Capítulo 7°

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CARTER

Myth tinha feito 8 bolinhos de abóbora que era para dividir quatro pra cada, mas eu comi apenas dois, Scott comeu os meus e os dele em menos de 10 minutos.

— Sabe que Myth não vai fazer mais por que eu não deixa, você sabe disso?

— Sei. — ele limpou a boca suja com o guardanapo. — Mas não tem como vir aqui e não comer esses bolinhos. — Scott limpa as mãos e pega o copo de água para tomar.

Ele já tinha pedido para a Kristen fazer, mas ele falou que não ficou igual ao dela. Kristen é sua esposa, Scott a tratava como uma rainha e eu achava o jeito que ele a tratava lindo outros achavam exagerado.

Quando eles se conheceram, Scott e eu estávamos em trabalho, tínhamos que resolver algumas coisas sobre as cargas que tinham cidas roubadas.

Ela estava bem aonde poderia estar a carga, quando Scott a viu se apaixonou na hora achei até engraçado, mas isso aconteceu comigo e pude sentir a mesma coisa que ele sentiu ao vê-la.

Tok, Tok 

Batidas na porta me fizeram voltar a realidade, Scott tinha me olhado por que se fosse Myth tinha entrado sem bater.

— Entre! — falei já que a pessoa tinha parado de bater, a porta foi aberta e pude ver quem era. — Emma. — Scott a olhou e viu como ele ficou surpreso.

— Myth disse que queria falar comigo. — Emma usava um conjunto de moletom azul, com uma pantufa e meias. 

Mesmo que estivesse sol lá fora, minha casa era gelada, e como ela tinha saído para correr seu corpo estava quente para um ambiente gelado, Scott estava surpreso por esse frio que ela sentia.

— Sim. — me levantei e fui até ela. — Eu queria falar com você sobre ontem a noite. — quando cheguei perto dela a diferença de altura era clara, eu tinha 1,90 de altura e ela 1,55 então a diferença gritava. Olhei seus lábios e pude ver, que mesmo com um hidratante labial rosa, ainda se notava o corte. — Ele te fez isso? — toquei seu lábio com o polegar e ela afastou minha mão.

— Isso dói, sabia? — mesmo com raiva ela era linda. — E não encosta em mim. — ela batia exatamente no meu peito, era até engraçado ver ela brava, ela cruzou os braços ao ver que eu sorria. — Tira esse sorriso do rosto.

— Com você desse jeito não dá. — ela revirou os olhos quando falei, como ela era linda.

— Me chamou aqui pra quê exatamente Carter?

— Como eu tinha dito, para saber o que aconteceu ontem. Quando encontrei você se levantando do chão, e Spack reclamando de dor. — pude ver que ficou incomodada com a pergunta, mas ela sabia disfarçar.

— Ele me agarrou. — ela falou firme mas... senti que ela não queria falar sobre isso.

— Te agarrou? — Scott se virou por completo para olhar a gente.

Emma pareceu não gostar da presença dele, ela engoliu em seco. Seu modo de disfarçar era bom, mas eu podia ver seu incômodo.

— Emma, esse é o Scott, meu amigo e... Don da máfia. — Emma ficou surpresa mas não falou nada.

— Não vou te morder se é isso que pensa? — Scott e seu sorriso.

Emma ficou olhando não sei se era medo ou susto que estava em seus olhos, toquei seu braço para que ela pudesse sair desse transe.

— Emma... — ela se assustou com o meu toque e se afastou um pouco. — Olha só quero saber o que Spack fez? Scott só vai ouvir. — ela baixou a cabeça e passou a mão na testa e pude ver que respirava fundo.

— Ele... ele estava parado no corredor e eu esbarrei nele. — ela fez uma pausa e continuou. — Eu pedi desculpa e ele queria me tocar, não deixe e sai mas ele me agarrou... —  olhei Scott e ele entendeu o que o meu olhar significava.

— Emma. — Scott a chamou. — Quando Spack te agarrou, ele fez algo a mais? — ela demorou para responder. — Só quero saber se ele tocou você?

— Ele beijou meu pescoço e passou a mão no meu braço. — fechei a mão de raiva ele era um homem morto. 

— Como isso... — ele apontou para a boca dela. — Aconteceu?

— Ele tinha me tirado do chão e eu me debatia em seus braços, não sei como mais aceitei a coxa dele ai ele me solto, eu caí no chão batendo a boca.

— Eu ainda mato ele.

— Não vai matar ninguém. — Scott falou um pouco alto e se afastou mais ainda. 

Ele me olhou e quase não aparecendo ele fez sinal apontando para Emma, ela tava me olhando assustada, tentei me acalmar para não fazer ela sair correndo.

Scott se levantou e com calma chegou perto dela, não sei por que ela estava tão assustada.

— Eu resolvo isso depois Emma. Mas agora eu queria saber mais sobre você? Poucas coisas.

Emma foi se acalmando aos poucos,  Scott fez algumas perguntas sobre os pais dela e sobre a vida dela, ela contou como que a trouxe para cá e Scott me olhou de uma forma que eu sabia que levaria sermão depois, mas sei que vai valer a pena.

Ficamos ali por um tempo até ela sair, e deixar eu e Scott sozinhos no escritório.

— Que foi?

— Tinha que trazer ela assim?

— Eu não mandei que a ameaça—se.

— E não falo com seus homens?

— Falei para trazer ela para cá em segurança, e pegar o que ela precisasse. — o que era verdade, eu não tinha mandado ameaçarem ela e muito menos dizer que ia dopá-lá.

— Acho que vai ter que falar com seus homens, porque ela pode ser sua "noiva", mas ela também é minha cunhada e quero o bem dela. — olhei pra ele com cara de poucos amigos.

— Sou casado e não vou tomar sua noiva Carter. — levantei uma sobrancelha e ele bufou. — Não sou assim Carter e você sabe muito bem disso.

— Mesmo assim...

— Ela se parece muito com a Kristen, e até de mais.

— Ela se parece muito com a Kristen, e até de mais

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KRISTEN

— Sim, elas se parecem, mas não quero você falando da Emma dessa forma.

— Carter...  — Scott passou as mãos no rosto. — Olha Emma é uma garota legal e fico muito feliz por você ter achado uma mulher como ela. Mas não vou ser um cara de pau de dar em cima dela, ela vai ser sua noiva e sua esposa, e eu amo a Kristen, dou minha vida por ela. — ele fico me olhando por alguns segundos antes de voltar a falar. — Entendo o seu ciúme, mas como praticamente irmãos e ela é como minha cunhada agora, o mesmo cuidado e carinho com você quando seus pais morreram, vou ter com ele só que diferente mais distante e sei que você me entende?

Scott tinha me ajudado tanto quando meus pais morreram, ele ajudou a me reerguer e seguir a vida como eles queriam, devia isso a ele.

Sempre fui ciumento, mas não do jeito possessivo. Nunca gostei das pessoas querendo o que eu tinha, ainda mais uma coisa pessoal.

*****

Me Apaixonei Por um Mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora