61 - pov: Liz Carter.

37 5 1
                                    

(3.4k de palavras.)

Acordei com a luz do sol batendo em meu rosto. Percebi que estava no sofá e que tinha pegado no sono ali.
Olhei pro relógio da mesinha do lado vendo que estava quase na hora de ir pro trabalho.

Olhei pro chão, vendo a taça de vinho caída no carpete. O líquido molhou a foto com a Katherine, a única foto que tinha ficado fora do envelope.
Deixei a foto onde o sol batia, e pesquisei algo pra limpar a mancha do vinho no carpete.

Peguei a caixa e guardei no meu escritório. 
Segui pro meu quarto, tirei a roupa que usava e tomei um banho gelado pra acordar.

Não consigo expressar os meus sentimentos sobre aquilo, de ler algo da Katherine, de ver uma foto nossa.

Depois de me arrumar, tomei uma aspirina e decidi que tomaria café na rua.

Suspiro adentrando o prédio que parecia mais estranho aquele dia. Saio do elevador dando de cara com Olívia chamando todos pra uma reunião urgente.
Apenas sigo ela, sentando na cadeira de sempre, ao lado do meu parceiro que já estava lá.

— Bom dia! O que é essa reunião? — Sorrio de lado.

— Bom dia, Carter! Não sabemos ainda. — Apenas concordo e viro pra frente, esperando a Capitã entrar.

— Menina desaparecida, 7 anos. Os pais deram falta dela e da babá assim que chegaram em casa, as câmeras ainda não foram checadas. — Foi a primeira frase da Capitã me fez arregalar os olhos. Um caso de desaparecimento logo às 7 da manhã. — Formaremos uma força tarefa e faremos nosso melhor trabalho para achar as duas, vivas e o mais rápido possível. —
Olívia completou sua frase. Ela mostrava a foto da garotinha, da babá também e mais alguns dados na tela da televisão na sala de reuniões.

— Por que esse caso é nosso? E a Crimes Especiais? — Um policial questionou.

— A Crimes Especiais está sem pessoal suficiente devido a troca de capitão. — Olívia sanou sua dívida, que pra falar a verdade também era a minha. — Todos os detalhes serão enviados pra vocês. Carter e Harris vocês vão até a casa dos pais, os demais ajudem e trabalhem para esse caso ter um bom final. Estão dispensados. — Ela terminou a frase e casa um dos policiais se retiraram se designando para suas funções. Olívia veio até nós.

— Liz, Jacob, esse caso é de alta importância, pelo que vi envolve um político. Eu não posso ajudar vocês agora, preciso ir para a Capital. — Ela disse olhando o celular.

— Deixa com a gente. Chamaremos alguém se preciso. — Jacob respondeu.

— Boa sorte. — Ela sorriu de lado e se afastou.

Levantamos indo em direção ao corredor.

— Já tem o endereço dos pais? — Perguntei olhando pro me parceiro que por sua vez procurava no tablet.

— Tenho. — Ele me olhou e me mostrou. — Vamos?

— Me dá um minuto. — Falei e me retirei da sala indo até o banheiro.

Desde que acordei não me sinto bem, com um certo aperto no peito e um pequeno enjoo pelo vinho. Casos que envolvem crianças são os mais difíceis. Mas já que fomos acionados, não tinha porque falar algo contra. Usei o banheiro e lavei as mãos, jogando um água no rosto também. Prendi o meu cabelo em um alto rabo de cavalo, ajustando minha roupa logo depois.
Voltei pro hall principalmente e me desloquei com Jacob.

— Quer café? — Perguntei quando caminhávamos pro carro.

— Não, obrigado. — Jacob respondeu e ao ouvir sua resposta fui direto pra barraca de café. Pedi um grande, puro, sem açúcar.

Entre o distintivo e o coração.Onde histórias criam vida. Descubra agora