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Com um primeiro encontro, veio o segundo algumas semanas depois. A coisa toda foi fácil, passos simples e logo ele estava na companhia do garotinho. Os dois progrediram bem, se conhecendo e conversando. Houve histórias compartilhadas que Aemond tinha vergonha de admitir para qualquer pessoa antes, como a vez que…
— Espera! Você colocou ratos no quarto do seu irmão?! – Gael perguntou incrédulo, sua cara de descrença foi tão cômica que Aemond não pode deixar de rir baixinho.
— Sim, sim. Eu fiz – Aemond abre um sorriso malévolo, seu olho brilhando perversamente. Gael achou ele bonito – Ele estava sendo um idiota, novamente. Chamou nossa irmã de esquisita e eu não gostei. Quando ele ficou fora o dia todo, aproveitei e procurei ratos e mais ratos. Peguei o que pude e os escondi em seu quarto.
Gael escondeu suas risadinhas com as duas mãos, tentando e falhando esconder sua alegria, seus olhos violetas brilhando.
— E o que aconteceu? – Gael pergunta ansiosamente.
— Eu sabia que ele ficaria o dia todo fora, bebendo provavelmente – Aemond dá de ombros, acostumado com a atitude de Aegon – E ele fez. Chegou em casa tão bêbado que pude ouvir seus murmúrios incoerentes de longe. O idiota apenas entrou no quarto escuro, sem ligar para nada. O som que ele fez ao encontrar meu presente foi glorioso – Aemond sussurrou como se fosse o segredo mais perverso, seus lábios contraindo em um sorriso de canto – Meu irmão gritou tão alto que tenho certeza que deu para escutar seus gritos do Septo de Baelor.
Gael gargalhou. Sua risada jovial abafada pelo barulho da multidão do mercado, mas ainda audível, seu corpinho tremendo de alegria. Aemond apenas olhou, seu sorriso fantasma ainda presente.
Era estranho, ficar na presença de alguém que não o teme, que não tem medo de dizer o que está realmente pensando, de um ser pequeno e inocente. Ainda estranho, mas bom. Uma mudança bem vindo que Aemond não sabia que precisava.
Gael parou de rir lentamente, voltando a respirar. Ele enxugou as lágrimas que escaparam durante seu momento de histeria, ainda imaginando a cena em sua mente, mesmo que não conhecesse o irmão de sua pessoa preferida. Olhando para o senhor Vhagar, Gael encontrou um olhar ilegível e um pequeno sorriso.
Era um sorriso bonito, mais bonito que aquele de lábios cerrados que senhor Vhagar mostrou para senhora Arye quando veio visitar hoje. Foi bizarro. Senhora Arye o olhou como se ele fosse a bater, Gael não gostou disso. Senhor Vhagar foi tão gentil com ele, ele não achou que senhor Vhagar pudesse machucar alguém, não parecia do feitio dele. Quando Gael o viu tenso perto da senhora Arye, Gael segurou sua mão e o tirou dali indo para o mercado.
Senhora Lyra tinha o mandando ir pegar as compras, como sempre fazia, mesmo quando não estava grávida. Senhora Lyra fazia as compras, mas como não podia levar os produtos devido ao estágio avançado da gravidez, ela voltava e pedia a algum órfão para ir buscar para ela. Geralmente era ele, já que as outras crianças tinham medo de ir sozinhas e os vendedores já o conheciam.
Os olhos de senhora Lyra pareciam estranhos quando o mandava pegar os suprimentos e suas unhas machucavam seu pulso onde ela segurava muito forte, mas Gael sempre foi obediente, então fazia o que ela mandava.
Dessa vez, quando percebeu senhora Lyra estava olhando de um jeito estranho para senhor Vhagar, diferente do olhar que ela olhava para Gael, mas ainda estranho, além do fato de senhor Vhagar parecer desconfortável, Gael achou melhor não ficar lá por muito tempo e resolveu levar senhor Vhagar para o mercado com ele.
Foi a melhor ideia que Gael já teve.
Agora, Gael e sua pessoa favorita estavam andando vagarosamente pelo mercado enquanto conversavam, curtindo a presença um do outro.
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𝐈𝐧 𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐄𝐲𝐞𝐬
FanfictionBastardos não tinham um lugar no mundo, eles eram considerados menos que lixo, nada aos olhos das pessoas. O príncipe Aemond Targaryen foi ensinado sobre isso em uma idade jovem. Sua mãe, Alicent Targaryen, nascida Hightower, a rainha, se certificou...