Capítulo 24

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Capítulo 24.

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andré.

"para onde vossa senhoria está me levando?". emily questiona ao entrarmos no carro.

"hoje eu vou te dar um dia de princesa, um dia para não pensar em mais nada além do que eu vou te mostrar, aproveitando também para fazer uma coisa que eu não fiz na juventude.

"com esse calor insuportável, eu me jogo com você até numa piscina de gelo". ela me faz rir.

"vai me dizer que você também nunca teve privilégio de fazer isso!". ela exclama, ao nos aproximarmos de uma praia.

"é óbvio que eu já fui na praia, já conheci o mar". "mas existem certas coisas na vida que eu não fiz, como aproveitar um dia como esse na companhia de alguém com a mesma importância que você tem para mim".

Apesar de ter amado carolina mais do que sabia ser possível, preciso admitir que nossa relação teve um início automático, rápido demais.

a paixão foi seguida pelo início das relações sexuais, logo depois fomos morar juntos, depois vieram as crianças.

antes de ter emily como mulher, quero ter uma melhor amiga.

alguém que deixou a vida passar tanto quanto eu, e que agora merece aproveitar ao máximo o que ambos não vivemos.

"eu nunca conheci o mar, o mais perto que cheguei de uma praia foi a piscina da casa da minha tia". "os meninos ficavam brincando de me afogar, confesso que tenho medo de piscina até hoje".

"sabe nadar?". interrogo, ela me olha como se tivesse acabado de afrontá-la.

"é óbvio!". "me respeite, eu sou uma senhora de 40 anos e eu acho que o mínimo que eu mereço é respeito, é claro que eu sei nadar". faz uma cara de criança assustada. "só faz muito tempo que eu não pratico, mas nadar eu sei.

"pois então hoje você vai voltar a praticar!". "se você estiver preocupada com as roupas de banho que não temos, não se preocupa, se for preciso eu mando o carro para lavar amanhã, só quero aproveitar ao máximo hoje".

"preocupação de rico é outra coisa né?". "chega enche a boca para falar que vai mandar o carro para lavar no outro dia, eu teria que economizar para fazer isso!". nós dois rimos, descendo do carro.

"por que você sempre faz questão de jogar o meu dinheiro na minha cara?". faço drama.

"porque eu sou a leoazinha, e os leões são malvados!".

nossos pés tocam a areia, o som do mar parece reconfortante.

"deus é muito perfeito né?". "emily, olha a quantidade de água e areia, isso aqui não é nada, o mar é infinito". "ainda tem gente que não acredita num deus tão perfeito, alguém que criou uma imensidão dessas, o próprio mar Parece glorificar a ele a cada onda que surge". analiso.

"é tão lindo te ouvir falando em deus, a forma que você interpreta a bíblia, a mudança que deus está fazendo dentro de você". "quando eu te conheci você estava morrendo por dentro agora até seu rosto carrega um brilho diferente".

"eu espero que esse brilho não se apague nunca emily, apesar de não ter uma intimidade tão profunda quanto você porque ainda estou conhecendo ele, só eu e ele sabemos o quanto ele está me completando a cada dia e como eu vejo suas mãos em cada detalhe da minha vida". "vamos continuar essa conversa na água, espero você quando criar coragem!". me preparo para entrar, quando sinto uma das pequenas mãos segurar a minha com força.

Nossos olhos se encontram por alguns instantes, é possível ver  a dúvida no par de safiras.

"confia em mim?". questiono sorrindo.

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