Pai Criston, Daemon ciumento e Rhaenyra causadora de ataque cardíaco

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— … uma espada é a melhor amiga do homem. Isso eu posso lhe dizer. Ela lhe ajudará em qualquer problema que você tiver, sabe – Aemond explica animadamente.

Ou mais animado que um cara com inteligência emocional zero pode ser. Joffrey – só agora Aemond lembrou o nome dele –, sendo o jovem impressionado que era, escuta os sábios ensinamentos do mais velho atentamente.

— Mamãe ainda não me deixa treinar – ele confessa com um encolher de ombros, tentando e falhando em fingir que isso não o afeta – Ela fala que sou muito jovem e que não tem necessidade de saber usar espada. Não estamos em tempos de guerra.

Aemond franze a testa com isso.

— Não precisa ser uma guerra para saber manipular uma espada – ele se encosta na cadeira e cruza os braços, olhando para o garoto ao lado com o cenho ainda franzido – Isso pode ser também uma forma de autodefesa.

Joffrey olha para Aemond curiosamente.

— Autodefesa? – ele pergunta confuso, sem saber o que essa palavra significa.

— Sim, autodefesa – Aemond se endireita e começa a explicar o que significa e o que ele quis dizer. Ele entra no modo que Aegon apelidou carinhosamente de "modo pai" – Autodefesa significa que você aprende algo com a intenção de se proteger. Pode ser tanto uma espada, algo físico, quanto intelectual, como um conhecimento que você pode usar no futuro para se proteger. Entende?

Joffrey acena, contemplativo.

— Então não preciso usar uma espada? – Joffrey pergunta inocentemente e Aemond quase sorri com isso.

Aemond estica a mão sem nem perceber o que está fazendo, só voltando a si quando sente os cachinhos do garoto e encontra cabelos castanhos claro e não o loiro branco que esperava. Aemond até pensa em retirar a mão, mas vendo que o garoto não está reclamando, ele deixa lá por um momento.

— Há muitas coisas no mundo que você pode usar. Venenos, adagas, arco e flecha, lanças – Aemond vai listando todas armas possíveis que pode listar, ainda alisando o cabelo do garoto – E até mesmo escudos.

Aemond observa enquanto os olhos do garoto se arregalaram.

— Até os escudos? – ele pergunta incrédulo, sua pequena mente tentando entender o que Aemond quer dizer.

Aemond cobre o sorriso genuíno em sua boca com a mão livre.

— Pense bem, amiguinho – ele se arruma em seu assento, cruzando uma perna encima da outra enquanto gesticula com suas mãos – Um escudo é pesado, perfeito para proteger, mas também para matar. Imagine a situação: você está em uma batalha, o inimigo acabou de te desarmar, mas você ainda tem um escudo. Você pode empurrar o inimigo com o escudo e aproveitar a distração feita para usar o escudo como uma forma para quebrar o pescoço dele. Não é a melhor arma, mas quando você está numa situação ruim, tem que fazer de tudo para se proteger e sair vivo.

Quando Aemond se vira para olhar para o garoto, ele se depara com olhos brilhantes, o olhando com admiração.

— Você é incrível! Tão inteligente!

Joffrey exclama e Aemond sente suas bochechas ficarem quentes.

— Mas- O quê- Aah… – Aemond cobre o rosto com as mãos, sem saber reagir aos elogios  – Não faça isso. Não diga coisas assim de repente.

— Mas é verdade. Tio, você conhece tantas coisas – Joffrey agita os braços, tentando mostrar o quanto Aemond sabe. Aemond o espia por entre os dedos – Nem mesmo Daemon sabe tanto.

 𝐈𝐧 𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐄𝐲𝐞𝐬 Onde histórias criam vida. Descubra agora