capítulo 13

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capítulo 13.

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giovani.

tudo aconteceu rápido demais.

circulei pelas ruas de são paulo por alguns instantes até finalmente ter calma o suficiente para voltar para casa.

o semáforo ficou vermelho, e eu parei como qualquer outro motorista.

fui abordado por quatro homens, dois deles entraram no carro e os outros nos seguiram durante todo o caminho em outro veículo atrás.

me fizeram dirigir por uma hora até pindamonhangaba e me largaram no meio da estrada.

seu osvaldo é um homem viúvo, perdeu a esposa e a única filha.

é feirante e por obra divina apareceu para me socorrer no meio da rua escura.

a sobrinha josiane tem provavelmente a mesma idade do meu irmão.

são pessoas simples, simpáticas, extremamente acolhedoras e principalmente cristãs.

"come, não posso te mandar para casa sem comida, é pecado". josiane colocou na mesa a minha frente uma xícara de café e uma fatia de bolo.

"sabia que seus olhos, seu rosto, sua vozinha triste e sua timidez me fazem lembrar alguém muito especial para mim?". "ele foi meu genro, era muito especial mas parecia carregar o peso do mundo nas costas". "a semelhança física é grande mas a emocional agora parece ser maior ainda, você parece que está triste com alguma coisa".

"seu osvaldo, já aconteceu de o senhor passar toda uma vida acreditando na bondade de uma pessoa que mesmo sendo fria é importante para o senhor para no final descobrir que se trata de um monstro?". busco forças para comer o bolo de josiane que está delicioso.

"as pessoas nos decepcionam giovani, o ser humano é ruim em geral". "eu não sei se você compreende a diferença entre as pessoas que nos decepcionam por ruindade ou aquelas que fazem isso sem a menor intenção". "pessoas passaram na minha vida e me decepcionaram por ruindade, outras fizeram isso sem querer e sofreram até o fim da vida". "nos dois casos existem diferenças". "no caso das pessoas ruins precisamos entender que a culpa não é nossa, tentar liberar o perdão e seguir em frente tendo fé em deus e sabendo que ele é a única pessoa que não nos decepciona". quando eu falo em liberar o perdão estou falando em não guardar mágoa, existem pessoas que não são feitas para conviver com a gente mesmo perdoando". "existe um outro grupo de pessoas que são aquelas que nos fazem mal sem intenção, e pra essas sim,precisamos dar outra chance". " "eu não sei qual é o seu caso mas coloque essa pessoa nas mãos de deus, deixe que deus trate com ela". "e eu vou repetir o que eu disse para uma pessoa muito especial para mim no passado, não permita que essa pessoa destrua a sua alma". "não permita que essa pessoa faça você desacreditar do ser humano porque não vale a pena perder a fé em todo mundo e em deus por causa de um único homem".

josiane abre um sorriso repleto de orgulho.

"eu tenho o melhor tio do mundo e ninguém é doido para duvidar disso".

"sua sobrinha está coberta de razão seu osvaldo, o senhor é um homem que vale ouro mesmo".

o carro de meu irmão se aproxima da casa, ao longe, vejo laura acompanhada por emily.

josiane abre o pequeno portão de madeira, enquanto, sorrindo seu osvaldo se aproxima de meu irmão.

"andré, é você mesmo filho?". atordoado, andré encara o idoso com total perplexidade que por sua vez parece com ter uma alegria desmedida.

"seu osvaldo?". de cabeça baixa e ombros caídos, meu irmão expõe a surpresa.

andré parece ter sido pego de surpresa por um abraço de seu osvaldo, enquanto laura faz o mesmo comigo.

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