capítulo 5

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capítulo 5.

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giovani
ao final do culto, levei laura a minha lanchonete favorita.

"já ouviu aquele ditado que diz que crente não bebe, mas come que é uma beleza?". ela começou a rir.

"eu nunca imaginei que fosse voltar para igreja, estava tão magoada com deus por erros que na verdade eu cometi e que outras pessoas cometeram comigo".

""seria indelicado se perguntasse como era o seu marido?".

"não, não seria". "o daniel era um homem bom, aparentava me amar, não demonstrava nenhum comportamento que sugerisse o que ele estava planejando fazer comigo com dois anos de casados". "nós estávamos planejando uma gravidez, ele queria ser pai e eu sempre tive o sonho de ser mãe, estava tudo bem". "doeu muito, fui até a casa da emily chorando, o divórcio levou um ano para sair e logo depois dele nós viemos para cá para são paulo, eu queria ficar bem longe do daniel".

"e ela quis vir com você sem questionar?". laura sorriu em resposta.

"eu ia vir sozinha, o negócio é que ela falou que com o pouco juízo que eu tinha morreria no primeiro mês".

"errada ela não estava, você não acha?".

"mentiria se dissesse que estava, então preciso aceitar o fato de que sem a emily estaria morta provavelmente em algum tráfico na turquia". comecei a rir.

"mas e você, com essa cara de italiano de livro de mafioso, nunca se casou nem namorou ninguém?".

"italiano de livro de mafioso?". "a, laura!". "meu pai nunca me deixou aproximar de ninguém, fui criado por ele muito isolado e quem me ajudava a dar umas escapulidas durante a adolescência era o andré".

"seu irmão tem cara de que te ajudou a ser bastante sapequinha na adolescência mesmo, é o filho que gosta de infringir regras e fazer o mesmo com você". nós dois rimos. "e você nem gostava disso né?".

"eu?". "imagine, era tão comportado, não gostava quando o andré me fazia fazer essas coisas erradas". "a quem eu estou tentando enganar meu deus?". "eu amava, a única recomendação do meu irmão era". "não engravide ninguém". "mas antes de me converter eu não namorei ninguém sério, era só uma garota uma vez na vida e outra na morte, porque eu sempre fui bem tímido". "agora namorar mesmo pensar em construir família nunca aconteceu".

"devia pensar nisso, você é tão alegre, tão cheio de vida". ela sugeriu.

"já dizia o meu querido filósofo favorito andré greco". "sempre existe um chinelo velho para um pé cansado, mas no meu caso eu sou um chinelo quebrado que já não cabe mais no pé de ninguém".

depois de comer resolvemos continuar a conversa no carro, estava tão fluida e não queríamos incomodar ninguém com nossos risos.

"é o tipo de coisa que a emily diria, seu irmão realmente é um filósofo".

"eu amei passar esse tempo com você laura, você é bem divertida e vai ser difícil tratar você como uma simples empregada amanhã na frente dos meus familiares". "já vejo você como uma amiga, e você deveria praticar mais a sorrisoterapia, seu sorriso é lindo". ela mordeu os lábios.

"eu que agradeço italianinho, como diz minha filósofa favorita, dona emily".

"por falar na dona emily amanhã eu venho te buscar para vermos ela, queria muito convencer o andré aí com nós dois mas é praticamente impossível".

"se eles dois descobrirem nossas fanfics vão nos matar, mas eu aconselho a você tentar porque nada é impossível para deus". ela gracejou enquanto eu estacionava em frente a sua casa.

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