Verso 11

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Elisa

Uma semana depois.
O dia estava novamente lindo. Eu tive uma noite de sono maravilhosa. Me levantei cedo hoje. Meu pai pediu que eu fosse ajudar ele na confeitaria. Desço as escadas. Já faz uma semana desde o meu encontro incrível com o Victor. Eu e ele mantivemos o contato durante a semana. Só que a confeitaria do meu pai estava lotando direto, então eu tinha que ajudar ele de vez em quando. Sentei,  tomei o meu café da manhã e fui me arrumar. Peguei o meu celular pra ver se tinha mensagens e vi que uma das minhas amigas tinha mandado mensagem. Entro na conversa. "Hey, Elisa. Os meus pais vão viajar hoje, então eu decidir que faria uma festa. Você pode chamar quem quiser."  A mensagem era da carmem. Não seria um má ideia, irei convidar o Victor. Saiu de casa e vou em direção a confeitaria dos meus pais.  Chego lá meu  pai estava na cozinha enquanto o meu primo estava atendendo.
— Bom dia, Ed. — Falo entrando na cozinha para ver o meu pai.
— Bom dia, Elisa.
Ajudei o meu pai a fazer alguns doces e limpei a cozinha.
Algumas horas depois.
—  Iremos fechar de que horas, pai? — Pergunto.
— Hoje vai ser de 5 horas. Tenho que ir comprar algumas coisas para repor na despensa.
— Humm. Sabe dizer a hora que a floricultura fecha? — Pergunto fazendo o recheio dos doces.
— Eu acho que às 5:30. Por que?
— Eu vou passar lá.
— Hum.
Eu quero fazer o convite pessoalmente para o Victor. Terminamos tudo e fechamos a confeitaria. Me despedir do meu pai e fui em direção a floricultura. Assim que eu  chego lá, eu vejo um homem saindo da floricultura, ele parecia está muito bravo. Então eu espero ele entrar na esquina e sigo em direção a porta. Assim que entro o Victor olha pra mim, ele parecia cansado e chatiado.
— Oi. — falo gentilmente.
— Oi. — Ele não parecia alegre em me ver.
— Bom. Eu vi um homem sair daqui, ele parecia bem estressado. O que aconteceu? Ele foi um mal cliente? — Pergunto.
— Não. Ele não era um cliente...era o meu pai.
— Ahh, me desculpa, eu não sabia.
— Tudo bem. Não precisa se desculpar.
— Mas então... se eu não estiver sendo muito inconveniente, vocês brigaram? — Por que eu sou tão curiosa? Tá na cara que ele não quer falar sobre isso. Penso.
— Sim. Brigamos. Ele veio novamente com aquela conversa de que se eu não fizer faculdade, eu me tornaria um zé-ninguém. — Ele  baixa a cabeça.
— Pais sendo pais. — Ele dar um sorrisinho ao ouvir eu falar isso.
— Mas, Eai? O que faz aqui? — Ele me encara.
— Eu vim te fazer um convite. Eu sei que eu poderia apenas ter lhe enviado uma mensagem, mas eu quis vir pessoalmente. — Sorrio.
— Convite? — Ele faz uma cara de dúvida.
— Sim. Uma amiga minha vai fazer uma festa hoje a noite, por acaso você gostaria de ir? E eu não aceito "não" como resposta. — Falo sorrindo.
Ele parecia confuso, na verdade, acho que ele não sabia o que responder.
— Bom...é...eu não queria ter que  recusar o seu convite, mas acho melhor não.
— Como assim "acho melhor não"? — Tento imitar a sua voz. — É sério, você tem cara de ser aquelas pessoas que só sai de casa porque tem que comprar coisas pra sobreviver.  — Falo indignada.
— Sério? Sou tão expressivo assim?
— Sim. Você é. E como eu disse... eu não aceito "não" como resposta. — Ele fica sem acreditar.
— Eu quero você na minha casa às oito.  E Se você se atrasar, eu vou na sua casa e te arrasto com roupa e tudo! Entendeu? — Ele parecia assustado e surpreso com o que eu disse.
— Sim, senhora. Eu entendi direitinho. — Ele fala zoando. Então eu olho seriamente para ele.
— Olha... eu sei que o seu pai está te cobrando sobre o seu futuro, mas você não pode deixar que as ambições dele afete você, ele quer algo totalmente diferente do que você quer, ele quer que você siga os sonhos dele, quando você tem os seus próprios sonhos! Você tem que seguir o seu coração, independente se ele vai gostar ou não. Se ele não te apoiar, eu te apoio. Porque eu sei o quanto isso é importante pra você. — Ele me olha e eu abraço ele. Ele não merece isso!
— Obrigado, Elisa. Obrigado por me entender.
— Bom, agora eu tenho que ir, porém não se esqueça, se você se atrasar....
— Eu prometo! Eu estarei lá. — Ele fala sorrindo.
— Certo. Adeus.
— Adeus.
Voltei para casa. Esperei ansiosamente até as oito.

ainda há um jeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora