AYLA (Livro 2)

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HENRY

O grande dia chegou.

Toda a reino está aqui, de nobres a pobres.

Todos aguardam a chegada da futura princesa. Pelo jeito o plano do rei de distrair o povo com esse casamento está dando certo.

Uma enorme fileira de pessoa dos dois lados da rua vai daqui da praça central até o caminho para o porto.

Na vinda de lá, ela vai pegar uma carroagem aberta e receber todo amor que meu povo pode da-la até chegar aqui... para mim.

Eu mentiria se dissesse que não estou nada ansioso. Eu estou e muito.

Meu coração é todo e completamente dela mas... caramba! É a minha esposa, com quem dividirei a vida que estará aqui em algumas horas.

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AYLA

Antes mesmo de desenbarcarmos no porto, o capitão ja sinalizou que estaríamos chegando. Isso daria algumas horas para se prepararem.

Só não entendo para que.

Mamãe está frenética tentando me deixar o mais perfeita possível.

Quando ela tenta passar a escova pela quinta vez no meu cabelo eu seguro seu pulso com delicadeza.

- Se passar essa escova no meu cabelo mais uma vez eu vou ficar parecendo uma vassoura - ela respira fundo e assente. Concordamos que a marezia do mar não deixa os cabelos mais saudáveis.

- Me desculpe querida, eu estou muito nervosa.

- Eu também mãe - sento no que me serviu de cama nos últimos 5 dias dentro desse navio - mas não precisamos arrancar couros cabeludos não acha?

Consigo faze-la rir um pouco e ela se senta ao meu lado passando os braços pelo meus ombros.

- Não, não precisamos.

A portinhola do meu quarto se abre e a cabeça do meu pai aparece.

- Ah achei vocês - ele põe o chapéu e se senta do meu outro lado fazendo a cama baixar um pouco com seu peso - estou nervoso.

- Bem vindo ao clube - susurro e nós três rimos.

Esse é um daqueles momentos em que você apenas quer ficar para sempre, o sentimento de conforto e segurança que você almeja a vida inteira.

Pelo menos sei que não importa o que acontecer, esses dois estarão aqui. Pra mim.

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Eu vou ter um treco!!!

Do tipo, muito ruim mesmo.

Eu não fazia ideia de que teria que atravessar a cidade inteira com milhões de pessoas me olhando.

- Da para tirar esse olhar de apavorada do rosto e parecer mais graciosa! - sussurra minha mãe durante, eu penso em respondela mas estou tão apavorada que nenhuma frase adequada se forma na minha mente.

Falta de ar.

- Rainha, nossa filha está tendo um treco - meu pai diz depois que me ve curvada com a mão no peito.

- Ela precisa se recompor! Quando for princesa, passará por situações pior e quando for rainda será literalmente o centro de tudo! - mamãe joga as mãos para o alto já completamente fora de controle.

- Gritar com ela não vai adiantar.

Enquanto isso os criados estão quase acabando de desenbarcar nossas bagagens e em seguida seremos nós.

Meu peito arde e sinto que perdi minha voz.

Eu não entendo, em Londres eu amava ser o centro das atenções. Todo mundo me via e eu amava, eu flertava e fazia amizades a cada esquina.

Como posso estar tão nervosa com tudo isso?

Provavelmente porque não é só algumas pessoas em um baile estão te olhando. É o seu povo.

Não vai ser só algumas amizades da vizinhança londrina. É seu sogro, o rei, sua sogra, a rainha e seus cunhado e..., o príncipe.

E definitivamente não é só um flerte com um lorde qualquer. É um noivado com o príncipe da Escócia.

Depois de levar um tapa na cara da minha consciência eu me obrigo a levantar e respirar fundo. Ainda consigo ouvir mamãe berrando e andando de um lado pro outro.

Olho para ela e atrás dela consigo ver a cesta de fruta mais linda que ja vi em cima da mesa que fica na cabine do capitão.

Na verdade ela parecia estar ali a um tempo mas naquele momento pareceu um manjar enviado por Deus.

Descasco 4 babanas e enfio tudo na boca uma de cada vez. Olho por cima do ombro e posso ver mamãe, papai e o capitão me olhando espantados.

Tento engolir tudo de uma vez, o capitão me passa o copo de água ainda meio boquiaberto com a cena.

Eu sinto que mãe morreria ali mesmo se tivesse que ver essa cena mais uma vez.

Meu pai limpa a garganta meio constrangido.

Tomo o copo de água e em instantes tudo ja tinha ido para o meu estômago.

Não sei quanto tempo ficaria lá.

- Acabou? - diz minha mãe furiosa.

Limpo a boca com as costas das mãos e a aliso meu vestido. Minha mãe imediatamente revira os olhos diante de tal cena.

- Estou pronta.