✎🎸„25 .ཻུ۪۪⸙͎

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O show de talentos já estava chegando, mas, diferente do ano passado, Hunter estava focado em vencer a batalha das bandas e, dessa vez, não quebrar a perna de novo. O trio agora só se encontrava para os ensaios, já que Emily ainda não se sentia preparada para ver e conversar com Kevin como antes e porque, agora que os dois amigos estavam namorando, Spector decidiu dar um espaço para que eles se curtissem; e isso a fazia rir sozinha, já que no começo de seu namoro com Schlieb, Sylvester também havia se afastado deles, todavia por motivos opostos. Ela estava aprendendo a lidar com aquilo e melhor do que esperava.
A garota havia focado suas energias em suas pinturas, nos seus desenhos e nos seus estudos, mesmo que estivesse difícil conciliar tudo, ela estava indo bem. Depois de toda a confusão e a confissão de Henri, ela e o vizinho continuaram conversando e saindo juntos, principalmente para museus e recitais de poesia, inclusive visitou o orfanato da cidade junto de Cinnamon, para vê-lo mostrar sua arte e deixar as crianças alegres. Por mais que ela também gostasse dele, ainda tinha um pingo de insegurança que a fazia não se entregar totalmente, afinal, não deu muito certo da última vez... Emily estava mantendo seu relacionamento com Henri na amizade, mas aquele asiático fofo, gentil, com o sorriso perfeito, as melhores piadas, que a tratava como uma princesa e, melhor, ainda a apoiava como artista, porque também era um, não facilitava nem um pouco e parecia que sempre que ela precisava ele aparecia num passe de mágica e sempre estava disponível para a garota, além de que ele sempre fazia questão de lembrá-la o quanto era bonita; e olha que ele já tinha visto ela voltar da academia com uma regata velha e desbotada das Meninas Superpoderosas, um short verde musgo, tênis e meias de cores distintas. Olhando por esse ângulo, ele era o par ideal e suas famílias ainda eram amigas e, tipo, eles eram vizinhos, se viam o tempo todo. Considerando que estudavam na mesma escola e que eram parceiros de estudo, não tinha como dar errado.
E Emily continuava dando para trás sempre que percebia que o clima entre os dois estava saindo do quente e entrando no fervendo, porque, quando estavam juntos, não existia gelo para ser quebrado.

ーEm...? -Cinnamon chamou a atenção da garota que estava com os olhos grudados no celular.
ーHm? -ela o olhou e guardou o celular. ーAh, foi mal...
ーO que foi? Não está gostando do filme? Eu posso colocar outro.

Henri disse já pegando o controle, mas a menina de cabelos cacheados segurou a mão dele.

ーNão precisa, eu adoro O Clube dos Cinco... É só que a minha mãe foi visitar a vovó e é a primeira vez que eu não vou. Ela tá dirigindo de noite e sozinha, tô um pouco preocupada.
ーEu entendo... Você não queria ir?
ーQueria, mas temos que estudar, né? As provas vão vir em peso semana que vem. Preferi ficar e focar.
ーEstudamos tanto nos últimos dias que eu sei que está preparada. Você precisa relaxar. Deveria ter ido com a sua mãe. Se eu soubesse não teria te convidado...
ーHenri, estamos assistindo uma das melhores comédias românticas dos anos 60, eu tô completamente relaxada. Aliás, quem disse que eu iria recusar esse convite?

Ela sorriu, colocou o celular no silencioso e guardou o celular, pegando o balde de pipoca da mão do maior, que sorriu de volta e tornou a olhar para a televisão.
Quando Spector ia pegar um pouco da pipoca, seus dedos encostaram nos de Henri, que a olhou e deu um risinho sem graça e deixou que ela pegasse a pipoca em vez dele. Naquele momento, várias coisas se passaram pela mente dela, "como ele consegue ser tão cavalheiro até com uma mísera pipoca?", "se ele sorrir assim para mim de novo e eu ver essas malditas covinhas vou entrar em colapso", "que lábios lindos... ficariam melhores sob os meus", "no que eu tô pensando?! acabei de sair de um relacionamento de um jeito desastroso". E, de tantas coisas que passaram em sua mente, a última que pensou foi "que se foda", então respirou fundo e afastou o balde e o pôs em cima da mesa de centro.

ーHenri?
ーO que foi?
ーMe beija. –a garota disse simples, mas parecia uma ordem
ーComo...? –ele a olhou confuso e quando teve certeza do que escutou, perguntou. ーQuer mesmo que eu te beije?
ーMais do que tudo.

Assim, sem pensar direito, ela se jogou nos braços do maior, que a envolveu e tomou seus lábios num selinho, que após milissegundos que pareceram anos para Spector, aprofundou o selar, o transformando num beijo necessitado, com suas línguas enroscando-se numa dança lenta e quente, acordando toda as faíscas da paixão que sentiam um pelo o outro. O mais velho segurou o rosto dela com cuidado, e passeou pela pele dela com a ponta dos dedos, do seu braço até sua mão, causando arrepios no corpo da garota, e se afastou quebrando o contato, enquanto entrelaçou os dedos nos dela.

ーAgora podemos voltar para o filme. –Emily falou, um pouco desnorteada.
ーClaro. O que quiser.

Assim, os dois voltaram a assistir ao longa, com Spector deitando sua cabeça no ombro de Henri, que a aninhou em seus braços, enquanto ainda estavam com as mãos dadas.

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