Lumiar
Ao avistar Théo parado na esquina, com um sorriso sínico no rosto, fui inundada por uma onda de coragem que me impulsionou a ir em sua direção. Determinada, segui adiante mesmo quando ele começou a correr, persistindo em perseguir aquele criminoso. Cada vez que Théo acelerava o passo, eu o acompanhava com determinação, decidida a capturá-lo de alguma forma. Quando ele desapareceu da minha vista, adentrei uma rua estreita e sem saída, me sentindo desorientada. Ainda assim, continuei avançando lentamente, movida pela excitação e, de repente, o Criminoso surgiu, pegando-me completamente de surpresa.
Ao avistar a figura de Théo ali, um arrepio percorreu todo o meu corpo, e a sensação só piorou quando ele se aproximou lentamente, percebendo que eu estava completamente encurralada. Um medo profundo se apoderou de mim, temendo o que Théo seria capaz de fazer. Ele era um verdadeiro monstro e capaz de qualquer coisa.
Naquele momento, uma terrível sensação de arrependimento se apoderou de mim, deixando claro que aquela havia sido uma péssima ideia e que eu nunca deveria ter me envolvido naquela situação. Quando Théo colocou nossos corpos juntos, pressionando-me contra a parede, um nó se formou em minha garganta e eu tentei desviar o olhar, mas ele segurou meu rosto com firmeza, forçando-me a encará-lo.- Como senti sua falta, minha Loira!
- Não encoste em mim. - Rosno em resposta.
- Mas por que isso? Estou aqui expressando minha saudade e você me trata assim?
- Me solta, Théo!
- Não... Eu não vou te soltar. - Ele afirma com firmeza, apertando meu rosto com mais intensidade. - Você é minha, entendeu?
- Nunca.
- Onde está nosso filho? - Théo tenta me beijar.
- Preciso conhecê-lo, não acha?- Ele não é seu filho. - Minha voz quase se transforma em um grito. - Você nunca terá a chance de se aproximar do Joaquim.
- Veremos. - Ameaça, lançando um olhar desafiador. - Você fica ainda mais linda quando está brava, sabia?
Desesperadamente, tento empurrar Théo, mas minha força não é suficiente para afastá-lo. Com seus lábios se aproximando, tranco os meus e, em um ato de desespero, cravo minhas unhas em seus braços. Ele recua ao sentir a dor, e aproveito essa oportunidade para correr o mais rápido que posso, tentando me afastar dele. No entanto, Théo é ágil e veloz, e antes que eu perceba, meu corpo se choca violentamente contra uma parede em um canto deserto e sombrio.
- Você está determinado a complicar as coisas, Lumiar? - Ele diz, roçando seu nariz em meu pescoço. - Acredito que não precisamos disso, concorda?
- Para, Théo. - Digo, sentindo meus olhos arderem.
- Eu não consigo parar. Eu te desejo, Lumiar. Agora cabe a você aceitar.
Uma única lágrima escapou dos meus olhos, denunciando o medo que tomava conta de mim. Senti algo pontiagudo pressionando minha cintura e, nesse instante, ouvi a risada perversa de Théo ecoando em meus ouvidos. Suas ameaças frias e o pedido para que eu ficasse quieta e não tentasse nada foram sussurrados perturbadoramente próximo ao meu ouvido. Uma sensação de repugnância invadiu meu ser quando ele mordiscou meu lóbulo da orelha, deixando um arrepio desagradável percorrer minha espinha. Meus olhos se fecharam com força, desejando escapar desse pesadelo que se tornou minha realidade.
- Vamos embora daqui. Eu conheço um lugar melhor para nós dois. Depois, podemos voltar e buscar nosso filho.
- Joaquim, graças a Deus, não é seu filho. - Digo, sentindo a raiva me consumir. - Ele não é filho de um monstro abusador, mas sim do Benjamin. Do homem que eu amo.
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Recomeço
Hayran Kurgu" O fim significa também um novo recomeço. Uma história termina, para outra começar". Após uma separação, é comum que sentimentos como descobertas, brigas, dor e mágoas surjam. No entanto, mesmo em meio a todo esse turbilhão de emoções, ainda é po...