Entre o distintivo e o coração.

51- pov: Liz Carter.

Como previsto, não dormi nada. Me revirei na cama a noite inteira.
O enjôo realmente era da viagem, que juntou com a má alimentação. Disso eu já tinha ficado bem, da dor de cabeça também.
Quando o céu clareou, decidi levantar e me arrumar para correr. Agradeci mentalmente por ter levado as coisas necessárias.
Coloquei um top e legging apropriadas e calcei o tênis. Prendi meu cabelo, coloquei o fone e o relógio para marcar.
Desci e abri a porta devagarzinho. Dei partida assim que sai pelo portão principal.

O céu estava limpo, já tinha outras pessoas fazendo o mesmo exercício que eu. A brisa do mar me deixavam arrepiada.

Depois de mais de uma hora intercalando entre caminhada e corrida, voltei pra casa.
Novamente abri a porta bem devagar.

— Caiu da cama, senhorita Liz? — A voz masculina me fez ter um susto.

— Que susto. — Falei tirando meu fone e me virando rapidamente, vendo Tyler parado perto do sofá.

— Desculpe, não quis assusta-lá, senhorita. — Ele me olhou, preocupado.

— Não se preocupa. — Ri de lado — E pode me chamar de Liz. É que, sempre acordei cedo e hoje decidi sair pra correr.

— Ah sim, correr na praia, um dos melhores prazeres da vida. — Ele respondeu. Ele já estava arrumado, com seu terno preto.

— É verdade. E você chega aqui cedo assim? — Falei olhando meu relógio que marcava ainda 6:45am.

— Sim. Fico à postos do que a Camila quiser. Ela sai às 7:30am, então venho mais cedo para esperá-la. — Ele respondeu. — Mas não vou atrapalha-lá. Tenha um bom dia. — O homem se assentiu.

— Você também. — Sorri pra ele e subi as escadas.

Voltei pro quarto e mergulhei de cabeça no chuveiro.
Passei mais um tempão ali com a água gelada escorrendo pelo meu corpo.
Assim que finalizei, me vesti com um roupão de banho e procurei uma roupa que fizesse jus ao clima mais fresco.

Logo, decidi colocar um short de tecido branco com uma blusa canelada, mais curtinha com decote coração de cor azul, calcei um chinelo azul, e me perfumei.
Enquanto penteava meu cabelo molhado, alguém bateu na porta.

— Bom dia, Lili. — Oli falou com a voz de sono.  Ele me abraçou e me deu um selinho.

— Bom dia, amor. — Ri vendo seu rosto amassado. Voltei para penteadeira e continuei arrumando o cabelo.

— Já tomou banho? Caiu da cama foi? — Ele sentou na cama.

— Não dormi muito. Fui correr.— Falei me virando pra ele.

— Sério? Sozinha? Por que não me chamou? — Oli franziu a testa.

— Até parece que você iria. — Fiz careta.

— Eu iria. — Ele falou coçando o pescoço.

— Iria sim. — Pisquei.

— Mas por que você não dormiu? Por que não foi lá pro meu quarto? — Ele questionou.

— Foi só o costume de não dormir sempre em outros lugares, não se preocupa. — Menti.

— Minha mãe já saiu. Mas o café já está na mesa, vamos descer? — Ele perguntou e levantou.

— Vamos. — Falei colocando a escova na penteadeira.

Descemos juntos e o como dito, o café já estava na mesa.

Cumprimentamos Margot e Tyler que estavam parados perto da mesa.
Me servi com uma xícara de café, que estava do jeito que eu gostava, sem muito açúcar.