Capítulo 7 - Final de semana quente...

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HAKAN
Quando Yildiz me ligou que teria de ir para Antalya a trabalho, sem previsão de retorno, frustrando minhas expectativas de um final de semana a dois, fiquei inquieto. Era o preço de estar com uma mulher independente, pensei sorrindo.
Fiquei elucubrando sobre o que eu poderia fazer, eu não queria atrapalhar seu trabalho, mas também não queria mais ficar muitos dias longe dela. Então, aguardei seu retorno, confirmando se ela teria ou não de permanecer em Antalya.
Eu conheço a cidade e sei, que tem muito o que fazer por lá! Pesquisei os vôos disponíveis e, assim que ela me enviou mensagem avisando, que teria de permanecer no final de semana, comprei as passagens e fui para casa arrumar a mala.

Chegando ao meu destino, passei numa floricultura e a florista sugeriu tulipas vermelhas, que representam amor e paixão. Comprei um arranjo de tulipas plantadas, para que ela pudesse levá-las para casa e cultivá-las. Acompanhei o entregador até a porta do quarto e aguardei ele sair, para só então segurar a porta, antes que ela a fechasse. Ela me olhou atônita, ficando muda e, por um momento, fiquei inseguro se havia agido certo indo até lá, ou se fui muito impulsivo. Eu não queria parecer carente, nem invadir seu espaço, cerceando sua liberdade. Eu só queria estar com ela. Eu estou apaixonado e sinto sua falta. Tudo ainda é muito novo para mim e, cada vez mais, eu percebo a diferença entre um amor platônico e um sentimento real, uma relação de corpo e alma.
Fiquei aliviado, quando depois de alguns segundos ela se mostrou receptiva e feliz com a minha presença. Então, eu a abracei forte, suspendendo-a em meus braços e afundando meu rosto no seu pescoço, inalando seu perfume delicioso.
...
Y: Hakan...- Deu um gritinho.
H: Pensei que não tivesse gostado da surpresa... - Ela me beijou cheia de paixão e, só então, eu notei que ela estava com o roupão do hotel. - O que você iria fazer, agora?
Y: Eu estou enchendo a banheira... - Olhei para ela de um jeito insinuante.
H: Hummm... O que acha de um banho à dois? - Sugeri. Ela meneou a cabeça, parecendo estar em dúvida, mas assentiu.
Tiramos nossas roupas e fomos até a banheira, eu entrei primeiro e dei a mão para que ela entrasse. Nos sentamos, com ela de costas para mim, apoiada em meu peito. Fiquei acariciando-a, sentindo-a totalmente relaxada em meus braços.
H: Sabe... Eu estava com saudades de você. Eu... - Fiquei hesitante em confessar, que eu estou muito apaixonado por ela. Seria muita pressão?!
Y: Eu? Continue... quer me deixar curiosa?! - Riu suavemente.
H: Eu ia te dizer, que eu estou muito apaixonado por você. Eu... - Ela se virou e olhou nos meus olhos, parecendo surpresa. Ficamos nos olhando, até que eu continuei. - Eu não quero que se sinta pressionada, mas eu precisava te dizer... Eu penso em você o tempo todo, rio sozinho, quando lembro de algo, meu coração dispara quando te vejo... - Ela me beijou com paixão e fizemos amor com volúpia. Quando terminamos, ela estava montada no meu corpo, de frente para mim e se deixou cair em meu peito, enquanto eu acariciava seus cabelos. Nem sei por quanto tempo permanecemos assim...
Fomos para o chuveiro, eu lavei seus cabelos e ela os meus, entre risos, brincadeiras e selinhos. Nos secamos e depois eu a ajudei secar seus cabelos.
Pedimos o jantar no quarto e ficamos planejando a programação do dia seguinte, depois que ela saísse da obra, que ela teria de vistoriar.
Apesar de ser um local com praias lindíssimas, estávamos há poucos dias do inverno e o tempo estava bastante frio, mesmo com o céu incrivelmente azul.
Tivemos uma noite maravilhosa, ela estava bastante cansada, assim como eu e, após uma deliciosa rodada de sexo, ela adormeceu em meus braços. Apesar do cansaço, demorei para pegar no sono, fiquei velando seu sono, observando sua respiração suave, seus traços delicados e me perguntando, como ela havia se tornado tão importante para mim, em tão pouco tempo? Em qual momento eu me apaixonei? - As coisas foram acontecendo e eu não me dei conta de quando tudo mudou. No momento, eu só queria estar com ela, não havia nenhum outro lugar no mundo, onde eu quisesse estar...

Na manhã seguinte, acordei com um par de olhos escuros me observando.
Y: Günaydin*... - Falou com um sorriso desenhado nos lábios.
H: Günaydin. Dormiu bem? - Ela assentiu.
Y: E você? - Perguntou.
H: Como eu poderia não dormir bem, estando ao seu lado? - Ela me beliscou e se beliscou em seguida. - Ei! Isso dói! O que você está fazendo?! - Questionei.
Y: Estou checando se não estou sonhando, se você está aqui de verdade! - Eu ri e a abracei.
H: É tudo verdade... - Ela suspirou me abraçando de volta. - Por que não seria? - Ela deu de ombros. Eu sabia que ela nutria uma paixão platônica, por mim, na adolescência e, que eu a havia ignorado por anos, mas será que ela ainda tinha esse sentimento, quando começamos tudo isso? Talvez devêssemos conversar sobre isso, em algum momento, especialmente se a estivesse deixando insegura...

Conhecendo o amor verdadeiro - A história de Hakan & YildizOnde histórias criam vida. Descubra agora