capítulo 8

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capítulo 8.

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emily.

receber a visita de dois irmãos que tem dinheiro para pagar todas as minhas dívidas pelos próximos 80 anos deveria me deixar nervosa, mas a confiança estabelecida entre mim e giovani me deixa mais leve, sem contar com o andré.

mesmo andando na lentidão de uma tartaruga, preciso me arrumar afinal de contas não vou receber os dois de pijama.

laura decidiu se dar ao luxo de comprar comida, eu não sou ninguém para questionar.

até porque ninguém é louco de negar que infelizmente a habilidade na cozinha não está no sangue de minha amiga.

durante o período em que esteve casada laura era atípica esposa que fazia nugget com arroz para janta do marido, a outra opção era miojo, até mesmo um arroz com ovo.

acho que está na hora de aprimorar as habilidades culinárias da laura afinal de contas pelo andar da carruagem em breve ficarei sozinha nessa casa.

vou dedicar alguns finais de semana de minha existência para dar aulas a respeito da culinária brasileira e italiana a laura.

aprendi a cozinhar de tudo um pouco no orfanato, mas não existe outro ser humano que faça uma comida melhor do que a que meu pai fazia.

se estivesse vivo eu nem cozinhava, passaria o resto da vida comendo a comida dele.

devidamente arrumada, sentei no sofá esperando pelos três.

a porta foi aberta, revelando meus amigos.

laura estava uniformizada como sempre, fazendo uso de uma saia com um short por baixo.

o ápice da produção ficou por conta dos dois italianos, destacando ainda mais a beleza de andré.

tudo em andré é impecável. a barba feita, os cabelos penteados de forma ordenada como se fosse visitar alguém extremamente importante, os sapatos minuciosamente limpos e a fragrância do perfume importado que eu nunca tinha sentido na minha vida.

ainda que não esteja sorrindo como o irmão costuma fazer, andré se mostra mais leve, um tanto confortável em nossa presença.

"que milagre você fez para conseguir tirar essa criatura de casa?". "o andré nunca sai, só trabalha e fica em casa o resto do dia inteiro". "fico muito feliz em ver meu irmão socializando". o entusiasmo de giovani deixa tanto eu quanto laura impactadas

"preciso dizer que a relação de vocês é a coisa mais fofa?". "o andré tem essa expressãozinha mais fechada, ainda assim, dá para ver o quanto ele te ama giovani". laura declara.

não dá para deixar de notar o quão os dois são semelhantes fisicamente, chega a ser assustador.

"vocês duas acabaram nos conquistando de alguma forma, eu realmente não sou muito de sair de casa, não tenho muito ânimo para lidar com outras pessoas". andré comentou.

algo a se observar é que além da semelhança física, os dois irmãos tem a voz extremamente parecida.

giovani demonstra ânimo, alegria, nota-se que é alguém bem avoado.

a euforia é perceptível até mesmo no tom de voz.

não obstante, andré carrega algumas diferenças.

o tom de voz é bem mais baixo e de alguma forma, mesmo que quase inexistente dá para ver um pouquinho do sotaque italiano.

os pequenos vacilos em português mostrando a origem italiana dão um charme a andré.

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