ainda há um jeito

Verso 10

Elisa

Então fomos. O Victor não quis me dizer para aonde estávamos indo. Ele insistiu que seria uma surpresa. Só que eu estranhei, porque não tinha nenhum restaurante por perto, já que íamos jantar.
— Tem certeza que esse é o local certo? — Pergunto. O local não estava parecendo com um restaurante.
— Tenho sim. — Estávamos perto de um "hotel". Ele parecia antigo. Mas provavelmente tinha gente hospedado ali.
— Vamos. É lá em cima. — Ele aponta para o final do hotel. Que pelo o que parece, tinha uns 7 a 8 andares.
— Pelo menos tem elevador? — Pergunto indignada porque parecia que iríamos subir muitas escadas. Ainda bem que vim de sapato (tênis). Penso.
— Não. Teremos que subir as escadas. Mas o esforço será válido. Você vai se surpreender.
— uhum. — Faço uma careta.
Então começamos a subir. Quando chegou no 3 andar, eu já estava morrendo. Parei para obter ar.
— Já está cansada? — Victor estava a cinco degraus na minha frente.
— Sim. Estou. Eu não me preparei pra isso. — Falo e ele sorri.
— Quer que eu te carregue? Não me incomodaria. — Ele propôs.
— Não. Obrigada. Eu aguento. — Falo quase estando morta, sendo que ainda estávamos no 3 andar. O Victor disse que o hotel tem 8 andares. Ou seja, faltam 5 ANDARES. Paro de procrastinar e sigo o Victor. Subimos mais alguns degraus e faltavam apenas mais 2 andares. Então eu sento para descansar um pouco. Eu não sei o porquê, mas eu estava me cansando com muita facilidade. Victor que estava um pouco na frente, me viu sentada para descansar e bufou. Ele desceu e veio até mim. Quando chegou perto o suficiente, ele se agachou de costa pra mim.
— Sobe. — Ele fala e eu levanto a cabeça.
— Como? — Pergunto sem entender.
— Sobe nas minhas costas. Será mais rápido assim.
— Tem certeza? Eu sou muito pesada. — Afirmo.
— Tenho. Sobe. — Faço o que ele manda. Me apoio na parede e subo nas costas dele. Ele se levanta e começa a subir as escadas. Tento não ficar constrangida com isso. Eu apoio minha cabeça em seu ombro. E sem querer acabo inalando o cheiro do seu perfume, que é extremamente forte e muito cheiroso. Uau. Eu já sabia que ele tinha ombros grandes e largos, mas não sabia que era MUITO grande e MUITO largo. Ele é realmente enorme. Penso. Será que ele pratica algum esporte? Imagino.
— O que foi? Gostou da vista? — Ele pergunta descaradamente.
— Hã? — Posso confessar que estava morta de vergonha. Ele percebeu que eu estava quase babando nas costas dele.
— O que te faz pensar isso? — Tento fugir do assunto.
— Eu senti os seus olhos vidrados nas minhas costas. Além disso, você não tira o seu rosto do meu ombro. Gostou de me cheirar, foi? — Eu vi que ele soltou um sorrisinho disfarçado.
— Que? Eu não. Eu...eu só estava tentando relaxar o meu pescoço.
— uhum. Sei. Chegamos.
— Já? Tão rápido? — Desço das costas dele.
Ele abriu uma porta e demos de cara com um grande terraço. Assim que eu entrei eu não vi nada, porém quando eu virei para o lado, eu vi algo realmente lindo. Tinha várias luzes penduradas em uma corda, elas eram muito brilhante. No centro tinha uma mesa com algumas comidas. No chão várias pétalas vermelhas. Tinha algumas velas para ajudar alumiar no muro e algumas flores. Daqui tínhamos uma bela vista da cidade. Tudo Estava completamente belo, magnífico, esplêndido, espetacular, eu não sei a palavra certa para resumir a beleza que estava esse local.