Vhagar conselheira e Criston Cole mais pai que Viserys

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Depois de arrastar Aegon de volta pra casa chutando e gritando, Aemond se reajustou a sua vida normal como se nada tivesse acontecido.

Mais ou menos.

Algo certamente aconteceu.

Seus pensamentos voltam para a criança a cada momento do dia. Mesmo quando lia um livro escrito em alto Valiriano na biblioteca. Pensamentos como: 'Será que o garoto já ouviu alguém falando em Alto Valiriano? Ele gostou?'

Ou quando ele encontrou um livro de história para crianças e se pegou pensando: 'Essa história parece ser interessante, será que Gael gostaria?'

Foi enlouquecedor.

Aemond estava pronto para arrancar os cabelos e seu olho restante por conta desses pensamentos.

Foi então que um dia, quando ele teve mais uma vez sua mente desviada para o menino que Aemond final desistiu e assumiu a derrota. Ele precisava de um conselho e já que ele não podia pedir ajuda a sua mãe, Aemond iria para sua deusa, Vhagar. Arrumar um cavalo e ir para o local de descanso de Vhagar foi fácil, mas fazer isso em plena luz do dia sem alertar os guardas era outro assunto.

Felizmente, seu comportamento já era bem conhecido por todos e não era estranho ver o príncipe Aemond indo visitar seu dragão. Demorou alguns minutos para chegar lá, pois Vhagar não ficava no Poço de Dragão, seu tamanho não permitia além de é claro, a própria Vhagar não gostar de ficar no lugar.

Se Vhagar não quisesse ficar lá, então quem seria Aemond para discordar?

Pelo menos, Vhagar escolheu seu lugar de repouso perto do Poço do Dragão e Aemond estava agradecido por isso. Sua deusa Vhagar tinha bom senso, amém.

Quando chegou, Aemond viu alguns guardiões indo embora, sem dúvida tendo acabado de alimentar Vhagar. Desmontando de seu cavalo, Aemond lhes ofereceu um breve aceno de cabeça, sendo cumprimentado de volta com saudações de "meu príncipe" em Alto Valiriano.

Aemond foi direto para Vhagar, que estava acordada esperando sua chegada. Pelo aparente estrondo sendo produzido em seu largo peito, muito parecido com um ronronar, o dragão estava contente em vê-lo. Aemond se perguntou quando mais novo como Vhagar conseguia fazer tal som, e como nunca fizeram um livro sobre anatomia dos dragões, essa resposta permaneceu um mistério.

¥ Vhagar, meu amor. Minha rainha, minha deusa. Senti sua falta – Aemond fala enquanto encosta sua testa no lado de Vhagar, suas mãos fazendo um carinho no dragão.

Vhagar o empurrou gentilmente, como se dissesse: "Você me viu recentemente, seu tolo"

Aemond riu. Era verdade. Ele a viu recentemente, a alguns dias atrás, mas mesmo quando se passa apenas algumas horas, Aemond sentia saudades dela.

Se acomodando no chão de pernas cruzadas sem se importar com a sujeira em suas vestes, a cabeça de Vhagar descansando ao seu lado no alcance de sua mão, Aemond se permite relaxar. Às vezes a Fortaleza Vermelha se torna sufocante, como uma corda invisível ao redor de seu pescoço, apertando a cada vez que ele respira.

É nesses momentos que Aemond vai visitar Vhagar, pois com ela não existe julgamento, expectativa, dever ou sacrifício.

Vhagar é seu ponto fixo, seu porto seguro, seu escudo para os sussurros das pessoas do palácio, seu tudo. Aemond não sabe como se sentiria se a perdesse.

Sentido os sentimentos turbulentos de seu cavaleiro através do vínculo que compartilhavam, o dragão se aproxima delicadamente, ciente de sua própria força.

 𝐈𝐧 𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐄𝐲𝐞𝐬 Onde histórias criam vida. Descubra agora