— Olha. Eu sei que não foi legal da minha parte, tira você da sua vida para trazer para mim, mas eu quero que entenda que agora que você sabe que eu sou da máfia sua segurança é tudo que eu quero agora. — seu olhar demonstrava preocupação.
Eu fiquei calada sem saber o que falar, por que eu queria falar tanta coisa mas não seria bom falar agora. Pensei em suas palavras. Ele viu que eu não ia falar nada e isso pareceu lhe incomoda.
— Emma. Eu trouxe você para minha vida por que... — ele tentou pegar a minha mão mas a afastei antes. — Eu gosto de você. E quero você comigo.
— Como você pode gostar de uma pessoa que só viu uma vez? Você não sabe nada sobre mim. — soltei em cima dele.
— Sim. Eu sei bastante coisa sobre você Emma. Sei o nome dos seus pais, o nome do cachorro que você teve, sei em qual escola terminou o colégio, o nome das pessoas que trabalhavam com você naquela loja. — arregalei o olho, ninguém sabia que eu tive cachorro, ele só ficou comigo por 3 meses até darem veneno para ele. — Não pense que não sei nada sobre você Emma. Eu não traria você aqui se não soubesse quem você é de verdade.
Tá. Agora eu fiquei surpresa.
— Como você sabe isso? — Tá. Sei que não era exatamente o que eu deveria falar mas... Eu não consegui pensar em nada.
Ele abriu um sorriso gentio.
— Emma... como um mafioso vai saber sobre as pessoas que deve matar se não ir atrás e pesquisar? Se não souber sobre os seus podres? — isso fez meu corpo arrepiar... "matar"... ele falou "matar", lembrei do sonho que tive a algumas horas.
Fiquei assustada.
— V-você... vai me matar? — eu estava assustada e isso era ridículo, eu sempre fui corajosa e não tinha medo de muita coisa.
Mas dês que eu cheguei aqui passei a ter medo de muita coisa, e a pior delas era de morrer. Isso eu não queria. Eu ainda tinha muita vida pela frente, eu ainda queria fazer faculdade e ter minha liberdade como eu sempre quis.
— Não Emma. Não vou matar você. — ele tava rindo da minha cara assustada. — Não mataria você Emma. Não conseguiria. — ele ficou me olhando por um tempo e esse tempo começou a me deixar envergonhada, então baixei a cabeça e não consegui terminar de comer.
Não demorou para que Myth entrasse na sala de jantar com o pudim. Realmente estava com cara de estar ótima, comecei a salivar.
Myth deixou o pudim em cima da mesa e começou a tirar o restante da mesa. Cortei meu pedaço e coloquei no prato junto com a calda. Delícia. Dei a primeira colherada e coloquei na boca.
Hmmm de aprovação escapo de mim. Tava uma delícia. Myth sorrio com o meu gesto e Carter deixou escapar um sorriso bobo.
— Tá perfeito esse pudim Myth. Realmente uma delícia. — eu olhei de relance e pude ver que em apenas uma colherada, ele já tinha comido metade do seu pudim.
Olhei de novo para o meu prato que estava com o pedaço de pudim, e em comparação com o dele eu tinha comido apenas a ponta do pudim.
Myth percebeu o meu olhar e falou com o sorriso no rosto.
— É assim mesmo Emma. Um pudim desse não dura nem 10 minutos na frente do Carter. — pelo comentário da Myth, Carter percebeu que eu olhava para seu prato e para o meu.
— Não dá para parar de comer os doces que Myth faz. — Carter riu para mim e eu olhei novamente para seu prato.
— Tô vendo que se eu não reservar meu segundo pedaço, vou ficar sem. — falei já pegando a espátula e cortando meu pedaço.
Não queria dizer que eu também era uma formiga para doces, mas não queria que ele achasse que eu estava querendo me aproximar dele dessa maneira, por que não era.
Não queria me aproximar dele nem se minha vida dependesse disso, eu ia rejeitá-lo até ele não me querer mais.
Depois que eu peguei o meu pedaço, Carter já tinha terminado o dele e ia pegar outro, eu gostava de sentir o sabor e aproveitar a doçura, quando eu tava na metade do meu segundo pedaço Carter já estava no seu quinto pedaço.
Myth já tinha saído com a pratos e voltado para pegar os outros, quando olhou para o pudim, ele estava na metade. Ela olhou para mim e eu olhei para ela e só com o meu olhar ela entendeu que eu mal tinha comido.
— Está bom Carter. — ela falou tirando o pudim da mesa quando percebeu que ele ia pegar outro pedaço. — Deixa pudim para amanhã.
— Para que deixar para amanhã? Você é cozinheira, e pode muito bem fazer outra coisa para sobremesa amanhã. É para isso que você é paga. — não gostei da forma como ele falou aquilo. Mesmo que Myth fosse a cozinheira e esse era o trabalho dela, ele não devia falar dessa maneira.
— Carter! — ele olhou para mim e viu que eu não estava com o semblante bom. — Não importa se ela é cozinheira ou não, e não me importo se você manda nessa casa ou não. Mesmo que eu não goste daqui, não vou aceitar que você fale assim com ela. — Carter ficou me olhando e viu que estava falando sério.
Olhei para Myth que estava à minha frente com o prato de pudim, pelo seu rosto pude ver uma certa tristeza misturada com confusão.
— Mesmo que você queira comer, tem que aprender a se controlar com os doce. — falei voltando a olhá-lo. — Saiba que existe o dia de amanhã. E até onde eu sei, só tem nós dois que fica nessa casa, e a Myth que você mesmo disse que ela É parte da família. — olhei para Myth que não sabia nem o que fazer.
Carter não tinha falado nada, apenas me olhava, fiz sinal para que Myth levasse o prato de volta para a cozinha ela exitou por um instante depois seguiu seu caminho, Carter continuou calado por um momento até quebrar o silêncio.
— Esqueceu que é eu que mando aqui? — notei que não tinha raiva na voz, era algo que eu não sabia explicar.
— E você esqueceu que eu disse que não me importo? — ele me olhou de uma forma que fez meu corpo arrepiar, mas eu não deixei mostrar isso.
Nunca gostei de pessoas que usam seus cargos para se mostrar superior, ou até mesmo pisar nas pessoas por causa disso. Sei que Myth era a cozinheira, mas ela não precisava ficar fazendo as mesmas coisas sempre.
Sei que isso levaria tempo ainda mais por causa dela ter que ir ao mercado, ela teria que comprar os ingredientes para o pudim de novo e não deixaria ela fazer tudo de novo, por mais que esse fosse o trabalho dela.
Como eu morava sozinha, aprendi ainda com os meus pais que temos que pensar no dia de amanhã, mesmo que ele não pertença a nós.
— Não tire minha autoridade Emma. — ele falou sério.
— Não use ela para mostrar o lugar das pessoas. — respondi no mesmo tom. — Quando quiser mostrar sua "autoridade", que não seja ao meu lado. Por que isso eu não aceito. — falei e me levantei para sair da sala de jantar.
Saí e fui para a cozinha ver Myth, tinha que falar com ela antes de subir para o quarto.
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Me Apaixonei Por um Mafioso
RomansaEmma é uma jovem de 25 anos que lutou para ter a liberdade dos pais, até que essa liberdade lhe foi tirada por Carter Fischer, um mafioso de 30 anos que à viu uma vez e se apaixonou. Agora na casa dele e vivendo com ele, ela receberá revelações e pa...