Henrique Barros, era o tipo de homem que chamamos de caseiro. Seu prazer estava em cuidar dos animais na fazenda do padrasto, festas não faziam muito seu tipo, sempre que podia fugia delas, mas quando seus irmãos — cantores amadores nas horas vagas — inventavam tocar ele se esforçava para ir apoiá-los.
Anne Dantas, era uma aluna esforçada do curso de medicina veterinária. Não era raro ela ser a motorista da sua melhor amiga, sempre dava a sorte de não ter de ficar nas festas que ela ia. Mas não teve como escapar quando a festa era em uma fazenda longe o bastante para não dar para fazer um bate e volta.
Ele mais ela e um esbarrão, quão clichê isso soa?
Quão mais clichê isso soa, se adicionarmos o fato de ele ter de sair às pressas, sem ao menos dizer seu nome a ela, e ainda por cima deixando um objeto dele para trás?
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Uma dose de clichê
Short StoryQuem não ama o bom e velho clichê? Ou quem há de negar que nunca ficou de ressaca literária após ler um clichê? Uma dose de clichê reúne os maiores clichês já contados e recontados no mundo literário. Porque uma dose de clichê nunca é demais.