Capítulo 8

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         -- Vocês sabem, pelo menos, onde esse doido tá? – pergunta Corey.

         -- Não, mas é aí que Mase entra. – digo.

         -- Você tá me achando com cara de hacker, por acaso? – pergunta intrigado.

         -- Amor, mas você é mesmo o que mais sabe de tecnologia aqui. – Corey tenta o convencer.

         -- Ok, vou ver o que posso fazer.

         Não levou nem 5 minutos para ele achar uma pista no fundo da foto e descobrir que era em algum lugar perto da saída da cidade.

         -- Vamos, então. – digo indo para porta.

         -- Agora?? – Mase pergunta.

         -- Ou a gente pode esperar até amanhã e, em vez disso, ir procurar os corpos deles. – diz Theo descruzando os braços.

         E não demora muito até eu estar, de novo, no banco da frente da camionete dele. Corey e Mase estão atrás e a placa de "Bem-Vindo a Beacon Hills" logo alguns metros a frente.

         -- Sabe, talvez eles deviam acrescentar nessas placas que você, provavelmente, vai ser perseguido por caçadores, fantasmas em cavalos, múmias pré-históricas e bestas. – Theo diz o último e brinca com Mason. – Não me leve a mal, mas isso não foi muito legal, cara.

         -- Todo mundo tem um passado sombrio. Faz parte. – ele responde com uma risada forçada.

         Estacionamos em um acostamento antes da estrada. Já estava escurecendo.

         -- Veio aí mais um capítulo de caminhadas na floresta escura! – exclama Corey, mas posso sentir seu medo.

         -- O que será que os outros adolescentes da nossa escola estão fazendo agora, num sábado à noite? – penso em voz alta.

         -- Acho que hoje tinha uma festa na casa do Greg. – diz Mase.

         -- Idiota. – nós quatro dizemos ao mesmo tempo e nos entreolhamos.

         -- Pois é, acho que estamos melhor aqui, na floresta escura. – digo.

         Caminhamos mais um pouco, ainda sem muito rumo, e Theo faz sinal para ficarmos quietos.

         -- O que... – começo.

         -- Cala a boca, Dunbar! – ele exclama e isso me deixa puto.

         Não consigo me segurar e dou um soco em seu braço.

         -- Vai se fuder? – ele me olha indignado. – Só isso foi suficiente pra te chatear, lobinho?

         -- Que lobinho, seu semi-coyote de merda? – digo e o acerto no rosto, dessa vez.

         Ele dá o troco com outro soco que quase me faz cair. Eu estava levantando o punho para o socar de novo, mas Mason se coloca na minha frente:

         -- Calma, Li. Agora não é hora.

         Eu olho com ódio para Theo, e Corey pergunta:
          -- Não vamos dar show agora, galera. O que você ouviu, Theo?

         -- A conversa de dois homens, a noroeste.

         -- Já eu ouvi mais de dois corações. – digo.

         Ele lança me um olhar desafiador.

         -- Então vamos pra lá. E vocês dois não fiquem a menos de 2 metros um do outro. – ordena Mase.

Do Outro Lado da Porta de Uma Camionete EnferrujadaOnde histórias criam vida. Descubra agora