Capítulo 7

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Acordo assustada com a luz solar a entrar pela entrada do meu quarto, o Henrique dormia ao meu lado como um anjinho, espera o quê? 

Apalpo terreno, mas não sinto o meu telemóvel, olho por cima do corpo dele e vejo o meu telemóvel por cima da cômoda, merda!

Vejo o relógio dele brilhar, vejo por fim às horas, 05:30, respiro fundo, sorri ao perceber que o sol estava quase a nascer, beijo os braços dele, e começo a subir, ele mexeu-se, mas não abriu os olhos, beijo as bochechas dele, e depois sinto o braço esquerdo dele cobrir parte do meu corpo. Continuei a trilha de beijos e paro quase a beija-lo. 

- Podes continuar estava a gostar! - disse quase que num sussurro.

- O Sol está quase a nascer. - digo ainda meio debruçada por cima dele.

- Mostrei-te o pôr do sol e tu mostras-me o nascer do mesmo? - Afirmo, ele lá com muito esforço levanta-se e eu levo-o até a minha janela. Abro mais persianas e deixo a luz da manhã entrar pelo quarto adentro. 

- De facto é bonito. - Sorri ao ele pensar que iriamos ver dali. - Salto a janela, e ele assustou-se. - Grande maluca. - Ele disse ao ver-me sentada no telhado. - Olha que eu não quero cair. - disse e eu sorri.

- Venho sempre para aqui, anda e para de ser medroso. - Dali dava para ver o Rio e o nascer lindo do sol. Ele lá saltou a janela, e ficamos ali a ver o sol nascer, ele abraçou-me por cima dos meus ombros e puxou-me para perto dele. 

- Estás nervosa para disserem se o Pedro está mesmo vivo?

- Se ele se chamar outra coisa? Tenho medo dele ser já me conhecido, iria ficar estranho. - digo.

- Se calhar não. - disse. 

- Já tinha enterrado isto, mas parece que voltou com mais força de quando começou. - digo com uma mão ao peito. 

- Bem, agora vai correr bem. - disse.

- Porquê? - Pergunto.

- Porque estou ao teu lado, como teu amigo. - disse.

- Amigo? - Digo a perguntar.

- Somos amigos? Não? - Afirmo. - Apesar de gostar mais de ti do que isso. - Sorri e ele virou a minha cara para ele. - Vou dizer uma coisa, mas não quero que fiques chateada, está bem? - Afirmo. - Eu não posso pedir-te em namoro agora, não porque não sinta que é o momento certo, não posso pedir-te porque a Hannah Montana tem algumas coisas que precisam de ser resolvidas, primeiro. - Como é suposto levar o Henrique a sério? Controlei-me para não rir. - Aqui eu a dizer uma coisa séria e tu a rires por dentro. - Olho para ele.

- Como sabes disso?

- Porque conheço a (S/N). - disse apenas. - Eu sei que ela está a rir-se por dentro. 

- Estava a rir-me pela maneira como disseste, não me estava a rir de ti, madeirense. - digo e ele sorriu apenas. - Vou ver o meu irmão. - digo a passar por detrás dele e a entrar no quarto, ele seguiu atrás de mim, mas desequilibrou-se e embateu em mim. - Tens que ter cuidado! - disse ele vira-se para mim, e abraçou-me. 

- Tenho que ir embora, não quero que o teu irmão acorde e me encontre aqui no teu quarto. - disse e eu abraço-o com força. 

- Tudo bem! - digo.

- Mas o convite fica feito. - disse a agarrar nas suas coisas. 

- Que convite? - Pergunto esquecida.

- De ires a minha casa! - disse e eu olho para ele.

- Ainda queres que vá a tua casa? - Pergunto.

- Quero sim, porque haveria de não o querer? - Pergunto.

Amor Desleixado | Henrique AraújoOnde histórias criam vida. Descubra agora