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O passeio foi curto, já que o dia estava escurecendo rapidamente e Aemond não queria arriscar acontecer algum acidente – embora ele soubesse que com ele e Vhagar junto, isso fosse pouco provável de acontecer, mas mesmo assim, Aemond não quer arriscar – tendo Gael com ele.
Vhagar pousou fora da clareira onde os outros estavam. Primeiro suas garras tocam o chão e logo em seguida seu grande corpo maciço. Ela praticamente se deita no chão. Aemond agradeceu internamente por isso, pois seria bastante humilhante tentar sair de Vhagar pulando para o chão e acabar caindo de maneira embaraçosa. Em terra firme, Aemond se vira e pega Gael no colo, segurando ternamente o garoto em seus braços. Aemond começa a andar para onde outros tinham montado uma espécie de acampamento.
– Aemond viu enquanto sobrevoava a área um pouco antes de pousar –
Gael passa os braços ao redor do pescoço de Aemond e esconde o rosto em seu ombro.
— Está tudo bem, minha safira? – Aemond perguntou carinhosamente. Gael murmura algo inteligível de onde estava escondido. Aemond ri baixinho – Vamos, Taoba, me diga o que se passa. Você ficou tão quietinho de repente. O que aconteceu?
Gael se afasta do pescoço de Aemond com uma fungada, seu rostinho contraído.
Aemond realmente não sabe o que aconteceu para deixar o garoto assim, amuado. Em um momento, o garotinho estava agitado e animado, e no outro, ele ficou triste e todo quietinho. Aemond sentiu uma pontada no peito ao testemunhar isso.
Gael se afasta o suficiente para poder ficar de frente para Aemond, mas ainda perto o suficiente para se esconder se necessário.
— É só que…– Gael começa hesitante, mordendo os lábios, procurando as palavras certas para se expressar direito sem parecer ingrato. O garotinho suspira – Só me peguei pensando em como seria ter uma conexão com um dragão, sabe? Como Kepa tem com Vhagar – Gael admite baixinho – Um dia, gostaria de poder voar ao lado de Kepa.
A boca de Aemond se achata em uma linha fina, sua expressão ficando sombria. Por um momento, Aemond fica feliz por Gael ter se escondido de novo, pois ele não sabia como o garotinho ficaria se visse sua cara fechada. O garoto provavelmente pensaria que era culpa dele, o pobre pequenino. A questão é que, cada pequena coisa era como um lembrete das origens menos afortunadas de Gael. Havia muitas coisas que Aemond queria fazer com Gael e para Gael e ele simplesmente não podia por causa do nascimento do mais novo.
Os nobres, em geral, não ligam para as sementes que deixam no mundo, enquanto os bastardos são levados ao ostracismo. E algumas vezes, essas pessoas que não escolheram a forma de como vieram vir ao mundo, são forçados por seus supostos "pais" a servir a família; uma maneira muito equivocada e – se Aemond pudesse salientar – errada de conduzir esses pobres coitados a uma vida escrava. Foi banido de Westeros qualquer ação ou insinuação sobre a condução de negócios escravos, mas se é do mesmo sangue, não é escravidão, não é?
Muitos nobres ainda pensam assim. Às vezes, Aemond gostaria que seu povo adotasse a abordagem de Dorne em relação aos bastardos. Pelo menos assim, eles teriam mais oportunidades na vida do que apenas seguir o caminho da miséria.
— Gael – Aemond chama com seriedade, o menino parando de se esconder para encontrar o olhar do mais velho –, você pode não acreditar em mim, mas tenho certeza que esse dia está mais próximo do que você imagina.
Gael pisca uma. Duas vezes. Seus lábios se contraem em um sorriso relutante, o brilho voltando para seus olhos.
— Você promete? – Gael sussurra.
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𝐈𝐧 𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐄𝐲𝐞𝐬
FanfictionBastardos não tinham um lugar no mundo, eles eram considerados menos que lixo, nada aos olhos das pessoas. O príncipe Aemond Targaryen foi ensinado sobre isso em uma idade jovem. Sua mãe, Alicent Targaryen, nascida Hightower, a rainha, se certificou...