Fofoca, drama familiar e nada de vinho

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Sair correndo de uma situação perigosa é algo indigno de alguém que geralmente gosta de lutas. Guerreiros prosperam com situações assim, podendo mostrar suas habilidades incríveis com espadas ou qualquer tipo de armas que se pode usar. A sorte é que Aemond é um príncipe e não um guerreiro, mas mesmo o status de príncipe não anula a categoria de que príncipes deveriam recuar de situações perigosas.

Seu maldito tio é o Príncipe Rebelde, aquele foi para uma guerra que nem mesmo seu pai, a porra do rei, quis ir. Daemon-Porra-Targaryen é o epítome das consequências se as palavras "situações perigosas", "príncipe" e "imprudência" fossem colocadas na mesma frase.

– a guerra em questão é a Guerra dos Degraus, onde seu querido tio foi nomeado Rei dos Degraus e do Mar Estreito. Absolutamente incrível

Os tolos diriam que é covardia, o príncipe fraco que não aguenta confronto. Mas aí é que tá, enquanto os idiotas que procuram pela morte avançam de maneira imprudente, Aemond recua de maneira inteligente, sabendo quando uma batalha pode ser vencida.

A batalha disfarçada de "jantar em família" quase custou a vida do seu garoto, mas Aemond conseguiu se safar.

Surpreendentemente.

Neste momento Aemond manda todo o decoro principesco ir se foder.

Aemond durou o suficiente para sair da sala de jantar e virar a esquina do corredor antes da situação finalmente ser registrada em seu cérebro e ele desmoronar.

O gelo desce por suas veias, roubando seu fôlego e fazendo seu coração se contrair dolorosamente. A necessidade de ir para a segurança de seu quarto o impulsionou a ir mais rápido. Chegando lá, Aemond entra rapidamente e tranca a porta com a mesma velocidade.

Encostando suas costas na porta, Aemond desliza para o chão e lá mesmo fica.

Porra.

Porra.

Maldito Aegon.

Sentado no chão, Aemond puxa seus joelhos para perto e os abraça, escondendo seu rosto em seus braços, sua respiração voltando ao normal lentamente. Nunca, em nenhum momento de sua vida, Aemond sentiu tanto medo, nervosismo e arrependimento tudo junto. Exceto o dia em que perdeu o olho. Ali foi mais dor e raiva do que medo, mas ainda uma experiência aterrorizante, assim como o jantar que aconteceu agora a pouco foi.

Aemond sabia, ele sabia que seu comportamento estranho inevitavelmente seria questionado, mas o loiro platinado sentiu uma pequena esperança que ninguém notasse, que passasse despercebido, entretanto… era pedir demais.

Os deuses ignoraram suas orações e Aemond teve que colher as consequências.

Levantando-se do chão de forma instável, Aemond fez uma careta para suas mãos trêmulas, visíveis mesmo na baixa iluminação do quarto. A situação toda foi tão estressante que Aemond ainda tinha os vestígios de nervosismo que por algum milagre ele conseguiu esconder durante o jantar.

Amém pelas pequenas misericórdias.

Trocar de roupa foi rápido, mesmo que houvesse alguns problemas aqui e ali por causa da tremedeira, mas Aemond administrou bem. Vestindo agora uma vestimenta mais leve, apropriado para dormir, Aemond se deita na cama e se enrola no cobertor, pensando seriamente em se sufocar assim.

' Pelo menos posso evitar mais um interrogatório '

Em retrospectiva, Aemond considerou que esse pensamento é inútil, pois é bem provável que aconteça novamente, independente do príncipe querer ou não. Com isso em mente, Aemond relembra dos acontecimentos recentes.






 𝐈𝐧 𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐄𝐲𝐞𝐬 Onde histórias criam vida. Descubra agora