𝗦𝗜𝗦𝗧𝗘𝗠𝗔⸺ 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹.

035| 𝐅𝐨𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫 🥀

SÃO PAULO é vida, embora eu tenha vindo só pra resolver algumas questões e ir embora, eu continuo sentindo a sensação de leveza que essa cidade traz.

Marquei de encontrar com a Babi como sempre, hoje ela estava um pouco mais calma e não chegou no aeroporto com as músicas bregas dela.

Muito pelo contrário, eles realmente levam a sério até demais esse lance de que grávidas não podem fazer nada.

— Eu tinha dito que achava que você tinha cara de mãe de menino, mas não é por nada não. — Babi aponta pra mim. — Sua barriga tá pontuda, acho que tem um menino aí dentro.

— Já ouvi falarem que a minha barriga tá redonda, e que tem uma menina aqui.

Eu realmente ouvi, de algumas colegas de trabalho, do Gabriel que ao mesmo tempo que acha que é menina, bate o pé que é um menino.

— Tá bom, mas agora eu quero saber. — Babi me puxou pelo braço pra perto o suficiente do meu ouvido. — Pra que que você me pediu pra te trazer na casa do Veiga?

— Porque eu tenho que enterrar a nossa história que nem existe. — Falei isso já tocando a campainha da casa dele. — Acabou a palhaçada.

— Se fosse eu, tinha continuado a minha vida normalmente. — Babi deu de ombros como se não se importasse. — Foda se o total dele.

— Isso não é bom pro piscológico das pessoas. — Tem que resolver tudo, pra não ficar na dúvida.

— Tá bom piscóloga. — Babi apenas assenti. — Você que entende dessas paradas mesmo, mas eu faço o que?

— Entra comigo ué. — quase não consigo terminar a minha resposta, tem um Raphael Veiga parado bem na nossa frente como se tivesse acabado de acordar.

— Elena? — Dá pra perceber a surpresa na cara dele. — Entra aí.

Eu entrei com a Babi que já entrou contando os segundos pra ir embora. Não julgo, eu também estou assim.

Paramos em uma área de piscina ontem tem algumas cadeiras e um espaço tampado, sem ser convidada eu me sentei com a Babi por lá mesmo e já abri a minha boca, não queria perder tempo.