correndo em volta da árvore cantarolando alguma coisa.

"Calliope, venha ver isso."

"Sim, papai!"

Ela viu a garotinha se sentando ao lado do pai e ele lhe entregou um objeto, era uma flauta, ele mesmo havia feito. O coração de Freya falhou uma batida naquele momento.

"Eu fiz pra você… É seu presente de aniversário."

"Obrigado, pai!"

Ela abraçou ele antes de pegar o instrumento, mas depois de alguns segundos olhando ela ficou confusa. Kratos entendeu a confusão e pegou a flauta novamente, ensinando a garota como usar a flauta.

"Parece difícil."

"Vem cá. Só vai ser difícil se você não tentar, certo? Quando você aprender a tocar, eu vou pegar minha lira e vamos tocar juntos. O que acha?"

"Sim!"

Por isso Freya não estava esperando, realmente não estava. Então Kratos além de tudo tocava pra sua filha?
Um homem mais ou menos da idade de Kratos veio do outro lado do campo com um arco nas costas e uma espada em mãos. Ele vestia uma armadura de peitoral, uma túnica vermelha e dourada e usava uma capa vermelha.

"Olha só quem está chegando, Calliope."

"Tio Atreus!"

O homem abraçou a garota e ergueu ela, a segurando em seu colo enquanto Kratos se levantava e fazia um cumprimento para ele.

"Por que só você tem que sair, tio? Por que o papai não vai junto?"

"Porque seu papai é General, isso dá a ele alguns privilégios e dias de folga. Folgado."

"É isso que você quer ensinar pra minha filha? Que ser general significa ter folga?"

"E não é?"

"Deixe de ser tolo. Vamos, Lysandra está esperando a gente."

Era muito estranho ver Kratos rindo, era difícil de acreditar no que estava vendo. Ela continuou andando no campo e viu tudo ficar cinza, começou a chover enquanto ela andava em direção a uma casa, bem bonita por sinal, algumas velas lá dentro estavam acesas e a porta estava aberta.

"Você tem mesmo que ir? Calliope vai ficar triste amanhã de manhã."

"Você sabe. Eu não posso dizer não pra ele. Quando ele me chama, eu tenho que ir, ele é o Deus da Guerra."

God Of War - Fúria PassadaOnde histórias criam vida. Descubra agora