Capítulo 10

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Acordo com o Simão por cima de mim. 

- Tens que parar de me acordar assim. - digo a abraça-lo.

- Deveria, mas iria perder a graça. - disse e eu beijo a testa dele.  - Cheiras ao Henrique. - disse a cheirar-me. 

- Provavelmente. - digo, e ele negou a sorrir. 

- Depois diz que não gosta dele. Vês João. Adolescentes. - disse e vejo o Neves na entrada do meu quarto. 

- Podes entrar. - digo e ele entra e senta-se na minha cama. 

- Ele acordou-me também, e olha que nem não está perto da minha hora de acordar. - disse sonolento. 

- O Simão tem alguma coisa contra uma manhã calma. - disse e ele concordou comigo, voltei a deitar-me, o Simão fez o mesmo convidando o Neves a fazer o mesmo, voltamos a dormir todos ali na minha cama. 

Acordo com o despertador do Neves, o Simão não se mexe. 

- Desculpa. - disse e eu sorri. 

 - Não faz mal. - digo a sussurrar. 

- Tenho que ir. - disse. Afirmo, ele voltou ao meu quarto depois de uma hora já vestido.  - Deixei a roupa do ... teu.. nosso pais em cima da cama, vou ver se traga algumas coisas minhas. - disse e eu sorri. 

- Está bem! - digo. 

- Sempre pedi uma irmã, e Deus deu-me. - disse e eu sorri, abraço-o o Neves. 

- Também gosto de ti. Já gostava antes de te conhecer. - digo.  - Mas a tua irmã aqui, vai tirar férias. 

- Vais passear? - Afirmo.  - vais para onde? 

- Passear. - digo e ele sorriu a negar. 

- Para a Madeira? - Encolho os ombros a rir e ele sorriu. - Vi-te a chegar ontem. - disse. - Ele perdeu a timidez?

- Posso dizer que sim, mas não sei se ele quer dizer alguma coisa ainda, por isso não digas a ninguém. - digo. 

- O teu segredo está muito bem guardado. - disse. 

- Acredito. - disse. 

- Assim ofendes-me! - disse e eu neguei. 

- Boas aulas.  - digo e ele sorriu a acenar-me, voltei a dormir, mas acordo para despachar o meu irmão, podia não ir trabalhar, mas tinha que o despachar, deixei-o na escola e depois volto para casa, encontro a minha mãe. 

- Podemos conversar? - pergunto.

- Claro querida, diz? - fala enquanto servia uma chávena de café.

- Antes de mais, queria dizer que eu e o Henrique estamos juntos, mas não quero que ninguém saiba ainda. - Ela sorriu e beijou a minha testa. - E, bem, ele convidou-me para ir a MADEIRA com ele. - digo e ela sorriu tramada. 

- Por mim podes ir, nunca te vi a sair de casa a não ser sais com o teu irmão ou para o trabalho. 

- Como fica o Simão? 

- Não te preocupes com isso, cá nos resolvemos, mas tem cuidado em. - disse.

- Sim mãe, eu sei. - digo e ela sorriu travessa. 

- A minha filha tem um namorado, graças a deus. - disse a beijar as minhas bochechas, eu sorri a negar. Vejo-a abalar de casa. 

Quando volto para o meu quarto, olho para o telemóvel e vejo uma mensagem de "Bom dia", sorri ao ver de quem era. 

"Bom dia amor da minha vida" 

"Oláa, baby, tenho novidades" 

"Quais seriam?"

Amor Desleixado | Henrique AraújoOnde histórias criam vida. Descubra agora