Capítulo 3 - Surpresas do coração.

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YILDIZ
Eu não acreditei quando, após uma reunião na empresa, Hakan me convidou para um drink. Era 6ª Feira, final de expediente e estava uma tarde linda. Claro que eu aceitei!
Fomos para um lugar gostoso, com direito a bebidas, petiscos, música e pista de dança. Sentamos em dois banquinhos vagos no bar e o barman logo nos trouxe o cardápio.
...
H: O que você quer beber? - Perguntou.
Y: Algo sem álcool... - Ele me cortou.
H: Ah, não! Hoje é 6ª Feira. Se permita! Será bom para relaxar. Tome algo alcoólico, nem que seja mais fraco, como um coquetel de frutas, por exemplo. - Sugeriu.
Y: Está certo. - Concordei. - Mas, eu não gosto de bebidas muito doces. Então... - Falei olhando o cardápio. - ...esse gin tônica com frutas vermelhas e especiarias. - Apontei.
H: Ótima pedida! Acho que vou acompanhá-la no gin, mas vou no tradicional... - Falou, se debruçando sobre mim, para ver o cardápio. - Não! Vou nesse de frutas cítricas e gengibre. - Completou.
...
Petiscamos e bebemos devagar, inclusive porque não sou muito resistente ao álcool, engatando uma conversa amistosa. Quando o DJ assumiu, aumentando o som, ele sugeriu que fôssemos para a pista dançar. Eu estava feliz e relaxada, por conta da bebida e topei.
Na pista, ele não tirava os olhos de mim, observando meus movimentos sério, enquanto eu sorria, brincando e simulando passos de dança, para descontrair e dissipar a tensão. Nossos casacos tinham sido deixados na chapelaria, para ficarmos mais à vontade, inclusive porque lá dentro estava bem quente. Hakan estava de calça e camisa social, desabotoada, até o início do peito, com as mangas dobradas, permitindo entrever a musculatura definida do seu corpo de atleta. Seu cabelos desalinhados, os olhos claros e o jeito másculo, o deixavam ainda mais lindo e eu hipnotizada. Eu era completamente apaixonada por ele, desde a adolescência e, essa proximidade, atiçava todos os meus sentidos.
Num dado momento, começou uma série de músicas mais lentas e ele me puxou, para perto, colando seu corpo no meu, fazendo com que eu sentisse a contração de seus músculos, já que a única barreira, entre os nossos corpos, era o tecido fino do meu vestido e suas roupas. Sua respiração soprava no meu rosto, me tirando do eixo, fazendo uma onda de calor subir, por dentro de mim. Foi quando ele afundou o nariz em meus cabelos, cheirando-os e deslizou seus lábios pelo meu rosto, até alcançar a minha boca, selando meus lábios, pressionando seu corpo, ainda mais contra o meu, me permitindo sentir seu volume no meu ventre. Minha cabeça girou e eu me afastei, com a desculpa de ir ao banheiro.

Saí dali, um pouco desnorteada, meu coração estava acelerado, minha respiração alterada e minha calcinha arruinada. Eu o queria mais que tudo, mas estava assustada com o ritmo das coisas. Afinal, ele nunca se interessou por mim, durante todos esse anos, apesar de eu me manter por perto e de certa forma, rodeá-lo feito "mosca de padaria", especialmente na época da faculdade, mas ele sequer me notava. Era como se eu não existisse...
Parei frente ao espelho e fiquei me encarando, até me acalmar. Molhei minha nuca e passei as mãos úmidas, dando tapinhas de leve pelo meu rosto e testa, para refrescar, tomando cuidado para não borrar a maquiagem e depois sequei, fazendo o mesmo procedimento, com a toalha de papel.
Quando me senti mais calma e recomposta, sai mentalizando, que me manteria equilibrada, mas ele me aguardava na porta do banheiro e me encostou na parede, me beijando avidamente. Eu tentei resistir espalmando minhas mãos em seu peito, mas acabei cedendo, subindo minhas mãos pelo seu peito, até sua nuca, acariciando seus cabelos, correspondendo ao seu beijo, cheio de desejo, até nos afastarmos por falta de ar. Nunca ninguém me beijou dessa maneira!
Ficamos nos encarando e eu tentando entender o que estava acontecendo. É claro, que eu fiquei encantada com o beijo, ainda mais com tanto desejo e paixão. Meu coração estava aos pulos de felicidade, era maravilhoso poder beija-lo. Porém, a razão me dizia para ir devagar, porque minhas experiências anteriores com ele, eram muito frustrantes.
Sugeri que fôssemos embora, porque já estava tarde e ele concordou, me beijando suavemente, segurando minha mão.
Nosso retorno foi tranquilo e parecíamos mais à vontade, com a presença um do outro, apesar do turbilhão de emoções, que fervilhavam dentro de mim. Tudo era tão novo e excitante, mesmo com a inevitável nuvenzinha de preocupação, que me rodeava.

Conhecendo o amor verdadeiro - A história de Hakan & YildizOnde histórias criam vida. Descubra agora