Capítulo 32

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Capítulo 32.

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a vida costuma ser extremamente surpreendente, uma manhã que se iniciou ensolarada prometendo a rotina normal de um dia comum terminou daquela maneira trágica e cruel.

marcos preso, respondendo por uma série de crimes.

ricardo, vitória, diogo e giuseppe mortos.

era incrível como apesar disso, tudo continuava normal.

O shopping e o mercado pelo qual a viatura passou antes de chegar ao hospital estavam abertos.

era irônico imaginar que os aeroportos de são paulo continuavam funcionando, bem como os demais shoppings, mercados e lojas.

Enquanto os dois irmãos greco buscavam superar as tragédias que presenciaram existiam pessoas a alguns quilômetros dali se preparando para casar, viajando para lua de mel e até tendo bebês.

todo mundo seguia a vida, menos eles.

será que um dia poderiam fazer isso normalmente?.

jerônimo cuidou para que desirée recebesse todo o tratamento adequado.

a antiga funcionária de giuseppe pediu para retornar ao mato grosso, onde residia.

foi colocada em um avião imediatamente, fugindo dali, fazendo o que andré e suzana não poderiam.

o silêncio Imperava na viatura, único som que se ouvia era o dos pingos de chuva batendo no vidro.

vez ou outra, emily pensava em dizer algo para confortar andré, mas não sabia se queria ou precisava disso.

"não precisa falar nada emily, só fica aqui, só fica comigo". como se tivesse lido os pensamentos da professora, andré quebrou o silêncio.

emily gostaria de dizer que jamais o abandonaria, ao lado dele era o lugar que procurou no mundo.

ainda que de forma indireta esperou por ele durante toda sua vida, não pretendia deixá-lo jamais.

Era o seu italiano, o seu gafanhoto do deserto.

"pai?". "o que aconteceu?". já no hospital jerônimo deparou-se com alex.

"ocorrência". a resposta monossilábica do pai preocupou  alex.

"o senhor não tá com uma carinha muito boa não, aconteceu alguma coisa?". o pai de denis quis saber.

"depois te explico filho, como você veio parar aqui?"..

""a meg veio visitar uma amiga". "a propósito, o denis mandou avisar que ele tá sentindo sua falta".

"uma pessoa que viaja durante um mês com a esposa, ainda mais na lua de mel nem lembra que tem avô meu filho, isso aí é conversa". alex sorriu discretamente.

"a meg tá na fase da sogra dramática, me lembrou tanto a mamãe". os dois sorriram ao pensar em maria.

jerônimo jamais esqueceu giovana, no entanto, precisou seguir em frente.

casou-se alguns anos depois, tendo uma vida conjugal feliz, fazendo o possível para dar a felicidade a esposa.

maria também foi muito amada pelo delegado, conhecia sua história anterior e respeitava os momentos de dor dele, sobretudo ao saber da morte de giovanna.

a mulher que também era policial deixou o marido há dois anos.

"filho, hoje à noite vai lá em casa, leva a meg, eu queria esperar o denis e a carol voltarem mas não vou aguentar a espera, preciso contar algo a vocês". com a curiosidade saltando das órbitas alex concordou.

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