ainda há um jeito

verso 6

Elisa

Assim que acordo, já era 9:20. Me levanto toda apreçada e corro pra fazer minhas higienes. Visto um vestido florido, no tom amarelado, e desço pra tomar meu café. Assim que entro na cozinha, aquele cheiro de café fresquinho entra pelas minhas narinas logo cedo. Minha mãe estava pondo a mesa.
— Bom dia, mãe.
falo indo em sua direção e dando um abraço.
— Bom dia, filha. Está alegre por causa do encontro com o Victor? Está se sentindo melhor?
Ela fala virando pra mim.
— Eu já falei que não era um encontro. E sim, estou melhor. Não é como se eu fosse ter outro piripaque, mãe. — Eu falo e ela me lança um olha de preocupação.
— Mesmo assim, filha. É preciso perguntar. Sim, o médico ligou e disse que seus exames só só vai sair mês que vem.
— Isso tudo de tempo? Tá bom, mãe. Posso tomar meu café agora?
Ela me olha e sorri em seguida.
— Você gosta do Victor? — Eu não estava esperando por essa pergunta, então me engasgo com café.
— O quê? Por que logo o Victor?
pergunto e ela sorri.
— Não sei,  Ele parece se preocupar muito com você. — Ela afirma e eu por algum motivo estava nervosa.
— Não é nada disso, nos conhecemos a muito pouco tempo. Talvez ele só estava preocupado.
Respondo tentando não dá brechas pra mais perguntas.
— Sei, sei. Ele me aparenta ser um rapaz legal, eu gostei dele.
ela me olha com um olhar de "gostei do seu namoradinho".
— Bom, mãe. Juro pra senhora que o papo  estava interessante, mas tenho que ir.
— Tá bom então, tomate.
ela fala e me olha caindo na gargalhada.
— O que? Tomate?
eu falo sem entender nada.
— Quando mencionei o nome do Victor, você ficou toda vermelhinha. — Assim que ela fala, eu a olho com um olhar penetrante.
— MÃE? Eu não estou vermelha e nem nervosa. Victor é só um amigo. Com licença, tenho que ir.
Eu afirmo.
— Não está mas aqui quem falou.
Ela fala sorrindo e sai da cozinha em seguida. Eu faço o mesmo, pego minha bolsinha e vou ao encontro do Victor.
Por Deus, minha mãe viu. Assim que saiu de casa, dou de cara com o Victor. Ele estava prestes a tocar a campainha.
— Oi, Bom dia.
— Oi, Elisa. Bom dia!
Ele fala sorrindo.
— Vamos?
— Sim. Vamos. — Falo.
— Aonde fica esse lugar magnífico que você disse? Pergunto enquanto andamos pela calçada. Estávamos lado a lado.
— Não é um lugar muito visitado. Poucas pessoas sabem da existência dele.
— Hum. Parece ser interessante.
— Sim, ele é.
Andamos por alguns lugar, até chegar ao local predestinado. Victor tem um semblante sério, e na mesma hora tão doce. Eu não tinha comentado, mas... Ele parace um Deus grego. A simetria de seu rosto se encaixa perfeitamente com os padrões de hoje em dia. Seu cabelo preto escuro, a tonalidade da cor de seus olhos marrom claro, e seu corpo não fica de fora. Não que eu seja uma tarada. Mas, ele parece gostar de malhar. Por mais que ele esteja com uma blusa moletom, da pra ver ainda a estrutura do seu abdômen. Realmente, muito lindo. Eu estava tão distraída, que nem percebi por onde andamos.
— Distraída, Elisa?
Ele me pergunta com um semblante que eu não conseguia distinguir.
— O que? Não, não. Só estava pensando.
Falo tentando não deixar evidências que eu estava observando ele.
— Uhum, chegamos. — Assim que ele fala isso, eu olho detalhadamente tudo em minha volta. Era tudo tão... Magnífico. Como não percebi que estavamos chegando nesse lugar surreal de tão maravilhoso que é. Era como um campo de flores, das demais espécies. E tinha um lago muito cristalizado,  a água era super transparente.
— Uau, que maravilha de lugar. Como esse lugar existe? Se eu nunca o vi antes.— Pergunto admirada com a beleza do local.
—  Imaginei que você gostaria, ele sempre esteve aqui, só que ninguém era pário o suficiente para perceber que existem locais como esse que exalam a paz. — Ele fala e eu fico encantada cadê vez mais.
— Suas palavras me encantam. — Ele me olha com um sorrisinho do lado.
— Olha só ela me elogiando.
ele fala sorrindo, enquanto caminhamos para perto do lago.
— Engraçadinho.— Respondo.
Estávamos sentados, quando do nada deu um piripaque no Victor, e ele decidiu que daria um mergulho.
— É sério? Vai entrar mesmo na água? Assim do nada? — Pergunto e ele lança um sorriso bem largo pra mim. Esse sorriso...