Capítulo 18: Bem que se quis

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Meu momento de paralisia não durou mais de cinco segundos antes de me atirar nos braços de Lauren, envolvendo meus braços em seu pescoço beijando sua boca com toda paixão que o momento pedia, tentando naquele beijo retribuir a altura aquela declaração de amor.

- Laur... Vamos sair daqui...

- Vamos...

Nosso beijo foi ainda mais intenso do que o de dias atrás na suíte do hotel. Meu corpo era excitação pura, me entreguei ao beijo, envolvida pela revelação de Lauren desejando amá-la ali mesmo. Descemos as escadas trocando sorrisos, de mãos dadas, nos esquivamos de Melissa e Pietra qual meninas levadas que se escondem de uma diretora da escola para matar aula.

Entramos no meu carro ansiosas, ofegantes, trocamos beijos quentes e sorrisos cúmplices.

- Vamos sair daqui minha Camz... Se não seremos presas por atentado ao pudor...

Dei partida no carro, mas, não sabia onde levar Lauren, na minha casa eu não me sentia à vontade, ainda sentia minha casa como território sagrado do meu amor com Natalie. Lauren pareceu notar minha apreensão e disse:

- Vamos para meu hotel, é mais perto daqui.

Aliviada sorri concordando com a cabeça a sugestão de Lauren. Diante do hotel eu parecia uma virgem na porta de um motel, entramos no estacionamento e me conhecendo como me conhecia ela notou meu nervosismo, e para minha surpresa, não era só eu a me sentir como se fosse a primeira vez, notei quando ela segurou minhas mãos, as suas estavam trêmulas e geladas. No rádio do meu carro Marisa Monte falou por nós.

Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos prá voltar
E o quê, que a vida fez
Da nossa vida?
O quê, que a gente
Não faz por amor?...
Mas tanto faz!
Já me esqueci
De te esquecer
Por que!
O teu desejo
... meu melhor prazer
E o meu destino
... querer sempre mais
A minha estrada corre
Pro seu mar...
Agora vem, prá perto vem
Vem depressa, vem sem fim
Dentro de mim
Que eu quero sentir
O teu corpo pesando
Sobre o meu
Vem meu amor, vem prá mim
Me abraça devagar
Me beija e me faz esquecer...
(Bem que se quis- Marisa Monte)

Descemos do carro depois do sinal dado pelos deuses em forma de música, o percurso pelo elevador nunca me pareceu tão longo. Contínhamos a vontade de nos atracarmos ali mesmo naquele cubículo pelo simples fato que nossa paixão promoveria uma cena de sexo explícito na frente das câmeras. Entretanto, nosso pudor só nos conteve até a porta da suíte, quando Lauren jogou-me contra a parede passando com pressa o cartão magnético na porta empurrando-me faminta para dentro da suíte.

A voracidade da boca de Lauren era compatível com a sede de suas mãos que exploraram cada pedaço de minha pele arrancando minhas roupas e as espalhando pelo chão, pelos móveis do quarto. Tentei despi-la, mas Lauren não me dava espaço, e eu completamente rendida às suas carícias frenéticas e calientes senti meus músculos tremerem e a umidade do meu sexo anunciar a excitação tomar de conta do meu corpo.

- Camz... Eu te quero tanto...

- Também te quero Lo... Vem pra mim, vem...

Lauren se desfez de suas roupas e caiu por cima de mim na cama, abriu minhas pernas e se encaixou entre elas deslizando suas mãos e língua pelo meu corpo, sugando meus seios, misturando sua saliva com meu suor, roçando suas pernas no meu sexo arrancando meus gemidos.

- Não para, Lo... Vai...

- Não paro, meu amor...

Lauren remexia seus quadris quase como uma coreografia sexy. O prazer estampado na sua face me excitava ainda mais, remexi no mesmo ritmo segurando Lauren pelo bumbum, até que ela usou seus dedos para massagear meu clitóris...

Sei que é amor - Ainda sei, é amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora