Conhecendo o amor verdadeiro - A história de Hakan & Yildiz

Capítulo 23 - Dia a dia...

YILDIZ
A primeira parte da nossa lua de mel foi nas Ilhas Maldivas, um lugar paradisíaco, onde vivemos dias intensos e maravilhosos.
Nós estávamos muito apaixonados e o entorno só endossava tudo o que sentíamos, tornando o momento idílico e inesquecível.
Hakan se desdobrou para que tudo fosse perfeito, fez várias surpresas românticas, sem falar dos dias lindos, que tivemos a sorte de compartilhar. Aquele céu e mar, as instalações do resort, a comida, foi tudo de bom... Em outras palavras, iniciamos nossa vida de casados com chave de ouro.
O melhor de tudo foi, que eu me senti e me sinto muito amada. Nem nos meus melhores devaneios e sonhos, eu poderia sequer cogitar viver algo assim.
Voltamos para casa, completamente extasiados e, conforme o programado, fomos para Milão, para a segunda parte da lua de mel, já que tínhamos alguns dias de férias ainda.
Hakan alugou o apartamento, que Zeynep morou com Esra e onde ele ficou por algum tempo. Ele queria me mostrar os lugares, que ele desejou estar comigo.
Visitamos toda a cidade e entorno, além das cidades vizinhas, aproveitando as dicas e sugestões de Deniz, Zeynep e Esra.
Hakan se mostrou extremamente romântico e a convivência do dia a dia revelou facetas de sua personalidade, que tinham passado desapercebidas, até então.
Foram passeios, jantares a luz de velas, almoços em restaurantes de chefs estrelados, confeitarias e lugares bucólicos. Houve mimos, surpresas, presentes... Além de fazermos muito amor, inclusive em lugares inusitados.

Claro que ao voltarmos para casa, ele fez questão de me carregar nos braços e me surpreendeu com um ambiente decorado com pétalas vermelhas, jantar a luz de velas, com direito a frutas e champanhe, provavelmente organizado por Zeynep.
...
H: Gostou?! - Perguntou.
Y: Eu amei! Como? Zeynep? - Ele assentiu.
H: Confesso que pedi a ela, que preparasse algo especial para o nosso retorno. Mas ela caprichou! Não?!
Y: Sim! Está tudo maravilhoso. Você é maravilhoso e eu te amo muito! - Confessei. - Cada dia mais...
H: Eu te amo mais... você é a mulher da minha vida! Minha única! Eu quero te fazer muito feliz...- Eu o calei, colocando o indicador nos seus lábios.
Y: Eu já sou muito feliz, por ter você! - Sorrimos um para o outro e aproveitamos o nosso jantar, entre risos, confissões, olhares e comentários sobre a lua de mel. Fizemos amor gostoso e finalmente desfrutamos do nosso quarto.
Como era final de semana, almoçamos em família, curtindo a todos e em especial nossa Yasemin.
...
H: Você pensa em ter filhos?! - Perguntou parecendo ansioso.
Y: Sim, você não? - Ele assentiu. - Mas acho que podemos esperar um pouco... Você não acha?
H: Sim! - Concordou. - Também quero aproveitar um pouco a vida com a minha esposinha... Tem tantas coisas para fazermos e lugares para conhecermos...
...
Nossa vida de casados não poderia ser melhor. Tínhamos uma família unida, fazíamos muitos programas com nossas irmãs e suas lindas famílias. Nossos pais, juntamente com os de Yalin e Deniz ficaram bastante próximos, fazendo com que estivéssemos juntos com frequência. Eles tinham casas de campo e de praia, onde nos reuníamos amiúde.

Depois de pouco mais de um ano de casados decidimos retirar o DIU*, pois desejávamos ter um filho. O médico explicou, que poderia levar algum tempo, pois o corpo precisa eliminar os hormônios. No entanto, passados alguns meses, nada aconteceu e eu comecei a me preocupar. Fiz alguns exames, mas tudo parecia normal. Eu chorava, mas procurava não demonstrar para Hakan, o quanto eu me sentia frustrada.
Tudo piorou, quando Kyraz contou que estava grávida, necessitando de repouso e que eles tinham decidido morar de vez em Istambul, para estarem mais próximos da família. Mais uma vez o método anticoncepcional, que eles estavam utilizando falhou, enquanto nós sequer tínhamos um, havia mais de um ano...
Hakan começou a me questionar sobre eu estar mais fria e distante, chegando a duvidar se eu ainda o amava, pois julgava que eu o estavesse evitando.
Algumas vezes ele viajava, por alguns dias e voltava sedento para estarmos juntos e por fazermos amor...
...
H: Amor, cheguei! - Ele me abraçou por trás, enquanto eu cozinhava e beijou meu pescoço, me virando para ele e me beijou com volúpia. - Aí, que saudades de você, minha linda! - Ele tentou me suspender, para que eu enlaçasse as pernas ao redor dele, como sempre o fazíamos, mas eu o parei.
Y: Não! - Falei incisiva. - Agora não... Estou cozinhando. - Arranjando uma desculpa, diante de sua visível decepção.
H: Você não sentiu a minha falta?! - Questionou.
Y: Claro que eu senti... - Falei evasiva.
H: Você não me ama mais?! Não me deseja?! Eu... - Eu o interrompi.
Y: Claro que amo.... E como poderia não desejá-lo? Você é um homem lindo! Gostoso...
H: Então, por que você me parece tão fria e distante? Apática, com um olhar triste. O que está acontecendo?!
Eu dava uma desculpa qualquer e desviava o assunto, mas a situação estava cada vez mais insustentável.
...
Numa dessas ocasiões, acabamos discutindo e eu cai em prantos, expondo toda a minha frustração.
...
H: Porra Yildiz está ficando difícil assim. Você não se abre, não diz o que está acontecendo, para deixá-la tão arredia. Eu vivo apreensivo, por medo de perder você. Que você deixe de me amar, ou esteja passando por alguma situação difícil... Sei lá, você está doente?! Deprimida? Eu fiz algo que a magoou? - Questionou.
Y: Por que você diz isso?! Eu pareço doente?! - Ele negou com a cabeça.
H: Aparentemente não. Quero dizer, fisicamente você me parece saudável. Mas, o seu comportamento mudou muito. Você sempre foi mais reservada, de poucas palavras, mas nunca foi uma pessoa triste. E já faz algum tempo, que eu não vejo aquele brilho nos seus olhos. Algo se perdeu e... - Algumas lágrimas brilharam nos meus olhos e eu baixei a cabeça. - Hei! - Falou, segurando e levantando meu queixo. - Não chora. Só me diz o que está acontecendo! Prometemos estarmos juntos na alegria e na tristeza. Lembra?
Y: Você percebeu, que já faz mais de um ano que suspendemos todo e qualquer método anticoncepcional, mas eu não engravidei, mesmo assim?! - Ele suspirou. - Enquanto nossas irmãs engravidaram, por falha nos métodos delas?! - Ele me abraçou e sussurrou.
H: Mais um motivo para continuarmos tentando, fazendo muito sexo! Você não acha? - Eu o empurrei.
Y: Isso não é brincadeira. - Ele bufou.
H: Você foi ao médico? - Eu assenti. - O que o médico diz?! O que podemos fazer?! - Indagou.
Y: Ele diz que está tudo normal... - Suspirou. - Pelo menos comigo.
H: Você está sugerindo, que o problema pode estar comigo?! - Questionou.
Y: Eu não pensei, mas... - Engoli em seco, diante de sua visível apreensão. - ... Mas, pode ser!
H: Está bem. Então, o que eu preciso fazer?! - Perguntou.
E foi aí que começou nossa saga...

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Nota da autora:
*DIU é um dispositivo intrauterino, ou seja, inserido dentro do útero pelo ginecologista, e que funciona como método contraceptivo com mais de 99% de eficácia na prevenção da gravidez.