Capítulo 37

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Entramos na festa separadamente, Lauren entrou comigo enquanto os outros entraram sozinhos.

- Então, o que acontece entre você e Cameron? – ela me cutucou e perguntou.

- Nada demais – peguei uma taça de champanhe que um garçom passou servindo.

-Vamos lá, pode me dizer, Lia pensa que Cameron é apaixonado por ela, mas eu sei que ela vai se prender a uma mulher tão fácil assim, e eu percebi certa atmosfera pairando entre vocês.

- É o que nos permite viver – ela rolou os olhos – Não há nada entre nós, ok? Nada sentimental.

- Mas isso não quer dizer que não tenha rolado nada – me olhou maliciosamente – Vocês já transaram, não é? – continuei em silêncio – Pode dizer, Cameron já comeu pelo menos metade das mulheres que eu conheci desde quando estou com ele.

- Já te pegou?

- Não sou tão fácil assim.

- Somos duas, então.

Não diria a verdade, se ele já tinha transado com tanta gente assim, eu era apenas mais uma nessa lista interminável, e se respondesse que sim, pensariam que eu sou como as outras mulheres, fraca demais para resistir.

- Bom – deu de ombros.

- Trabalha para o Cam desde quando?

- Desde quando ele começou a te procurar.

- Faz muito tempo?

- Alguns anos.

Assenti e voltei a olhar envolta, corri o olhar pela festa até quem encontrei Kat e Lia penduradas em Josh, ele sorria para as duas visivelmente excitado, senti um nó no estômago apenas de pensar na cena.

- Acho que já podemos subir – disse para Lau.

- Se alguém nos encontrar no meio do caminho, não se assuste se e fingir que sou lésbica – me engasguei com o champanhe em um riso involuntário – Vamos fazer isso logo.

Deixei a taça de champanhe em cima de uma mesa que encontrei pelo caminho e segui Lauren pelas escadas, acenei para algumas pessoas , foi então que me lembrei das câmeras.

- Lauren – a puxei pelo braço – E quanto às câmeras? Vejo uma a cada passo.

- Relaxa – ela riu – Os meninos cuidaram disso, eu tenho uma escuta, te aviso se alguma coisa der errado.

Não pude evitar ficar um pouco brava, por que ela tinha uma escuta e eu não? Cameron queria ajudar a vida a foder comigo? Respirei fundo e segui Lauren, encarei uma câmera por alguns segundos, se eles estivessem me vendo do outro lado, sabiam que eu não estava feliz com a notícia.

Seguimos por um corredor com paredes laranjas, fiquei com pena da pessoa que tinha um gosto tão ruim assim, sempre olhava para trás para confirmar que ninguém tinha nos seguido, eu tinha a sensação de estar sendo observada por algo além das câmeras.

Lauren parou enfrente a uma porta que eu acreditei que dava acesso ao quarto de Josh, ela abriu com alguma coisa que não pude ver, entramos e fechamos a porta. O quarto parecia um velório, preto cinza, a cama perfeitamente arrumada, nenhum objeto fora do lugar, nada aberto, nada.

- Você procura as pastas no closet e no banheiro, eu fico com o quarto – Lauren apontou para o banheiro.

Fui para o banheiro, também estava extremamente organizado, com as toalhas dobradas perfeitamente e alinhadas, a pia sem uma gota de água e o sabonete sem resquício de uso.

- Tem certeza que estamos no quarto certo? Estou me sentindo em um hotel! – disse para Lauren.

- Josh tem transtorno obsessivo com organização, exige que tudo esteja em perfeita ordem ou ele pira – sua cabeça apareceu na porta – Por isso não bagunce nada, não queremos deixar provas de que viemos aqui, não é?

Assenti, abri os armários do banheiro e a única coisa que encontrei foram toalhas e sabonetes, apalpei as toalhas e não senti nada, revirei o lugar e só achei produtos de higiene.

Segui para o closet, as camisas estavam organizada por cores, era tamanha perfeição que chegava a me dar aflição, abri as gavetas, procurei por alguma coisa, nada. Empurrei as camisas e procurei por algo atrás delas, não vi nada, subi em um banco para ver o maleiro, não achei nada, mas uma coisa me chamou a atenção, as placas de madeira eram de cores diferentes e as linhas não seguiam juntas, afastei todas as camisas e reparei em uma com formato retangular, tentei tirá-la, porém não tive sucesso. Pressionei a placa e ela caiu em minhas mãos, mostrando várias pastas empilhadas, peguei todas e voltei a colocar a placa, coloquei as camisas no lugar do jeito mais organizado possível.

- Lauren! Achei!

Equilibrei as pastas nos braços e fui até o quarto, entretanto uma coisa me fez parar, em um vaso de flor branco, havia alguma coisa preta embaixo das flores, me aproximei e percebi que era uma câmera.

Minhas mãos gelaram, aquela câmera com certeza não fazia parte do sistema que Cameron estava comandando, ninguém deveria saber da existência dela.

- Lauren!

Cheguei ao quarto, ela também estava com os olhos arregalados e assustada, parecia ter visto um fantasma. Ela olhava para um ponto fixo, vi uma câmera em outro vaso, só que essa fazia um "bip".

- Não me diga que é uma bomba.

- Não – respirou fundo antes de falar – Quando o tempo acabar será liberado um gás tóxico.

- Vai nos matar?

- Não sei, quando você gritou eu ouvi a voz do robô dizendo que em dez minutos o gás seria liberado.

- A porta?

- Trancada.

- Cameron?

- Ninguém responde.

Respirei fundo, sentindo o suor escorrer por minha testa e minhas mãos apertarem as pastas com mais força, Josh era esperto demais, Taylor estava certo.

Restava sofrer as consequências.

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Leeh aqui, bom dia pra todoooooo mundo.

Então, o que vocês acham que vai acontecer?

Eu posso matar todo mundo se quiser, kirids.

Mentira, vocês me matariam e eu não sou tão má assim.

Xoxo,

leeh.

Mr.DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora