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Han abre os seus olhos castanhos, já era de manhã em Seul, para ser mais exato, eram seis e quinze. Ele coça os olhos e os arregala quando vê a cama que antes Felix dormia, agora, vazia, imediatamente se pôs a procurar o loiro pelo edifício. Caminhando pelo corredor se encontrou com a enfermeira a quem cuidava do primo, rapidamente a parou. — bom dia, Sra. Kim. Você viu meu primo por aí? — a mulher nega. — não, Sr. Han. Ele não está na cama?




— não, quando acordei ele não estava no quarto. — ela sorriu por debaixo da máscara. — fique tranquilo, talvez ele esteja no refeitório. — Han retribui o gesto. — certo irei procurar, obrigado. — ele sai em direção ao local dito e para sua infelicidade não o encontrou. Voltando para o andar de cima ele vê os enfermeiros correndo rapidamente em uma direção e ouve alguém os chamando com urgência, preocupado, correu junto a eles.

Seu coração errou a batida ao que pôs os olhos no corpo nú sendo coberto por um pano branco pelos funcionários, com ematomas roxos, os cabelos bagunçados, o sangue nos lençóis evidenciando o abuso, o mesmo sangue que escorria pelas mordidas profundas em seu pescoço pálido, a boca sem cor alguma, os pulsos roxos com algumas coticolas do líquido vermelho. O estado de Felix era extremamente grave, ele respirava mas ainda sim com dificuldade.

Aquilo era obra do Hwang novamente, com certeza.








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Han sentia-se desesperado e estava quase a arrancar os cabelos de preocupação. O Lee estava sendo examinada por um médico em seu quarto de hospital, a polícia foi averiguar o local mas infelizmente ainda não recebeu nenhuma notícia sobre isso e nem sobre o primo. Ele já imaginava que Hyunjin fosse cruel, mas não tanto. Era possível sentir o desgosto correndo em suas veias enquanto imaginava como seu primo deve ter se sentido naquele momento terrível. E o pior de tudo, ele nem estava lá para protegê-lo, ao mesmo tempo de sentia inútil. 

O médico sai da sala e tira momentaneamente o adolescente de sua situação difícil. Ele rapidamente se levantou do banco e ficou diante dele. — Doutor, como ele está? Ele vai ficar bem? — O homem ajeitou os óculos. — Bem, ele foi vítima de estupro, está gravemente ferido e pode acordar com fortes dores. Mas ele pode ser tratado, tem que ficar aqui para descansar mais alguns dias. — ele suspirou. — já pedimos para analisarem as câmeras. Tenha calma, ele vai acordar logo. — Ele deu um tapinha consolador no seu ombro. — certo, obrigado, doutor. — agradeceu o Han com certa infelicidade e aproveitando a ausência do médico para refletir um pouco.


Ele se sentia culpado mesmo sabendo que a culpa era do demônio, não dele, mas seu coração continuava doendo, ele tinha sua mente a milhões e às vezes até latejava ao imaginar o que havia acontecido. Mas o que poderia fazer? Era apenas um adolescente contra um demônio poderoso que trazia cada vez mais problemas.

Ele não conseguia imaginar a dor que seria perder-lo também, a ideia de ficar só na vida era loucura, era injusto com sigo se sentir daquele jeito, mais injusto ainda era Felix sofrer por tanto tempo. Ele não havia feito nada para merecer estar ali.

Ele adentrou no quarto aparentemente triste, testemunhar seu primo em coma outra vez foi um baque em seu peito. Ele parecia dormir tranquilo, mas tinha consciência do que sentia.

Han sabia plenamente o vencido dele,   tinha ciência sobre as coisas horripilantes que foi necessário a enfrentar, desde pequenos eram muito apegados, ele conhece seus gostos e vontades. Não conseguia retratar o como o admirava por ser alguém um tanto corajoso e persistente, basicamente a melhor lição de pessoa.

Your Body Your Soul || Hyunlix Onde histórias criam vida. Descubra agora