Capítulo 35

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Depois de tomar café, troquei de roupa e fui para sala, não encontrei Cameron em lugar algum, fui até a sala de treinamento e ele estava lá, socando um saco de areia suspenso no ar.

- Veio para cá e não me chamou?

- Mas você veio – anuí – Vamos lá – fez um sinal para acompanhá-lo.

O segui até o lugar em que as armas ficavam, me entregou um revolver Tauros 38 depois de colocar as balas no cilindro, apontou para os bonecos desenhados que simulavam um corpo, fui até lá com Cam atrás de mim, me posicionei e ergui o braço, pronta para atirar.

- Uou, calminha aí – se colocou atrás de mim – Pés abertos na altura dos ombros – bufei e abri os pés – Braços e pulsos retos – estiquei os braços - Scarlett, as duas mãos, não queira dar uma de sabe-tudo - segurei a arma com as duas mãos – Vou te segurar, tente manter os braços retos mesmo com o solavanco – colocou as mãos em minha cintura.

Mirei no peito do corpo desenhado, destravei a arma e atirei, o barulho era ensurdecedor, mantive meu corpo reto para que não fosse para trás, mas mesmo assim as mãos de Cameron me apertaram.

- Acho que já consigo atirar sem a sua ajuda.

- Tem certeza? – ele me puxou contra ele, colando nossos corpos, respirei fundo, me concentrando em resistir.

- Sim – avancei, tirando meu corpo de suas mãos.

Ele percebeu minha intenção.

- Tudo bem, vou apenas olhar – se afastou de braços cruzados.

Posicionei-me novamente , mirei a cabeça do corpo e atirei, segurei o corpo, na segunda vez mirei o peito, mas no momento em que fui atirar senti alguma coisa andando pela minha perna, o que me fez perder a contaria e acertar no chão.

- Consegue atirar sem a minha ajuda, hum?

 - Eu senti alguma porra subindo na minha perna, dê um desconto.

- Se concentre.

Fiquei mais algum tempo treinando, depois Cameron tirou a arma da minha mão e me chamou para um luta. Lutamos durante, pelo o que acredito ser , uma hora.

- Chega, eu não aguento mais – me joguei no chão, sentindo a superfície gelada refrescar minha pele.

- Já cansou?

- Algum problema, Senhor Incansável? – ele deu de ombros, abrindo um sorriso divertido.

As lutas sempre relaxavam, apesar de terminar toda roxa e dolorida. Me levantei, o suor escorria por todo meu corpo, tirei a blusa molhada e fiquei apenas de sutiã, vi os olhar de Cameron me seguir.

- Perdeu alguma coisa?

- Vai me ajudar a procurar? – sorriu malicioso.

Apenas revirei os olhos e saí da sala, indo direto para o quarto tomar um banho. Depois de estar devidamente limpa, desci até a cozinha para, finalmente, almoçar. Senti cheiro de peixe, logo que olhei para a mesa vi um assado.

Cameron ainda não tinha descido, me perguntei de onde as comidas vinham. Ouvi um celular tocando, era o de Cam, estava em cima do balcão. Atendi.

- Alô?

- Scarllet? Que surpresa! – ouvi a voz de Taylor do outro lado – Conseguiu achar o emprego dos sonhos? Tem uma vida descente agora? – ele estava tirando sarro de mim.

- Garanto que estou melhor do que muitas vadias aí.

- Isso é verdade, eu não nego, mas eu também sei de outra verdade – acrescentou – Que você está enroscada em um plano que, na minha opinião, não tem fundamento algum – respirei fundo, me controlando pelo o que viria, eu sabia que ele não calaria a boca, mas pelo menos jogaria algumas verdades na minha cara, eu precisava disso, talvez para acordar de vez – Vocês acham mesmo que tema mínima chance de destruir Josh, você mesma sabe o que ele foi capaz de fazer, se ele quisesse te matar teria feito isso a muito tempo, mas ele teve consideração por você, mesmo que seja mínima, ele matou seus pais, qual seria o problema de fazer o mesmo com você? Cameron é apenas um moleque que se acha superior ao pai, o quão difícil seria alguém entrar nessa ilha e matar vocês?

Não seria nem um pouco difícil, não mesmo.

- Se você tiver um pouco de inteligência, vai tomar consciência de tudo e dar um jeito na sua vida de merda, deixando tudo no passado e seguindo com a vida, agradecendo por estar viva, quanto a você e Cameron, ambos estão se usando, mas e depois disso? Para onde você vai, Scarlett?

Talvez para o inferno.

- Tenha uma boa tarde, gata.

Pov. Taylor Caniff.

Finalizei a ligação e entreguei o celular para Josh, provavelmente seria destruído em minutos.

- Está feito – falei – Espero que cumpra o acordo.

- Tem minha palavra – apertei sua mão em um sinal de acordo.

Era só aguardar.

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Então, oi.

É a Leeh de novo, com um capítulo bem maior, desculpinhas pelo anterior.

A Let está sem computador, então aqui estou eu.

As minhas provas vão começar quinta feira para mim, então não sei se vou conseguir escrever nos dias certos.

Até o próximo.

Xoxo,

Leeh.






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