Rhaenyra e companhia, Gael e seus rivais

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Aemond sente vontade de se jogar de um penhasco.

Aparentemente, o aviso que Rhaenyra só chegaria mais tarde naquela semana era uma falsa sensação de segurança. Ela chegou alguns dias depois de enviar a carta. Aemond estava dando os retoques finais em seu visual quando Cissa entrou apressadamente em seu quarto.

Aemond se vira para ver a mulher com os nervos à flor da pele.

— Meu príncipe! – ela o comprimenta apressadamente, fazendo uma rápida reverência.

Aemond levanta uma sobrancelha para a exibição de nervosismo.

— Cissa? O que está acontecendo? – Aemond pergunta, um tom preocupado em sua voz.

Dado a forma como eles se conheceram em primeiro lugar, Aemond deixou que sua mente vagasse por esse caminho. Seu cérebro já traçando planos para matar qualquer desgraçado que–

— É a princesa Rhaenyra, meu príncipe! – Cissa deixa escapar ansiosamente, parecendo não se segurar mais. A mão de Aemond, que estava perigosamente perto da espada em sua cintura, congela. Cissa, agora mais aliviada por ter deixado escapar a notícia, explica mais calmamente. Ela não percebe as ações do príncipe – Ouvi dois soldados conversando. Eles estavam falando que um navio com a bandeira Targaryen foi visto se aproximando de King's Landing. A estimativa é que eles cheguem daqui a pouco. Sua majestade, a Rainha, pediu a presença de vossa alteza no salão de festas.

Aemond abre a boca para perguntar se ela tem certeza, mas um som alto e animalesco o interrompe antes que ele possa formar uma frase.

É um som distinto e Aemond podia reconhecê-lo mesmo dormindo. Era o som medonho de Caraxes. Aemond conteve um arrepio. Logo em seguida, veio outro rugido. Dessa vez, um tanto diferente, mas vindo claramente de um dragão. Parecia ser Syrax. Provavelmente sendo incentivado pelo outro dragão para anunciar a chegada de seus cavaleiros. Não muito tempo depois, um terceiro rugido se juntou aos dois primeiros. Esse parece mais como uma repreensão do que qualquer outra coisa. Se Aemond não estiver enganado, deve ser Meleys.

Seguido do terceiro rugido, mais vieram, como se não quisessem ficar de fora. Foram vários ao mesmo tempo para Aemond decifrar, além de parecerem mais jovem do que os outros três. Provavelmente os dragões de seus sobrinhos.

Quando Aemond pensou que tinha acabado, sua deusa fez uma aparição. Seu rugido começou baixo, antes de ficar mais alto e de abalar a terra. Aemond pode sentir a felicidade de sua deusa a ter companhia.

Ele sabe que Vhagar normalmente prefere ficar sozinha, mas a momentos, principalmente quando ela está se sentindo emocional, que ela quer a companhia de outros dragões. Considerando pelo que ela passou recentemente, Aemond não ficou muito surpreso por suas atitudes.

Durante seu monólogo interno, Aemond ajeitou o cabelo, querendo deixá-lo de uma maneira que difere do habitual – E não, não é por causa de um certo alguém.

— Bem, acho que os rugidos acabaram com as minhas dúvidas – ele murmura para si mesmo diante do espelho.

Cissa ri por trás de sua mão.

Devido a ocasião especial, Aemond decidiu fazer algo diferente. Ele prende todo o cabelo para cima, amarrando em um laço alto, deixando uma mecha grande de cada lado para poder fazer trancinhas; Aemond coloca algumas contas de ouro e algumas pequenas contas de safira em suas tranças, dando a seu cabelo loiro branco mais destaque. Seu tapa olho vem logo em seguida. Seu tapa-olho foi enfeitado por sua irmã, que fez uma rosa azul com o seu bordado.

 𝐈𝐧 𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐄𝐲𝐞𝐬 Onde histórias criam vida. Descubra agora