𝘾𝘼𝙋𝙄𝙏𝙐𝙇𝙊 32 ─ decisões parte dois

207 24 202
                                    

PERDÃO OS ERROS DE DIGITAÇÃO, EU AINDA NÃO TIVE TEMPO DE REVISAR (sem contar que estou com tanto sono que não veria os erros), MAS VOU EM BREVE..

─────

ROBIN ENCARA A PAREDE ASSIM QUE ACORDA, ele não abriu a boca na noite passada, ficou negando qualquer coisa que poderia ter acontecido, apenas que sua mãe tinha aparecido de surpresa, quem dera se fosse apenas isso.

O menino mal dormiu a noite, ficou batendo na mesma tecla, no que poderia ter dito, em vez de praticamente esfregar na cara de Misa o que sente, ele poderia ter dito algo diferente, que não assustasse ela, ou apenas ficado calado, também poderia fingir que estava tudo bem, provavelmente sua noite teria se saído mais satisfatória. 

Porém, infelizmente isso não aconteceu, Robin falou tudo que veio em sua mente, e distanciou, talvez definitivamente Misa. Ele encosta a testa na parede fria, tentando esquecer tudo, como uma espécie de remédio, que logicamente não funcionaria. 

Luz do quarto está fraca, o tom não está no seu habitual, laranja forte e quente, que bate diretamente em sua parede lateral, que costuma acordar Robin todos os dias, indicando que está atrasado para a escola, que indica oitenta por cento das vezes, porém, desta vez não, a luz que entra ainda é fria, (ou talvez o quarto que parece mais gelado que o comum) puxado para um tom rosa claro, a marca do vidro de sua janela fica no chão. Ele suspira ao ver isso, o quão cedo é? que horas pode ser? Robin nem ao menos sente sono, não fecha seus olhos pensado que vai dormir.

É melhor levantar de uma vez, ele pensa suspirando. Seu pé toca o chão gelado, dando um leve choque térmico, seu equilíbrio parecia vacilar, andando levemente torto, o corredor parecia de filme de terror, ele naturalmente já costuma ser escuro e levemente sombrio, mas nesse momento, a luz de seu quarto vaza para o corredor, iluminando apenas o começo do mesmo, depois o puro breu, até enfim a sala, onde a mesma luz entra pela janela, Robin teria que dar uma volta pela casa se quisesse luz novamente. 

Seus pés se moveram até o banheiro, Robin se sente um puro zumbi, o corpo casando pela falta de sono, mas a consciência elétrica, sua aparecia não está longe disso, o cabelo preso em um coque no topo da cabeça, se Misa o visse agora, iria rir e falar que o coque parece de um samurai desajeitado, ele não sabe sorri leve pelo o pensamento, ou apena se afoga mais em seus pensamentos negativos. Em um suspiro, ele arregaça as mangas do pijama, soltando o cabelo, que cai sobre os ombros, passando levemente pelos mesmo.

Robin se olha no espelho, a sensação no peito, não é como antes, o vazio, é algo a mais, como se estivesse queimando, se auto destruindo, a culpa subindo pela garganta, ele nem ao menos se reconhece no espelho, o olhar sem brilho ou as bolsas escuras embaixo dos olhos, o semblante deplorável... até onde ele pode chegar? até onde a culpa o pode consumir, até onde a decepção pode o atormentar? 

Robin permite sua mão bater na pedra fria da pia, sua respiração diminui, ele apenas não se suporta olhar no espelho agora, as malditas lembranças vindo a ele, a última vez que esteve cara a cara com esse mesmo espelho foi a horas atrás, Robin estava tão feliz, arrumando o cabelo como nunca arrumou, tentando fazer um penteado diferente, preocupado com a roupa que colocaria, teria que ser algo novo, que chamasse a atenção.

Mas para o que isso adiantou? 

Para ele estragar com tudo? para Robin dar um fim no que nem ao menos começou.

─ idiota... ─ ele sussurra sozinho no banheiro ─ maldito idiota... você tem merda na cabeça?

Sua mão esquerda vai diretamente para o rosto, tampado seus olhos, sentindo que não tem nem ao menos o direito de chorar. A cabeça lateja, as mãos tremem.

𝙈𝙔 𝙋𝘼𝙏𝘾𝙃𝙀𝘿 𝘽𝙊𝙔                                    ─ʀᴏʙɪɴ ᴀʀᴇʟʟᴀɴᴏ─Onde histórias criam vida. Descubra agora