12. Adeus

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𝘖𝘴 𝘮𝘪𝘴𝘦𝘳á𝘷𝘦𝘪𝘴 𝘯ã𝘰 𝘵ê𝘮 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰 𝘳𝘦𝘮é𝘥𝘪𝘰 𝘢 𝘯ã𝘰 𝘴𝘦𝘳 𝘢 𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘢𝘯ç𝘢.

Octavia está deitada na cama, enquanto a febre queima seu corpo. Seu rosto está vermelho e suado, e uma fina camada de suor cobre sua testa e pescoço. Seus olhos estão vidrados e sem brilho, e suas bochechas estão ruborizadas.

A respiração de Octavia é rápida e ofegante, ecoando pelos suspiros cansados. Sua pele está quente ao toque, emanando uma sensação de calor intenso. O corpo dela está trêmulo, tanto pela febre quanto pelos calafrios ocasionais.

Gotas de suor escorrem pelo rosto da garota deixando um rastro úmido em sua pele. O cabelo, normalmente arrumado, está agora grudado na testa, úmido devido à febre. Seu corpo está inquieto, virando e revirando sob os lençóis, buscando algum alívio.

O rosto de Octavia mostra sinais de desconforto e sofrimento. As sobrancelhas estão franzidas, e a expressão facial revela dor. Seus lábios estão ressecados e trêmulos, e cada movimento parece exigir um esforço sobre-humano.

Ela murmura algumas palavras incoerentes enquanto luta contra a febre, seu tom de voz fraco e abafado. O corpo está frágil e fraco, incapaz de se levantar ou realizar tarefas simples. O calor interno parece consumi-la, deixando-a prostrada na cama, vulnerável e indefesa.

A febre cria uma sensação de desorientação e confusão, distorcendo a percepção de tempo e espaço. Ela está em um estado de semi-consciência, presa entre o mundo real e o caos de sua própria temperatura corporal.

—Oi filha...— Carol se aproxima da filha ajoelhando ao lado da cama dela— Você tá aqui? — A garota concordou com a cabeça com dificuldade— Algumas pessoas querem te ver, você quer?

Octavia sabia que as pessoas queriam que se despedir dela, a mordida de zumbi é uma sentença de morte, ela não queria morrer mas ela não aguentava mais aquela febre, talvez morrer logo fosse a melhor opção.

Embora Octavia estivesse considerando a possibilidade de morrer como uma forma de aliviar seu sofrimento, uma parte dela ainda lutava. Enquanto sua mente oscilava entre a lucidez e a confusão causada pela febre, ela se esforçava para expressar seus sentimentos à mãe.

—Eu não quero morrer...

Carol segurou a mão da filha suavemente, sentindo a fragilidade do corpo de Octavia sob seus dedos. Lágrimas se acumularam em seus olhos, mas ela manteve a calma para confortar sua filha.

—Eu sei meu amor, eu sei — Não tinha oque falar, ela só queria manter a garota calma.

—Pode deixar eles virem.

Aos poucos as pessoas foram se aproximando, Rosita, Ron, Rick com Judith, Michonne, cada um de cada vez, ela tentava se manter lúcida todo o tempo mas parecia cada vez mais difícil.

—Vem cá Octavia— Lucille chamava a filha que ia correndo até ela. — Tá tudo bem, tudo bem meu amor, você tá com a mamãe agora.

—Eu senti sua falta— A garota abraçou a mulher que sorriu abraçando ela de volta.— O papai... o papai ficou louco depois que você morreu, mãe.

—Eu sei, eu sinto muito— Falou acariciando os cabelos longos da garota.

—Eu não quero morrer, mãe, eu não tô pronta ainda, ainda tem tanta coisa que eu queria fazer, que eu queria dizer— Se encolheu no colo da mãe chorando e então o cenário mudou, estavam os quatro na mesa de jantar e Octavia caminhava até lá.

Além das sombras.•ᴄᴀʀʟ ɢʀɪᴍᴇs Onde histórias criam vida. Descubra agora