Capítulo 22

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Capítulo 22.

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andré.

o que era para ser uma noite tranquila, transformou-se em algo recheado de incógnitas.

o que está havendo em minha casa?.

os minutos que antecederam a chegada de giovani se resumiram a medo.

Olhava para todos os lados, em busca de algum vestígio da perseguição que vivi.

quando minha vida será normal?.

quando chegarei em casa desprovido das preocupações com ameaças, tramas, ou até mesmo do que meu pai pode pensar?..

o casal retirado abruptamente de um suposto encontro aproximou-se, me cumprimentando.

"desculpa por interromper o passeio de vocês, mas eu fiquei muito preocupado". justifico, ciente de que estou atrapalhando sua vida de alguma forma.

tudo que mais desejo é uma vida diferente da minha para giovani.

que possa fazer suas próprias escolhas, viver sem estar à margem de ninguém, sem depender das escolhas de terceiros para tomar decisões.

"não se preocupa mano, já estávamos voltando". explica, olhando-me de cima a baixo.

"tudo bem laura?". ela me lança um sorriso cordial em resposta.

"andré, papai te ligou?". giovani desceu do carro, abrindo a porta do passageiro para laura.

acompanhamos a moça até o portão de sua casa, que não está muito longe de nós.

"depois que eu falei com você minha bateria acabou". "mas o que ele queria?".

retirando a chave de dentro da bolsa, laura destrancou o portão.

"avisou que não quer nós dois em casa hoje, é para dormirmos em um hotel e amanhã voltarmos para casa". "mandou eu não sair do seu lado e você não sair do meu, caso aconteça alguma coisa é para ligarmos para ele". a declaração foi provida de uma curiosidade palpável.

"mas por quê?".

"é do senhor giuseppe greco que estamos falando". "no dia em que meu pai der satisfações sobre suas ordens a alguém, eu mudo meu nome para juventino constantino da silva".

na tentativa de quebrar a tensão do clima, giovani deixa escapar a ironia

"por favor, entrem!". laura convida, nos dando passagem.

"e a emily?". notando que a professora não se encontra na sala da casa, faço o questionamento.

"foi passear com um amigo dela, já deve estar voltando".

a resposta de laura provoca em mim um sentimento estranho.

"foi bom ela passear um pouco, estava muito estressada no sábado". mando meus próprios pensamentos irem embora.

"andré, deixa o seu carro aqui e vamos comigo para um hotel?". "tudo bem para você laura?". visivelmente cansado, giovani interroga.

"podem deixar o carro aqui sim, não tem problema nenhum".

"para onde vamos?".

"não sei mano, eu queria ir para um hotel bem simples, afastado de tudo, a gente precisa de um tempinho longe de tudo isso".

"se afastar de tudo aquilo é uma questão de sobrevivência para nós". "laura, amanhã eu venho buscar o carro mas se algum dos meus parentes vier antes você não entrega". "o carro é meu e eu estou deixando ele com vocês".

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