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Felix...


Ficamos em silêncio por alguns segundos que pareceram uma eternidade, ele olhou para mim e eu olhei para minhas mãos trêmulas, seu toque fez minha respiração acelerar, minha cabeça estava confusa e assustada. Com seus passos lentos e sutis se movendo em minha direção, ele colocou a mão em volta do meu pescoço e me puxou para seu peito. Fiquei surpreso com  seu comportamento imprevisível mas consegui me acalmar, ouvi seu batimento cardíaco baixinho e foi realmente assustador, mas já escutei coisas piores do que esse som alarmante - fique calmo, amor - sua voz ecoou pela floresta e sem motivo, fechei meus olhos, tentando fazer o que ele me pedia.

E lá estávamos nós, abraçados, só sentindo a respiração no ar. No fundo, senti aquela sensação de novo, não estava errado, senti que estava certo e... naquele momento foi tão difícil de processar. Eu estava em um lugar isolado segurando o demônio que estava tirando vidas inocentes todos os dias.


Onde fui me meter?


Senti seus lábios repousarem em minha cabeça dando um beijo demorado na região, fiquei surpreso ao descobrir que os cabelos da minha nuca se arrepiaram. Ele não parece ser o mesmo Hyunjin que encontrei naquela noite. Com as vestes sujas de sangue, uma expressão doentio, ele conseguia mudar de uma hora para. Meu medo agora seria encontrá-lo naquela sua forma novamente, medo de fazer algo comigo, ou pior, com Han.

Em algum momento me senti como uma presa fácil e no próximo eu estava agarrado a um predador. Seus dedos me fizeram um cafuné bom que aceitei d ebom grado - se você aceitar que é meu, nunca mais irá se sentir preucupado e inseguro outra vez. - As palavras que ele usou para quebrar o silêncio foram questionáveis para mim. Não sentir-me preucupado ou inseguro estando ao seu lado seria algo um tanto difícil. Quem ele queria enganar?

Me descolei do seu apego e afastei-me para fitar o seu rosto com traços bonitos, porém, frio - tenho certeza que isso nunca irá acontecer. Eu não pertenço a você, e se depender de mim, nunca pertencerei - ele deu um passo a frente a minhas sinceras palavras - eu vou fazer questão de te provar o contrário, Lee - disse roucamente como um sopro - então, boa sorte pra você, Hwang - falei em um tom desafiador fixando meu olhar no seu, e por incrível que pareça, não me senti intimidado, pelo contrário, sentia-me encorajado. Ele mostrou um sorriso ladino em sua boca, virei-me e fui embora sério - você será meu querendo ou não, gatinho.

- isso é o que veremos. - foi nossa última troca de palavras antes de eu voltar a seguir a fita de cetim vermelha.




( .... )



Eu sai daquelas árvores todas e entrei na minha casa, subi os degraus até meu quarto e tive um grande sobressalto ao ver jisung com... As cartas que joguei no lixo em mãos, eu fitei os papéis  amassados e logo em seguida sua reação perplexa e assustada que me encarava. Eu estava fodido.

Seria uma longa conversa...

- que porra é essa? - ele estendeu a mão ocupada em minha direção nervosamente - Ji, eu..-


- que merda toda é essa?! Por que anda recebendo essas cartas? Quem as mandou? - Ele estava irritado e revolto e tudo o que pude fazer foi abaixar o rosto e fechar o punho no clima tenso - responda, por favor! - Senti um nó na garganta. Era compreensivel ficar nervoso ao ler o que estava escrito nos papeis amassados. Como eu lhe explicaria a minha situação?





( .... )





Han jisung....



Eu havia chegado em casa cansado pelo meus estudos diários. Odeio o colégio com taxas as forças. A casa estava silênciosa indicando que o hyung ainda não havia chego, rapidamente lembrei-me de por a ração de Bin no pote. Subi até seu quarto, abri a porta e peguei o pote transparente escrito ração na gaveta da cômoda, abri a gaiola onde o passarinho bonito do meu primo estava e coletei os grãos com um medidor, despejei a comida no comedouro fazendo-o pousar no poleiro mais próximo, assim que terminei guardei de volta ao lugar as coisas. Porém, notei uma bola de papel jogado no chão, eu a peguei na intenção de colocar na lixeira, só que ao olhar bem percebi ser uma carta que provavelmente foi Felix quem amassou. Aquilo atiçou minha curiosidade. Que estava a mandar cartas a meu primo? E o que elas diziam para fazer ele amassa-la?. Então, decidi arriscar e abri-la para ler melhor.


Tentei deixar o menos amassado possível de uma forma que ficasse legível, passei meus olhos pela caligrafia bem feita, era uma letra bonita, mas, meus pensamentos mudavam conforme eu lia as coisas cravadas na folha. Ela dizia alguma coisa sobre ir ao Rio Han, sobre o nosso passeio no shopping, sobre uma tal Rosa. Enfim, tudo muito estranho. Eu olhei para o lixeiro e descobrir mais papéis como aquele em minha mão.

Eu li todas, todas elas em ordem e cada vez que eu as lia eu conseguia me assustar mais ao achar Polaroid's da gente no shopping. Ouvi passos subindo as escadas, Felix havia chego. Ele abriu a porta do quarto e vi seu susto ao me ver ali.


Aquilo era muito esquisito, aquelas cartas escondiam coisas a mais que não estavam em escrito.

Eu preciso da verdade e eu a tiraria de Felix...







Kkk esse capítulo tá uma merda porque a autora aqui tava com bloqueio criativo.

Então por favor compreenda meu sofrimento:)

E desculpem qualquer erro.

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⭐⭐⭐⭐⭐

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