Capítulo 5°

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Quando cheguei no quarto, fiquei parada atrás da porta chorando, me encostei na porta e deslizei até o chão, sentando com as pernas junto do peito.

Nunca me senti dessa forma, eu tava mal, acho que tudo o que ocorreu nos últimos dias que estavam guardados resolveram sair, eu chorei até não aguentar e começar a sentir uma pontada na cabeça.

Era minha velha amiga que eu não via há uns meses, a dor de cabeça. Quando eu morava com os meus pais ela aparecia com frequência, eu já estava até acostumada com ela até que eu me mudei e ela não voltou mais. Mentira ela apareceu umas vezes mas nada que por algumas horas.

Quando eu a senti, me levantei e fui ao banheiro lavar o rosto, aproveitei e escovei os dentes, depois tomei apenas o remédio para insônia e me deitei, sabia que quando eu acordasse ela não estaria mais lá.

Quando me deitei acho que eu estava tão cansada, que eu nem percebi quando peguei no sono.

****

CARTER

Não fiquei bravo por Emma ter falado comigo daquela forma, fiquei impressionado pela forma que ela protegeu Myth, algumas vezes eu acabava passando dos limites.

Sei que acabei passando dos limites ao falar com Myth, mas não queria magoá-lá, e pude ver no seu rosto que ficou.

Depois que Emma saiu da mesa eu fiquei pensando, ninguém ou melhor nenhuma mulher tinha falado comigo dessa forma, as que eu me envolvia sempre foram caladas quando o assunto era algo sobre minha vida pessoal.

Nunca se meteram ou falaram nada.

Sai da mesa depois de uns minutos, e fui falar com Myth, pedir desculpa pela forma como falei com ela. Quando cheguei na cozinha ela tava de costas, olhei a cozinha antes de chamá-lá, Emma não estava ali.

— Myth! — ela se virou para mim.

— Carter! Precisa de algo? — cheguei um pouco mais perto para falar com ela.

— Desculpa ter falado daquela forma. — Myth me olhou e inclinou a cabeça um pouco para o lado. — Não queria ter falado daquele jeito.

— Tudo bem Carter. Sei que foi só sua vontade de acabar com o pudim falando. — Myth me conhecia muito bem, ela sabia que não tinha sido por mal.

— Mesmo assim. Não deveria ter falado assim. — ela veio mais perto de mim e ficou me olhando.

— Estou acostumada com o seu jeito Carter. Você é quase meu filho. Meu próprio filho. — eu gostava da Myth, ela era como uma mãe para mim, sempre cuidando e me ajudando.

— Também tenho você como uma mãe Myth. — eu a abracei, Myth era poucos centímetros mais alta que Emma.

Ela me abraçou de volta, antes de se afastar.

— Mas você tem que aprender a se controlar. — ela tocou meu braço com um leve tapa que não doeu. — Se eu não tirasse o pudim da mesa, você tinha comido tudo e Emma não comeria nada. — eu a olhei e entendi o que ela estava dizendo.

— Emma come muito devagar, Myth.

— Ela saboreia Carter. Ela gosta de sentir o sabor a textura dos doces, ela não é devagar para comer só gosta de ficar saboreando a sobremesa. Diferente de você que nem mastiga engole de uma vez.

— Myth! — coloquei a mão sobre o peito como se eu tivesse ofendido com a fala dela.

— Estou mentindo? — ela colocou as mãos na cintura e eu ri.

— Não.

— Então. Agora que vocês vão ser noivos, tem que passar a pensar nela, não só em você, me entende?

Me Apaixonei Por um Mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora