Your Body Your Soul || Hyunlix

"025"

— "amor... está fugindo novamente?" - Foi ele quem chamou o menino de cabelos louros deitado debaixo da cama. O vento frio daquela noite sacudia as folhas dos galhos finos das árvores que cresciam em frente ao casarão em ruínas. Ele estava tão assustado que tentava controlar sua respiração, estava trancado naquele lugar velho e escuro, temendo não conseguir se esconder por muito tempo. Seu perseguidor caminhava como um verdadeiro predador, e estava cada vez mais perto dele. - "saia, amor..... vamos, eu só quero sua atenção um pouco. - O sardento tremia a cada passo lento que fazia o chão de madeira ranger de um jeito assustador.

Em algum momento eles param. Não sabia se deveria entrar em pânico ou ficar aliviado, mas acreditava que tudo era motivo para se ter medo. - "Onde você se escondeu desta vez?......no armário?" - Os armários se abrem. - "Oh, não está aqui........talvez, atrás das cortinas?" - ele podi ouvir o som do puxar das cortinas. - "aqui também não.......essa brincadeira está começando a me deixar irritado." - disse com o tom um pouco mais sério. - "Quando eu encontrar você, prometo-lhe um terrível castigo". - Ele volta a andar devagar, Felix sentiu que não havia como tirá-lo de lá, o desgraçado estava lhe perseguindo o tempo todo e ninguém iria lhe salvar, a não ser que um milagre acontecesse.

- "não deveria me provocar assim, amor". - Felix conseguiu ver os conturnos pretos em frente aos seus olhos, e sem querer um soluço lhe escapou. Estava ferrado. - "acho que sei onde você está". - ele saiu da vista do jovem que teve a esperança de que o outro não lhe achasse. Mas, teve o sangue frio e uma falha em seus batimentos ao que o outro pôs a cabeça para olha-lo sob a cama. Seus olhos vermelhos intensos e seu sorriso diabólico carregado com malícia lhe fizeram arcar em medo. - "achei você!"....

( .... )

Acordando de mais um deles, seus pesadelos estavam cada vez piores.

Quando aquilo iria acabar?

Ele ainda estava no hospital e deveria receber alta pela manhã. Sung estava dormindo no sofá desconfortável, agarrado ao travesseiro. Olhando para o relógio na parede, ainda eram 5:00 da manhã. Ele não conseguia pegar no sono. Não queria dormir de novo para evitar um pesadelo horrível com o demônio. O sol ainda não havia nascido no céu, o lugar estava parado, o frio era ameno, e quando reparou, já estava parado na janela do quarto, olhando a paisagem escura e as nuvens cinzentas que combinavam com ela. Mas algo o incomodava, ele tinha um mau pressentimento, e não era só essa sensação que estava presente, mas o Hwang, a quem ele tanto odiava, também estava ali. Ele se virou e o viu sentado á cama com uma maçã vermelha na mão. A fruta já havia sido mordiscada e ele estava mastigando a parte que havia comido.

- Você deveria dormir mais, certo? - Pronúnciou-se e jogou a maçã na lixeira - O que você está fazendo aqui agora? - perguntou o jovem loiro olhando para ele. - Estou aqui para fazer acompanhia a você.

- Não preciso da sua companhia. -  o jovem responde com a testa franzida. - Já falamos sobre esse comportamento. - Seu olhar se aguçou ainda mais. - me deixe só. - Ele se voltou para a janela e alguns segundos depois mãos frias encontraram seus quadris. - O que você está fazendo? - Gritou baixinho para não acordar Jisung que estava dormindo no sofá. - se você pudesse facilitar as coisas para mim, eu poderia te fazer muito feliz. - sussurrou em seu ouvido, apertando-o com mais força. - me solte, Hwang! - ele tentou se soltar mas seu aperto era firme. - Quero provar você de novo, repetir o que fizemos em casa naquele dia. - Havia uma pitada de malícia em sua voz, ele suspirou e fechou os olhos enquanto seu nariz tocava o pescoço de seu garoto. Felix ficou abalado com suas palavras, tentava pensar em algo, porém, nada servia para lhe ajudar. - Mas desta vez, quero terminar o que começamos. - a respiração que até então o tocava foi substituída por lábios macios e carnudos, o coração batendo forte no peito como se fosse partir, o tremor persistia, e uma pequena mordida em seu ombro foi dada de presente.