𝘾𝘼𝙋𝙄𝙏𝙐𝙇𝙊 27 ─ parte 2

194 25 8
                                    

PERDÃO OS ERROS DE DIGITAÇÃO, EU AINDA NÃO TIVE TEMPO DE REVISAR, MAS VOU EM BREVE..

─────

O TREINADOR NÃO PARECIA SIMPÁTICO, definitivamente não parecia simpático. Quando Misa chegou na garupa de Bruce, sem graça e mexendo (talvez demais) na franja do cabelo. Seu irmão praticamente teve que implorar para ele deixar ela assistir ao treino, o qual estranhamente estava sendo feito na quadra que normalmente os jogos oficiais acontecem, que no fim, acaba sendo aberto, com grades vazadas, no meio da cidade. Misa também se questionou o porque do treinador deixar as líderes de torcida da escola assistirem ao treino e ela não.

Mas no fim, ela apenas se pegou sentada na arquibancada, separada para a grande grade vazada, encarando seu irmão treinar ao lado de seus colegas (que a maioria acaba não sendo conhecida pela mesma), feliz, genuinamente feliz, sorrindo animadamente com o taco na mão, é como se Bruce brilhasse no campo, talvez seja por isso que ele seja conhecido como prodígio do beisebol, fazia tempo que Misa não notava esse lado dele, onde Bruce é apenas ele, sendo idiota e brincando quando erra alguma coisa, para logo ser corrigido pelo treinador.

Isso a lembrou quando eram crianças, com Bruce aprendendo a jogar beisebol e seu pai o corrigindo a cada passo.

Misa sorriu, acenando para o irmão, que acabou de certar um arremesso, o que o fez parecer tão radiante que poderia contagiar, parecia que ele acabou de ganhar um jogo. Mas sua atenção é retirada de Bruce assim que um grupo de garotas passa, rindo alto e parando para ver o jogo, por poucos segundos Misa poderia jurar ver Donna, ali no meio das garotas desconhecidas. Se coração parou assim que notou que era mesmo Donna, com outro penteado e roupas, ela parecia uma boneca com o rabo de cavalo alto, com uma fita branca longa, o vestido floral era tão fofo e caia tão bem nela que algo ardeu em Misa.

Mas ela ignorou isso, torcendo para Donna não a perceber ali. Porém, antes mesmo que percebesse, Donna a encarou de longe, logo pedindo para as amigas esperarem apenas um pouco. Ela caminhou envolta da grade vazada, subindo na arquibancada e se sentando ao lado de Misa. O silencio tomou conta das duas, fazendo ambas se retraírem, como iniciar esse assunto?

─ Misa ─ a voz de Donna saiu mansa e calma ─ o que você decidiu? 

Ela morde o lábio inferior, ela não queria mentir, mas falara a verdade parecia talvez pior.

─ Meus pais não estão na cidade, eles não podem autorizar.

Não é o real motivo, mas não é mentira. "eu sei que viagens de debate podem ser bem chatas, imaginei que você não iria quere, sei la, apenas não parece com você", Misa sentiu a garganta secar, obvio que Donna iria perceber.

─ Só as vezes é solitário no grupo de debate.

Nesse momento foi como se algo rasgasse Misa por dentro, rasgasse e a deixasse sangrando, ardendo de dentro para fora, apertando ser coração a deixando quase sem ar. Ela deveria ir nessa viagem, ela tinha que ir, Donna contou com ela.

─ Desculpa... ─ foi a única coisa que saiu de seus lábios nesse momento.

Donna soltou uma risada nasal, "não é sua culpa boba, seus pais não estão na cidade afinal" ela sorriu para a amiga, um sorriso que parecia esconder seus verdadeiros sentimentos.

─ E outra, Finney vai me fazer companhia afinal, não vou ter que tentar socializar com aquelas... pessoas ─ Donna suspirou ─ e olha que eu sou sociável. 

Misa sorriu, rindo leve internamente "esse foi um de seus maiores marcos, eu não sou fácil de socializar, muito menos de se lidar".

─ Não diga isso boba, você é na sua, é diferente, e você não é difícil de lidar, para falara a verdade você é quase um livro aberto, claro que é um livro que usa MUITAS interlinhas, mas ainda sim é tão clara como papel.

𝙈𝙔 𝙋𝘼𝙏𝘾𝙃𝙀𝘿 𝘽𝙊𝙔                                    ─ʀᴏʙɪɴ ᴀʀᴇʟʟᴀɴᴏ─Onde histórias criam vida. Descubra agora