verso 13

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Elisa

— O que está acontecendo aqui? — Victor se aproxima de mim.
— Só estou fazendo amizade com a sua amiga. Não é mesmo, querida? — Ele solta um sorrisinho de lado. Nojento.
— Me deixa em paz!
— Você não percebeu que ela não está gostando desse tipo de "amizade"? — Ele pergunta e passa na minha frente, ficando no meio entre eu e o homem.
— Eu sei que ela gosta. Essa carinha aí não me engana. — Cada palavra que ele proferia me dava mais nojo ainda. Percebo que o Victor já estava sem paciência, pois ele cerra os punhos. — Sai daqui antes que eu te faça engolir os dentes!
— O que você vai fazer? Vai me bater? — Ele sorri sarcasticamente e isso estava deixando o Victor furioso.
— Victor, não precisa se rebaixar ao nível dele. Vamos sair daqui. — Falo segurando o braço dele. Ele atende ao meu pedido e a gente começa a se retirar do lugar.
— Olha, você fica ainda mais linda de costa, hein. — Eu sabia que ele faria algum tipo de comentário, então eu tento agarrar o braço do Victor pra ele não virar, só que além do Victor ser mais alto que eu, ele também é muito forte. O Victor então se vira numa velocidade inexplicável e soca a cara do homem. O homem se desequilibra e cai no chão. Após alguns segundos ele se levanta xingando o Victor. — Você vai se arrepender disso! — Ele parte para cima do Victor, os dois trocam socos e empurrões. Eu tentei até separa-lós, só que são muito fortes.
— Parem! Isso não vai resolver nada! — O Victor desvia de um golpe e dá um uppercut no homem, que cai de joelhos. Então as pessoas que estavam na festa começa a separar os dois. — Isso não acaba aqui! — Grita o homem.
Ele se levanta novamente e tenta agarrar Victor pela camisa, mas o Victor se solta e dá uma joelhada no estômago do homem.
— Para! Por favor! — Grito já assustada.
O homem recua um pouco, mas ainda com raiva. Finalmente ele vai embora, pois Carmem chega com os seguranças e expulsão ele.
— Está tudo bem? Ele não te machucou?
— Não... — As pessoas não paravam de olhar para o Victor. Ele estava com alguns arranhões no rosto e sua boca estava cortada.
— Vamos embora daqui. — Falo. Peço desculpa a Carmem pela confusão e vou embora. Saímos da casa dela e decidimos andar um pouco pela praia.
— Me desculpa.
— Hum? Por que? — Pergunto.
— Você me pediu pra não brigar e eu...— Interrompo ele.
— Tudo bem. Ele merecia mesmo.— Escuto uma gargalhada vindo dele.
— Isso vai ficar roxo. — Paro e analiso o rosto dele.
— Não tem problema.
— Claro que tem. Vamos ali na vendinha comprar gelo.
— Elisa...
— Não. Você vai me obedecer agora. — Seguro na mão dele e vou em direção à venda. Após comprar o gelo a gente retorna para praia e se senta na areia.
— Vira pra mim. — Peço e assim ele faz. Então começo a passar o gelo no rosto dele.
— Obrigada, Victor. — Falo ainda passando o gelo no rosto dele.
— pelo o quê? — Ele me olha.
— Por ter me defendido. Você nem pensou duas vezes quando partiu pra cima dele. — Tiro o gelo do rosto dele.
— Não precisa agradecer, eu fiquei extremamente furioso com ele assediando você. — Ele me olha nos olhos.
— Elisa...
— hum?
— Posso te falar algo? — Eu estava de olhos fechados sentindo a brisa do mar em meu rosto, só que passo a olhar pra ele.
— Claro. — Ele parece pensar um pouco.
— Nada não. Deixa pra lá. — Fico confusa mas não pergunto nada. Passa alguns minutos e decidimos ir embora. Eu acabo perdendo o equilíbrio ao me levantar.
— Ai! — Falo. Victor rapidamente me agarra pela cintura para evitar que eu caia. Ele começa sorri suavemente.
— Obrigada. Essa noite eu só estou te dando trabalho, desculpa. — Falo enquanto tento manter contato visual com ele, pois os nossos corpos estavam muito perto um do outro.
— Não tem problema. Eu meio que estou gostando de te proteger. — Ele me puxa para mais perto, até os nossos corpos ficarem completamente colados.
— Victor... — Meu coração estava muito acelerado. Enquanto os nossos rostos estão próximos, a tensão no ar é palpável. Suas mãos firmes na minha cintura, enquanto eu sentia o calor dele irradiando. Por um momento o mundo ao redor desaparece. A brisa do mar toca suavemente em nossos rostos, trazendo o cheiro salgado da água. Victor inclina a cabeça e, com um movimento suave, seus lábios encontram os meus. O beijo começa delicado, como se estivessem explorando esse novo território entre nós. As nossas bocas se tocam com suavidade, e logo a intensidade cresce.
O beijo se torna mais profundo e apaixonado. Victor me envolve em seus braço. O meu coração dispara com a sensação de estar tão perto dele, como se tudo ao redor estivesse em segundo plano. Então eu respondo ao beijo com fervor, minhas mãos sobem para o cabelo de Victor, puxando-o levemente para mim.
Finalmente, nos afastamos um pouco, ofegantes e com sorrisos nos rostos, sabendo que esse beijo selou algo especial entre eles.

ainda há um jeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora