O príncipe dos verdes e a princesa dos pretos (Aemond Targaryen)

Talvez a ideia seja um pouco menos ridícula

Sentir a respiração fraca de Visenya adormecida contra o próprio peito foi a única coisa que aplacou um pouco a raiva que Aemond sentia, ele já havia avisado o irmão para ficar longe da sobrinha e respeitar sua esposa-irmã na noite do baile, estava certo de que ele tinha entendido o recado, mas quando Visenya entrou em seu quarto aos prantos pelo o que Aegon tentou fazer Aemond quis matá-lo, teria feito se tivesse saído do quarto naquele momento.

Mas Visenya precisava dele, e graças a isso ele pode pensar melhor, Aemond estava ciente que o irmão se deitava com as servas as vezes sem que elas quisessem e sua mãe pagava para as mulheres ficarem quietas, ela sempre o protegeu, uma morte próximo ao casamento e ele com certeza teria a cabeça cortada por traição, ou pior alguém poderia ter visto ele próximo ao quarto de Visenya e acusá-la, matar o primeiro filho homem do rei, o pior era que ninguém além daqueles que conviviam com ele sabem o quão podre ele era.

Aemond moveu o braço com cuidado tirando Visenya de cima de si e a cobriu antes de deixar a cama, alcançou a bolsa que usava para viajar onde havia cordas e uma adaga, os pegou e fechou a porta do quarto antes de seguir.

Visenya não havia percebido que dois dos guardas de confiança do príncipe estavam escondidos na escuridão vendo e escutando tudo até que o Targaryen tivesse fechado a porta do quarto. Não foi preciso que o príncipe desse a ordem, eles já sabiam que ninguém que pudesse ferir sua princesa entraria naqueles aposentos.

Ele marchou pelos corredores até o quarto da sobrinha vendo que a cadeira da penteadeira estava no chão, a adaga que ela deve ter tentado alcançar fora jogada longe e parece que Aegon tinha vomitado no chão antes de ir. Aemond foi até o quarto do irmão e o encontrou deitado, dormindo ou desmaiado ele não sabia dizer.

O príncipe mais novo então se aproveitou de seu estado inconsciente e amarrou os pulsos e as pernas do irmão antes de carregá-lo para fora do quarto e descer as escadarias até um cômodo afastado e pouco utilizado. O quarto não tinha janelas, era úmido e sujo, apenas algumas velhas caixas ocupavam o lugar.

Depois de entrar e fechar a porta Aemond largou o irmão no chão sem o mínimo de cuidado fazendo Aegon acordar gemendo pela dor.

Aemond então levantou a perna lhe dando um chute no estômago que fez o irmão mais velho se contorcer a arfar.

-O que...

O príncipe mais novo então se abaixou e agarragou Aegon pelos cabelos forçando a olhá-lo.

-Você... seu filho da puta, tentou encostar nela. -cuspiu Aemond.

-Ah então a putinha correu pra você, fez bo-

Antes que Aegon pudesse terminar de falar Aemond lhe acertou um soco no rosto fazendo seu lábio começar a sangrar na mesma hora.

-Eu te avisei pra ficar longe dela!

Aegon riu em escárnio enquanto seu irmão sustentava uma expressão de raiva, e o deboche de Aegon só deixou seu irmão mais novo com ainda mais sede de sangue. Aemond soltou os cabelos do mais velho e começou a usar as duas mãos dando uma sequência de socos em Aegon, o primeiro estralo foi o nariz sendo quebrado, o segundo foi provavelmente uma costela mas o caolho não parou arrancando cada vez mais sangue do irmão que não podia se defender por causa das amarras.

Ele só parou quando o irmão começou a chorar e implorar para que ele parasse, Aemond deixou o irmão jogado na poça do próprio sangue sozinho naquele quartinho nojento o trancando ali, sabia que a surra que dera em Aegon não seria o suficiente para ele morrer e em um lugar pouco movimentado do castelo ele não seria ouvido.

Voltou ao próprio quarto e viu a sobrinha ainda adormecida em uma calmaria que desejava que nunca acabasse, desejou que ela nunca sofresse.

Pegou a jarra de água e jogou na bacia que usava para lavar o rosto de manhã e mergulhou as mãos ensanguentadas esfregando os próprios dedos para limpar o sangue seco antes de se deitar novamente.