Além das sombras.•ᴄᴀʀʟ ɢʀɪᴍᴇs

13. Imunidade

𝘚𝘢𝘣𝘦, 𝘱𝘰𝘳 𝘱𝘪𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴 𝘴𝘦𝘫𝘢𝘮, 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘮𝘦𝘯𝘰𝘴 𝘴ã𝘰 𝘱𝘳𝘦𝘷𝘪𝘴í𝘷𝘦𝘪𝘴. 𝘚ã𝘰 𝘢𝘴 𝘱𝘦𝘴𝘴𝘰𝘢𝘴 𝘯𝘰𝘳𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦 𝘢𝘴𝘴𝘶𝘴𝘵𝘢𝘮.

Octavia Smith

Eu estava vivendo com a frequente pergunta de "como eu estou viva?", me perguntava oque me fazia diferente dos outros e por que eu era imune aos zumbis?

Encarei meu reflexo em frente ao espelho e passei as mãos pela cicatriz que cicatrizava lentamente, meu corpo ainda estava febril, na verdade, acho que agora essa é a temperatura do meu corpo natural, já que já faz uma semana que eu "ressuscitei"

Algumas pessoas de Alexandria me olhavam torto, sempre estava cochichando algo e eu me sentia estranha com isso, odiava isso.

—E aí, Octavia — Negan falou ao me ver passar por ele, ele agora ajudava no jardim, tinha seus momentos de "liberdade"

— Oi Negan— Eu me lembro tudo que todos falaram pra mim no meu leito de morte e se eu pude ser capaz de perdoar lá, eu deveria manter isso. — Quer ajuda aí?

—Não, valeu, eu me viro.

— Tudo bem então, qualquer coisa é só chamar. — Sorri levemente para Negan e segui meu caminho.

Decidi me dedicar à pesquisa e buscar mais informações sobre o vírus benigno que interagia com a mutação genética responsável por minha imunidade. Fui até a biblioteca improvisada em Alexandria, onde vasculhei livros e documentos em busca de pistas.

Após horas de pesquisa, eu não achei nada, como era de imaginar, ninguém escreveu livros depois que o apocalipse zumbi começou.

—Ta fazendo oque?— Carl se sentou ao meu lado e eu joguei o livro na mesa frustrada.

— Procurando sobre pandemias, sobre pessoas assintomáticas e oque fazia com que eles fossem assim mas nada que pudesse explicar oque aconteceu comigo— Respondi encarando o nada.

Assim como Negan, eu perdoei Carl por ter dito aquelas coisas mas a nossa relação ainda estava estranha, ele disse que me amava e eu não disse que amava ele de volta ainda.

Carl olhou para mim com um olhar compassivo e colocou a mão sobre a minha, transmitindo seu apoio silencioso. Ele entendia minha frustração e o desejo de entender a minha condição.

— Octavia, talvez não encontremos todas as respostas nos livros. Talvez seja algo único em você, algo que a ciência não pode explicar mas isso não significa que você esteja sozinha. Nós estamos aqui com você e  se quiser, podemos descobrir juntos.

Suas palavras me confortaram, trazendo um senso de esperança. Eu me senti grata por ter pessoas como Carl ao meu lado, mesmo em meio a um mundo pós-apocalíptico.

— Obrigada, Carl. Eu sei que posso contar com você. Você é ótimo— Ele sorriu pra mim e eu sorri de volta, ele se aproximou de mim e eu senti meu coração bater forte, ele estava tão perto de mim que eu podia sentir sua respiração batendo contra meu rosto mas antes de qualquer coisa, eu virei o rosto— Se a gente conhecesse alguma área de pesquisa abandonada, a gente podia achar alguma coisa, alguma pessoa que foi mordida e ficou bem, não sei.