Capítulo 12

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Acordo no dia seguinte, primeiro que o Henrique, sorri ao vê-lo perfeitamente adormecido, fico alguns minutos a observa-lo, ainda por vezes penso que aquilo era um sonho e a qualquer momento iria acordar, mas se fosse mesmo um sonho, não queria acordar nunca. 

O meu telemóvel vibra em cima da mesa de cabeceira, agarro nele e vejo o número da minha mãe brilhar na tela, só poderia ser o Simão, levanto-me com cuidado e ele nem se mexeu, visto um casaco dele e vou até ao exterior da casa, estava um clima agradável, mas preferia fechar o fecho do casaco. 

Chamada On 

Mana? Já acordaste?

- Acordei mano! E tu o que fazes acordado?

Vou treinar, a mãe vai levar-me, o João vai levar-me amanhã, sabias que ele vai ficar na nossa casa? 

- A sério? 

Sim, tenho saudades tuas! 

- Eu também tenho meu baby!

Quando regressas? Já visitas-te alguma coisa? Foste a praia? É bom andar de avião? 

-Credo tanta energia logo de manhã! - Comento o que o fez rir. 

Vais responder, tenho mais perguntas e pouco tempo! - Sorri.

- Voltámos no Domingo, ainda não, ainda não, e sim é ótimo andar de avião. 

A mãe está a mandar beijinhos!

-Manda beijinhos a mãe! 

Ela aceitou, mas disse que eram todos para mim! - Sorri. 

-Bom treino Simão! 

Obrigado mana! 

Posso ligar-te mais tarde? Quero dizer-te como foi o meu dia, e quero saber o teu!

- Claro que podes ligar! Vou adorar ouvir o que tens para me contar!

Eu adoro-te mana. 

- Eu também gosto muito de ti! - digo e ele desliga, ainda ouço a minha mãe a pedir para ele desligar pois já estavam atrasados, sinto dois braços envolverem-me por trás, o perfume do Henrique fez-se sentir. 

- O Simão gosta mesmo de ti! - Comenta ainda sonolento. 

- É, temos uma ligação especial! - digo. 

- Bom dia! - Ele beija-me a testa, e repara no seu casaco, sorri apenas. - Hoje vamos passear, vou poupar-te ao trabalho de aturares mais um dia os meus pais! - Sorri. 

- Não foi mau ontem! - Comento e ele riu-se ainda colado a mim. 

- Vamos para dentro! - Diz e eu sigo-o, entramos no interior da casa, e ele começa a preparar alguma coisa para comermos, ajudo-o e comemos juntos. 

- Os teus pais não estão em casa? - Pergunto a beber o leite. 

- Já devem de estar a trabalhar. - diz, arrumamos tudo depois de comer e depois despachamo-nos para sair, visto um biquini e está roupa. 

Assim que cheguei a sala, ele sorriu ao ver-me

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Assim que cheguei a sala, ele sorriu ao ver-me. 

- Uau! Fiquei mais apaixonado! - diz a avaliar-me pelo olhar, coro, e ele beija-me por fim. Saímos de mãos dadas, e fiquei a conhecer alguns sítios preferidos dele, ali todos os conheciam, e claro que fiquei a conhecer quase a cidade inteira, estava a exagerar, mas a grande maioria poderia dizer que já conhecia. 

Seguimos para a praia depois de comprarmos algumas coisas para comermos numa mercearia ali perto, sento-me na toalha após tirar os calções, ele retira a t-shirt e senta-se ao meu lado, ficamos a contemplar a praia, mas não ficamos a observar por muito tempo, pois ele agarra-me as cavalitas e seguiu a correr para dentro de água, eu ria-me a parva, mas assim que sinto a água gelada bater nas minhas costas, quis mata-lo, ele sabia perfeitamente que a água era fria, e por isso mandou-me para dentro de água sem pensar duas vezes, a praia estava quase vazia, o que para nós era ótimo, por debaixo de água puxo-o e ele acaba por cair, volto a superfície, e ele agarra-me pela cintura, ele beija a minha barriga e subiu até ao meu pescoço. 

Mando-lhe água para a cara e depois foi uma guerra, saímos do mar alguns minutos depois, deito-me na toalha e ele deita-se ao meu lado de barriga para cima, quando ficamos minimamente secos ele regressa ao mar, mas eu fico por ali, vejo-o regressar depois de alguns minutos e claro que ele se sacudiu a minha beira deixando-me com uma cara de poucos amigos, mas tive vingança, porque mando-lhe areia para o corpo, mas ele era vingativo, por isso agarrou na minha pessoa, e mandou-me para água, ficámos por ali por algumas horas, e a hora de almoço, almoçamos num restaurante a escolha dele, a refeição foi perfeita e claro que a companhia não podia ter sido melhor, no regresso para casa ele encontra-se com alguns amigos que eram bastante simpáticos, por vezes ficava a olhar para eles, devido ao sotaque, estava habituada, mas eles a falarem entre si era diferente, quando nos afastamos deles, eu pergunto ao Henrique qual era o tema da conversa, e ele riu-se.

- Não percebeste nada? 

- Percebi algumas coisas. - Ele riu-se.

- Falamos a mesma língua! 

- Aquilo ali era outra língua! - digo e ele riu-se ainda mais, estava a meter-me com ele, achava o sotaque da Madeira lindo, e bastante prazeroso de se ouvir, mas não era mentira, não percebi grande parte da conversa. - Uma língua sexy, mas outra língua! - Ele beija-me e agarra-me pela cintura. 

- Se não tivéssemos no meio da rua, eu dizia-te umas coisas. - disse ao meu ouvido o que me fez arrepiar. - Eles convidaram-nos para um festa temática aqui da zona, disse se quisesses ir íamos lá ter. - disse a agarrar-me pela mão. 

- Podemos ir! - digo. - Quero conhecer os teus amigos. - digo

- Espero que não os conheças bem, e que me troques por eles. - Sorri e paro-o.

- Entre mil iria escolher-te sempre, mas não digas isto ao Simão!

- Assim fico com ciúmes! - Disse. - Mas com ele eu divido! - Sorri ao lembrar-me que o Simão disse a mesma coisa. 

Voltámos para casa e depois do jantar seguimos para a tal festa, quando lá chegámos, era uma festa normal, só que algumas pessoas estavam mascaradas, diverti-me bastante até aquela parva aparecer. 



Amor Desleixado | Henrique AraújoOnde histórias criam vida. Descubra agora