Entre o distintivo e o coração.

23- pov: Liz Carter

Novembro chegou. É  o mês do meu aniversário. 11 de novembro.

Já havia passado alguns dias desde que fiz a prova, então o resultado sairia um pouco depois do meu aniversário.  Desde aquele dia eu não via Oli, conversei pouco com Sofi. Estava sendo dureza conciliar tudo, eu estava me sentindo cansada, sem animo até de ver o Matt, e isso está afetando o relacionamento.

Antes de ir trabalhar, passei para ver Jacob que havia tido alta. Ele estava bem, teve uma complicações devido ao remédio, mas conseguiu se recuperar e estava em casa. Hoje eu estava no turno da noite, entrando as 19;00 e sairia as 7 da manhã. A noite seria puxada.

— Boa noite, Capitã. — Entrei em sua sala, lhe entregando alguns papéis referentes a caso resolvidos.

— Boa noite, Li. Obrigada. – Ela disse, pegando os papéis da minha mão. – Você está bem?

— Estou bem, Liv. E você? E Noah?– Sorri de lado.
— Estamos bem. Que horas seu turno acaba?

— As 7 da manhã. Acabei de chegar.

— O período da noite é péssimo, desculpa não ficar aqui hoje.

— Não se preocupa. — Segui até a porta.

— Qualquer coisa você pode me ligar. — Ela disse, eu acenei e sai de sua sala. Fui até minha mesa, organizado uma gaveta com as pastas de casos resolvidos, arquivados e os que ainda preciso ver deixei em cima na mesa.

Levantei um pouco para tomar água quando meu celular tocou.

— Amor? Está muito ocupada? — Matt falou do outro lado da linha.
— Oi, amor. Não não. Tudo bem?
— Sim, desce aqui na recepção um minuto.

Bebi minha água deixando minha garrafa na mesa e então desci.
Vi Matt na área de espera da delegacia no andar de baixo.

O abracei, lhe dando um selinho rápido. — Te trouxe comida. — Ele disse, me entregando.

— Você leu minha mente? — Ri pegando as sacolas da mão dele. — Obrigada, meu bem. Vamos subir, lá em cima tem um espaço pra comer.

— Não vou te atrapalhar?

— Não, tá tudo tranquilo. — Subimos juntos. Ele cumprimentou Olívia com um rápido boa noite e então seguimos até a sala do café.

Comi quase rezando o lanche que Matt havia trazido, meu sanduíche favorito, que só ele sabia fazer, café gelado do Starbucks e ainda um chocolate de sobremesa.

— Isso daqui tá muito bom...eu não como desde às 3 da tarde. — Ri de lado, depois dando um gole no café.
— Ja são quase 9 da noite, Li. — Matt falou e eu dei de ombros.

— Obrigada por ter lembrado de mim. — Sorri de boca cheia pra ele.

— Nunca esqueço, linda! — Ele sorriu, limpando o canto da minha boca com guardanapo.

Ficamos conversando e pouco depois Matt foi embora. Nos despedimos e ele descer.

— Carter, precisamos de você! — Um dos polícias do turno da noite me chamou, quando eu estava na minha mesa.

— O que houve? — Levantei, perguntando ao policial que me chamou.

— Assalto a joalheria da rua Parker. Dois suspeitos, ainda no local.

— Ok, se organizem! — Falei firme.
Colocando colete e então seguimos até o local.

Ao chegarmos, já vimos os vidros da joalheiros estourados no chão. Dei a "sorte" de ver um dos bandidos do lado de fora.

— Ponha as mãos onde eu possa ver! — Ordenei, lhe apontando a arma, assustando ele.

— Puta que pariu! Eles estão aqui. — Ele gritou pro seu parceiro que estava dentro. Os policiais logo agiram, correndo até dentro da loja, pegando o outro cara.

Ele jogou a arma que usava, e levantou as mãos, rendido. Guardei minha arma, pegando as algemas.

— Você está preso. Tem o direito de permanecer calado, tudo que disser, poderá e será usado contra você no tribunal. Você tem direito a um advogado, se não puder pagar um, iremos providenciar.

— Cala a boca, vadia. Eu já escutei essa antes.— Ele resmungou tentando se soltar.

— Quer aumentar sua pena? — Puxei seu braço, contorcendo o mesmo e vendo ele fazer careta de dor. — O algemei e um dos polícias colocou ele no carro.

Esperamos o dono e uma funcionária chegarem ao local, pelo visto os dois bandidos tiveram companhia, que conseguiram levar algumas joias avaliadas em quase 50 mil dólares.
Levamos eles até a delegacia para colhermos os depoimentos enquanto a técnica avaliava as imagens da câmera.

Isso durou quase a noite toda. Pelo visto uma outra funcionária fez parte do plano, que teria dado certo se eles não tivessem estourado o vidro da frente. Eles tinha tudo arquitetado, sabiam onde ficava as câmeras, então nas filmagens não foi possível ver o rosto dos outros.
A missão era agora recuperar as jóias. Caso grande, considerando os valores.

Parei um estante pra beber água e vi que meu relógio marcava 4:25 da manhã.
O tempo foi longo até as 7:00, mas até lá já tínhamos resolvido uma parte do caso, passei tudo detalhado para a equipe que entraria pela manhã, pedindo que eles me informassem qualquer coisa.
Cheguei em casa as 7:30, tomei um rápido banho, logo depois desmaiei na cama...