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— Você não precisa ficar aqui como um cachorro preso à coleira, sabe?
Daemon suspira.
Já faz um bom tempo que Daemon, Rhaenyra e seus filhos estão em Kingsland, e nenhuma vez Daemon foi para a Rua da Seda – ou para a Baixada das Pulgas, para ser mais específico. Tanto por estar com preguiça de ir lá quanto pelo fascínio pelo mais novo, Aemond, e o respeito total à sua querida esposa grávida. Porém, depois do pequeno selar de lábios que com certeza não seria chamado de beijo, de tão rápido que foi, Daemon pode dizer que está sofrendo de abstinência de intimidade pura e selvagem.
E sua querida e amada esposa, a mulher mais maravilhosa de sua vida, logo de cara percebeu seu — grande — pequeno problema.
Daemon olhou para Rhaenyra, que estava reclinada na poltrona próxima, seus olhos brilhando com uma mistura de compreensão e leve provocação.
— Eu sei que você está tentando ser paciente, mas não precisa se sacrificar tanto — ela disse, levantando-se e caminhando até ele. — Você sabe que pode me falar qualquer coisa, não sabe?
Ele assentiu, sentindo-se um pouco mais aliviado.
— Eu sei, mas não quero te preocupar com isso — respondeu Daemon, puxando-a para um abraço suave. — Só quero que você e o bebê estejam bem. Você é minha prioridade, além dos nossos filhos.
Rhaenyra sorriu e o beijou suavemente.
— Estamos bem, Daemon. Só não quero que você se esqueça de cuidar de si mesmo também — Rhaenyra deitou sua cabeça no ombro de Daemon, aproveitando a diferença de altura para se apoiar no mais velho. — Te conheço há muitos anos, sei que você é um espírito livre. Embora aprecie sua consideração para comigo, reconheço que tal ação requer muito de você.
Daemon franziu a testa. Isso parecia um discurso muito estranho. O tom que Rhaenyra usava era de resignação, com um suspiro cansado e afetuoso. Nunca, em nenhum de seus casamentos anteriores, Daemon se deparou com esse tipo de situação.
Com sua primeira esposa, Rhea Royce, Daemon quase não falou com ela direito. Na verdade, fora o dia em que o casamento foi oficializado, Daemon não prestou atenção nela depois. Nem para consumação do casamento, nem para quaisquer atividades depois.
Nada.
Até o dia de sua misteriosa morte, é claro.
Com Laena, tudo foi diferente. Ela era uma mulher feroz, linda e apaixonante. E, apesar de todas as suas melhores qualidades, Laena sempre pediu que ele fosse fiel acima de tudo e que permanecesse ao seu lado a todo momento. Não quer dizer que Daemon não tentou, porque sim, ele tentou.
E muito.
Ele até prometeu.
E de todas as coisas que Daemon pode ser — mentiroso, malicioso, insano e muito mais — ele nunca e jamais será um quebrador de promessas. Porém, isso lhe custou muitas coisas, ele admite para si mesmo.
Nos anos seguintes, casado com Laena, Daemon se viu perdendo a paciência muito rápido com assuntos bobos. Havia sempre um sentimento interior de querer sair e abrir as asas para o vento, assim como um pássaro engaiolado.
Mas nessa situação hipotética, Daemon é um dragão. E um dragão enjaulado sempre encontra uma saída no fogo, mesmo que se queime no processo. E, infelizmente para Daemon, isso é bastante verdadeiro. A única vez que ele finalmente perdeu a cabeça e foi para um bordel, Laena descobriu e eles brigaram feio. Foi a primeira briga deles e também a última. Cadeiras e muito mais coisas foram quebradas. Laena gritou tanto com ele que muitas vezes parecia um rugido de dragão.
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𝐈𝐧 𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐄𝐲𝐞𝐬
FanfictionBastardos não tinham um lugar no mundo, eles eram considerados menos que lixo, nada aos olhos das pessoas. O príncipe Aemond Targaryen foi ensinado sobre isso em uma idade jovem. Sua mãe, Alicent Targaryen, nascida Hightower, a rainha, se certificou...