Capítulo 35

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Capítulo 35.

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"tchau querida, boa sorte, que deus abençoe a vida de vocês lá". "tchau meu amor, qualquer coisa você liga para nós tá?". suzana abraçou o sobrinho e a esposa, já no aeroporto.

andré e emily estavam no terceiro mês de casamento, laura e giovani no quarto.

"eu ainda não me conformei que vocês não querem nos acompanhar, podiam estar embarcando com a gente agora". giovani censurou o pai.

"por mais retrógrado que pareça aos olhos de muitas pessoas, eu decidi me dedicar inteiramente a minha casa, esse é meu último ano na escola". "esse ano eu ainda estou com muito trabalho, meus alunos estão tomando o máximo do meu tempo". "seu pai também está com bastante trabalho, quando puder visitamos vocês, e se for da vontade de deus nós nos mudamos para lá no futuro". andré estava demasiadamente reflexivo, fazendo a esposa tomar a frente.

"o senhor não vai falar nada?". pai e filho trocaram olhares.

"eu te desejo o melhor, que deus te dê sabedoria para conduzir aquela igreja". "não dá para medir o orgulho que eu estou sentindo de você agora, apesar de que vou precisar de tempo para me acostumar com a ideia de que você não vai estar mais aqui".

"que se dane quem considerar isso infantilidade, mas nós vamos manter contato todos os dias, fomos criados como irmãos e eu não cresci sendo tratado como seu filho, quero aproveitar cada dia mesmo a gente morando longe um do outro". os dois se abraçaram pela última vez.

"eu super apoio essa ideia da emily parar de trabalhar, ela chegava em casa morrendo de dor de cabeça, e ainda passava os finais de semana preparando aula". laura demonstrou apoio a amiga.

os dois se despediram da família entrando no avião.

...

ao chegar em casa,  emily notou o comportamento do marido.

"é difícil para você né?". os dois se deitaram na cama.

"é, o giuseppe me privou da sensação de ser pai durante mais de 20 anos, e agora não tem mais como correr atrás, ele cresceu". "você pode achar frescura porque eu praticamente criei ele junto com a minha mãe, mas não é a mesma coisa cuidar de um filho e cuidar de um irmão".

"não amor, não é frescura sua". "infelizmente o giuseppe morreu, mas as consequências do que ele fez com você a vida inteira ainda vivem".

"eu tenho que reagir e voltar para o trabalho, você tem aula para preparar hoje?". era um sábado à tarde.

"tenho sim, tô morrendo de cansaço mas vou ter que fazer isso o dia inteiro hoje".

"tá bom amor, qualquer coisa você me liga tá?".

os dois se levantaram da cama, selaram os lábios e andré foi trabalhar.

emily havia aprendido a dirigir a apenas um mês, como estava nervosa decidiu chamar a cunhada e amiga para acompanhá-la.

"tadinho do meu irmão, saiu tão triste daqui".

"foi por isso que eu não quis contar a minha suspeita para ele, se der negativo ele ficaria muito triste se soubesse da minha desconfiança". "eu também estou bem preocupada porque ele pode estar triste pelo filho mas pode não querer outro". suzana deu um tapa no braço da amiga, estava pegando certos costumes brasileiros mais do que gostaria.

"calada você é bem mais bonita emily, então cala a boca que é melhor". as duas riram. "não seria melhor você fazer um teste de farmácia?".

"seria melhor o resultado sairia mais rápido mas nesse caso é melhor fazer o de laboratório mesmo". ""primeiro porque eu não quero ter nenhuma dúvida quanto ao resultado, segundo porque eu conheço o seu irmão, ele é muito sistemático, é um italiano raiz, vai querer fazer o exame para confirmar antes de comemorar a gravidez.

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